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Leituras de CLAUDIA: em setembro, Virginia Woolf e literatura estrangeira

Descubra os títulos que consideramos imperdíveis na lista de leitura do mês

Por Joana Oliveira
Atualizado em 21 set 2022, 10h04 - Publicado em 21 set 2022, 08h39
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  • Capa de 'Virginia'.
    Capa de ‘Virginia’. (Nós/Divulgação)

    Segundo Walter Benjamin, o flâneur é um sujeito errante e observador típico da literatura europeia do século XIX, que protagonizou as páginas de livros e as ruas das cidades, apesar de seu intrínseco anonimato. Séculos depois, Lauren Elkin questiona: onde estava a flâneuse, essa mulher andarilha que ocupa as metrópoles, os cafés, bibliotecas e demais espaços públicos. Em Flâneuse, a autora refaz os passos de célebres colegas por Paris, Londres, Tokio, Nova York e Veneza. Um desses itinerários é o de Virginia Woolf, outro destaque nas leituras de setembro, graças a Virginia, uma nova biografia pela romancista e poeta Emmanuele Favier. Outras recomendações de CLAUDIA são as correspondências de Rilke com um jovem poeta e um relato sobre a bomba atômica de Hiroshima. 

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    Virginia – Emmanuelle Favier

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    Dentre as muitas biografias já escritas sobre Virginia Woolf, a da romancista e poeta francesa Emmanuelle Favier é, provavelmente, a que melhor consegue costurar a obra da escritora britânica com cada momento de sua vida. Virginia (Nós) é um mergulho no contexto social e histórico em que a escritora floresceu (desde as guerras mundiais às políticas de gênero na velha Europa), à procura de novos vislumbres de seu mundo interior. O livro será o segundo a ser debatido no Circuito de Leitura de Escritos de Mulheres, no dia 28/09, realizado por CLAUDIA e pela livraria Gato Sem Raboem São Paulo, que sedia os encontros. Como descreve a própria editora, Virginia se assemelha à maestria de Orlando, célebre biografia em forma de romance da amada de Virginia, Rita Sackville-West. Ou seja, um deleite de leitura. Compre aqui.

    Capa de 'Flâneuse'.
    Capa de ‘Flâneuse’. (Fósforo/Divulgação)

    Flâneuse – Lauren Elkin

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    As mulheres sempre estivemos pelas ruas, por mais que nosso acesso a elas ainda seja um campo de batalha, principalmente pelas violências machistas. No século XIX, no entanto, Walter Benjamin cunhou o termo flâneur para definir o homem errante e observador típico da literatura europeia daquela época, tornando-o símbolo da modernidade e da cultura ocidentais. Mas onde estavam as mulheres daquele momento? Nas mesmas ruas, cafés e saraus que eles. E é o percurso delas que Lauren Elkin refaz em Flâneuse – Mulheres que Caminham pela Cidade em Paris, Nova York, Tóquio, Veneza e Londres (Fósforo). Ao longo dos capítulos, cada um dedicado a uma cidade, a autora mescla sua experiência pessoal como andarilha com a de escritoras e artistas que a antecederam, como Jean Rhys, Virginia Woolf, Sophie Calle ou Martha Gellhorn, rememorando o itinerário e o pensamento dessas mulheres. O livro, além de uma leitura deliciosa, é uma ode à presença feminina nos espaços públicos e como figura literária. Compre aqui.

    Cartas a um Jovem Poeta – Rainer Maria Rilke

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    Capa de 'Cartas a um Jovem Poeta'.
    Capa de ‘Cartas a um Jovem Poeta’. (Planeta/Divulgação)

    Em 1903, Rainer Maria Rilke, um dos maiores escritores de língua alemã, recebeu uma carta de um jovem aspirante a poeta que busca a orientação. A correspondência entre Rilke e Franz Xaver Kappus duraria até o ano de 1908 e daria origem a Cartas a um Jovem Poeta, que ganhou uma nova edição no Brasil pela editora Planeta, incluindo cartas inéditas de Kappus e o texto A Transitoriedade, de Sigmund Freud. Os diálogos entre Rilke e seu interlocutor se voltam para a tradição estética, e propõem reflexões sobre a prática da criação artística, a escrita e os fundamentos da poesia como obra de arte. Compre aqui.

    Flores de Verão – Tamiki Hara

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    Considerado “o escritor japonês que melhor retratou a experiência da bomba atômica”, Tamiki Hara sobreviveu ao ataque em Hiroshima (ele estava no banheiro durante a explosão) e conta em Flores de Verão (Tinta da China), o que viu e sentiu nos momentos antes, durante e depois que aquele clarão fatal atingisse pessoas, animais e coisas. A dura descrição das vítimas que ele encontrou em desespero pelas ruas, pelos parques e pelo rio que marca a geografia de Hiroshima se mistura com a narrativa dos difíceis meses de recuperação e reconstrução da vida dos que ficaram. 

    Capa de 'Flores de Verão'.
    Capa de ‘Flores de Verão’. (Tinta da China/Divulgação)

    Em sua primeira tradução para o português, feita por Jefferson José Teixeira, Flores de Verão é um relato comovente da busca de sentido na humanidade. Como escreveu o próprio Tamiki Hara: “mesmo agora, alguém está sempre à procura de alguém.” Compre aqui.

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