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Rebecca Hall estrela filme de terror psicológico que promete virar clássico

O filme de terror "A Casa Sombria" é daqueles que fazem você prender a respiração e tapar os olhos com as mãos. Rebecca Hall explica por que é imperdível

Por Isabella D'Ercole Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
20 set 2021, 10h00
É

possível conhecer alguém verdadeiramente? A atriz inglesa Rebecca Hall acredita que não, especialmente depois de interpretar Beth no thriller A Casa Sombria, que chega aos cinemas no dia 30 de setembro. Na trama, a protagonista se vê desolada e confusa após o marido se suicidar.

“Eu consigo me colocar no lugar dela. Você perdeu seu parceiro, está de luto e sem rumo, porque ele não dava indícios de que poderia se matar. Ela fica triste, mas com raiva, se sentindo traída. Se ela não sabia que ele era capaz daquilo, do que mais ele era capaz? A trama empurra essa ideia ao extremo”, revela Rebecca em entrevista a CLAUDIA.

Sozinha, na casa próxima a um lago que o marido construiu para ela, Beth não se conforma com a situação e decide investigar revirando os pertences do marido. O cenário propício para um desenrolar típico de filme de terror ganha ainda mais fôlego com a atitude da protagonista.

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“Ela não tem nada a perder. O que mais me encantou na trama é que, diferentemente do que normalmente acontece nos filmes do gênero, ela não é uma mulher assustada que quer fugir. Ela anda em direção ao que a assusta. Ela deseja que o marido a assombre, porque ela quer tirar satisfações, ela quer que ele dê respostas”, fala a atriz, que, na época da filmagem, tinha um bebê de 9 meses.

Rebecca Hall
(Foto/Divulgação)

“Foi um processo de produção bastante solitário e exaustivo. Na maioria das cenas, eu ficava sozinha, não tinha com quem contracenar. Isso é difícil, não tem a troca de energia, o contato com o outro ator, que é tão importante. Ao mesmo tempo, foi muito libertador. A gente estava com o cronograma apertado, então ensaiávamos poucas vezes e o diretor me dava liberdade de ir criando. Fisicamente, a entrega era imensa, o trabalho corporal foi muito forte”, fala ela.

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Um dos pontos fortes do filme é que ele foge dos clichês do terror e mistura paranormalidade com a tensão psicológica. Os primeiros contatos de Rebecca com seus fantasmas chegam através dos sonhos e aí se inicia uma sequência de cenas que você nem sempre sabe se são parte da realidade ou da imaginação – estaria Rebecca enlouquecendo com o luto?

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Apesar da originalidade, é possível ver a influência de clássicos e também trabalhos recentes bem conceituados entre as referências do diretor David Bruckner – fãs do gênero vão identificar facilmente elementos de O Iluminado e Corra!. “Eu sempre fui fã de cinema, já tinha visto tudo, mas foi uma oportunidade para revisitar alguns filmes. Assisti O Bebê de Rosemary, O Iluminado, The Haunted, do Robert Mandel, feito para TV”, lembra Rebecca.

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Essa não é a primeira aventura de Rebecca pelo terror, ela já fez parte de produções menos conhecidas. Mas a atriz inglesa de 39 anos, filha de um ator de teatro e de uma cantora de ópera, é lembrada pelo grande público por ter estrelado Vicky Cristina Barcelona e aparecido em Homem de Ferro 3. A Casa Sombria a atraiu pelos trabalhos anteriores do diretor.

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“Uma amiga já havia feito um filme com ele e tinha falado muito bem, então achei que seria uma boa oportunidade”, lembra Rebecca. Mas, além disso, ela sentiu que o roteiro tinha um diferencial que tocava numa questão importante para ela pessoalmente.

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“Durante toda a minha carreira, as pessoas sempre falavam: ‘Nossa, finalmente uma personagem feminina complexa e profunda’. Mas nunca era de verdade, eu não enxergava isso nos roteiros que eu lia. Nos últimos dois anos, finalmente tenho visto isso mudar de verdade. Acredito que estúdios, produtoras e pessoas com dinheiro para investir no cinema estão interessadas nessa transformação, em arriscar, em contar histórias que não eram contadas. É resultado de muito barulho feito nos últimos anos”, fala a atriz.

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“O mundo precisa estar refletido na nossa cultura, é ali que mostramos onde estamos socialmente. Hoje, parecemos mais conscientes de que coisas que não eram consideradas mainstream na verdade são – e essas tramas precisam de espaço”, completa.

Adiada por causa da pandemia, a estreia do filme promete trazer de volta aquela sensação de coletividade na sala de cinema provocada pelo medo e a ansiedade dos sustos. “Depois do que vivemos, acho que assistir algo assim pode ser terapêutico. Você se junta com pessoas desconhecidas numa sala e todos gritam juntos, riem juntos – porque, às vezes, é tão assustador, que você começa a rir. Essa experiência comunal fez falta e será uma delícia retomá-la”, completa Rebecca.

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