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Em tempos de “nudes”, mulheres procuram as cirurgias íntimas

CLAUDIA procurou especialistas para entender a relação entre autoestima e procedimentos estéticos na região íntima

Por Isabella Marinelli
Atualizado em 1 fev 2023, 09h31 - Publicado em 23 mar 2016, 19h22

A autoestima feminina nunca esteve tão em xeque. Com a superexposição fomentada pelas redes sociais, todo o meio é caminho de ir e vir em uma grande feira de vaidades. Para além de sites de compartilhamento de imagens, como o Instagram e Snapchat, despontam também outras formas de trazer a intimidade a público – ainda que bem seleto.

Provavelmente, você já ouviu a expressão “mandar um nude”. Em português claro, trata-se de enviar fotos trajando nada ou quase nada. A prática está cada dia mais popularizada. Segundo uma pesquisa da CONECTAi Express, 47% dos internautas brasileiros já receberam fotos íntimas e 21% compartilharam o que receberam. Os homens receberam em proporção maior do que as mulheres: 55% X 38%.

SUPEREXPOSIÇÃO X AUTOESTIMA

A experiência, é claro, pode ser divertida e muito excitante, entretanto não se pode dizer que todas as mulheres saem ilesas desse hábito. Tanto o descobrimento do próprio corpo quanto as comparações com outros corpos geram insegurança – especialmente porque as mulheres não têm conhecimento sobre si (e não são incentivadas a isso).

“Com essa onda de sexo virtual e selfies íntimos, as mulheres ficaram preocupadas com a aparência íntima, principalmente aquelas que já tinham alguma queixa”, associa a dermatologista Marcia Linhares.

As alternativas para solucionar o incômodo vão desde procedimentos não-invasivos até cirurgias com incisões precisas. Há casos em que a ideia é aliviar qualquer possível desconforto físico, mas o fator estético pesa na balança. O surpreendente nisso é o aumento expressivo da estatística de mulheres em busca dessas intervenções.

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CIRURGIA ÍNTIMA E PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS

O Brasil foi o segundo país com o maior número de cirurgias plásticas realizadas em 2014, perdendo apenas para os Estados Unidos, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica. Foram 2.058.505 procedimentos registrados.

Entre os 19 tipos catalogados, está o rejuvenecimento vaginal. “Em torno de 95% das pacientes procuram por desconforto e constrangimento”, afirma o cirurgião plástico André Colaneri, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Isso demonstra que cada vez mais as nossas conterrâneas têm se mostrado insatisfeitas com a estética de região íntima a ponto de recorrerem a procedimentos cirúrgicos para remodelá-la.

Ele também conta que diversos processos simples, realizados por bons especialistas, surtem efeitos positivos e têm uma recuperação satisfatória; como é o caso da diminuição dos pequenos lábios. Muitas pacientes se incomodam que eles ultrapassem os grandes lábios, embora não se trate de uma anormalidade funcional. “O procedimento é rápido. Tenho casos de pacientes que são operadas na sexta-feira e já conseguem voltar ao trabalho depois do final de semana. O importante é evitar atividades físicas e práticas sexuais por cerca de um mês”, explica o médico.

Também é possível reduzir o Monte de Vênus, a parte externa superior da vagina, através de uma lipoaspiração, que dura cerca de uma hora; e preencher os lábios exteriores, a fim de diminuir a flacidez e reduzir o excesso de pele da região.

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No consultório do dermatologista também é possível remodelar a região íntima. A doutora Marcia Linhares explica que já existem recursos capazes de devolver a pigmentação, a firmeza e até as proporções originais da genitália, características que sofrem alterações durante o envelhecimento.

“O laser íntimo, por exemplo, é uma ferramenta eficiente e versátil para o tratamento do canal vaginal. Ele libera energia a fim de aumentar a temperatura da mucosa intravaginal, bem como a da musculatura relacionada. Como resultado, um novo colágeno será formado e o tônus da região será incrementado. Esse procedimento melhora os sintomas do ressecamento vaginal, que pode vir com a menopausa, e fortalece a região, diminuindo a dor durante o ato sexual e aumentando o prazer”, esclarece a especialista.

ESTOU PENSANDO EM FAZER. E AGORA?

Para o ginecologista Ricardo Luba, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, o ideal é tirar todas as dúvidas com seu médico e, se possível, buscar uma segunda opinião antes de apelar para qualquer tratamento. “Conheço mulheres de 45, 50 anos que não conhecem bem o próprio corpo. Muitas vezes, as pacientes desistem por causa de uma simples orientação adequada. Alguém que diga: ‘não se preocupe, isso é normal'”, explica.

Além disso, pede para que estejamos atentas aos perigos envolvidos. “Exatamente pelos riscos, nem sempre o indicado é mexer. Tenha calma, veja o quanto isso  traz de sofrimento e impacto na autoestima. Se  fará bem, procure ajuda, mas se não causa problemas, por que mudar?”, argumenta. “O corpo humano é cheio de ‘imperfeições’ e é perfeito justamente por causa disso”, finaliza o médico.

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