Procedimento não invasivo promete resultado de lipoaspiração sem cirurgia
Testamos o método Reshape, sucesso entre os famosos pelo resultado rápido
Eu não sou a pessoa dos procedimentos estéticos, nem os mais comuns, tipo aplicação de botox. Duas coisas me dão pavor: agulhas e o fato de, quem sabe, o resultado não sair como o esperado e aí, bom, nunca se sabe se é possível voltar “ao normal”. Por isso, quando o método Reshape convidou a CLAUDIA para testar o procedimento, meu alívio foi descobrir que eles prometem resultados de lipoaspiração sem cirurgia. Vale enfatizar que eu nunca fiz uma lipo para usá-la de comparação, mas achei interessante a proposta e me comprometi nas quatro sessões.
Tudo aconteceu com um certo espaçamento, por conta da agenda sempre atribulada. O ideal, porém, é fazer em uma sequência regrada de dias e horários. Marquei a primeira consulta numa clínica que aplica o método — em São Paulo, são alguns endereços com especialistas. No Uber até lá, um misto de ansiedade e curiosidade fizeram a minha cabeça espiralar algumas vezes — imagina se fosse com anestesia, agulhas etc? (Nada contra, aliás, só não é para mim). Fui recebida atenciosamente pela equipe e os passos do que iria acontecer na próxima uma hora me foram explicados.
Primeiro, tiram as suas medidas (claro!) para ver de onde partiríamos. Escolhi aplicar o Reshape no abdômen por ser o mais pedido pelos clientes, mas ele pode ser feito nos flancos, glúteos, culote, coxas, braços, costas e peitoral, ufa!. Depois disso, basta deitar na maca com ares de sala de massagem, expor a parte do corpo para a profissional e deixar a mágica acontecer pelas mãos dela. Os 60 minutos são divididos em três etapas de 20 minutos cada. A primeira, e mais incômoda para mim, é o ultrassom: feito com o Heccus, aparelho estético que combina correntes elétricas de frequências diferentes, ele serve para quebrar as células de gordura do corpo. A sensação que me causava era uma lixa bem fininha passando sobre a pele, coberta de um gel bastante gelado.
A segunda e a terceira etapas eram feitas com a mesma estrutura de eletrodos auto adesivos, colados na parte da frente e nas laterais do tronco. A drenagem mecânica, que acontece primeiro, é responsável por drenar a gordura para a corrente sanguínea. Logo na sequência, os “choquinhos” ficam mais agudos para fazer o fortalecimento muscular. Como foram quatro sessões, a intensidade de cada etapa evoluiu de uma para a outra. Eu tenho bastante sensibilidade, então achei as últimas sessões bem dolorosas e incômodas. Fora a vontade de fazer xixi e a fome que me davam depois.
Os esteticistas indicam fazer exercício físico (principalmente aeróbico) nas 24 horas posteriores para garantir a máxima eficácia. Nem sempre consegui fazê-lo, por conta dos meus horários imprevisíveis, mas, mesmo assim, senti uma diferença no corpo. Na primeira sessão, reduzi 9 cm somando tórax, cintura e quadril. Na segunda, a medida do tórax tinha voltado ao número inicial, mas as outras se mantiveram, e aí reduziu mais 10 cm. Na terceira, como estava em período pré-menstrual, o corpo inchado se revelou uma realidade (eu já sabia disso, mas ver em números é outra coisa), mas foram-se mais 6 cm. Por fim, com os números já meio estabilizados, alguns até menores, mais 4 cm.
Durante o tempo das sessões, fiquei conversando com a esteticista (fofa e super competente) que aplicou o método em mim para entender um pouco sobre o público, as necessidades e os detalhes de cada etapa. Descobri que os homens são maioria nas clínicas e as festas de casamento ou eventos sociais são os principais motivos de busca pelo Reshape, justamente pelo efeito imediato que ele causa. E também porque você pode fazer o procedimento até três vezes na semana. A agenda é bastante concorrida, ainda mais agora no segundo semestre, ela me disse, por conta do famoso “projeto verão”.
Recados importantes: 1) você só deve realizar qualquer procedimento, mesmo que não invasivo, caso esteja 100% com vontade e não por pressão estética de quem quer que seja; 2) o Reshape, pelo menos no meu entendimento, é algo para ser usado como uma ferramenta extra no cuidado com o corpo, não a única fonte de tonificação ou redução de medidas: atividades físicas regulares e uma alimentação saudável vêm antes de qualquer coisa, ok?; 3) ele é contraindicado para pessoas com câncer, marcapasso, diabetes e colesterol, e gravidez.
Ah! Fiquei, sim, feliz com o resultado, mas nunca mais usei (e nem irei usar) uma fita métrica para checar as minhas medidas porque acho isso super perigoso dentro da minha experiência com autoimagem. De qualquer forma, achei surpreendente.