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15 empresárias de sucesso dão dicas para mulheres que querem empreender

Somente no ano passado, o Brasil registrou mais de 10 milhões de mulheres empreendedoras, de acordo com o Sebrae

Por Joana Oliveira
Atualizado em 21 nov 2022, 12h19 - Publicado em 19 nov 2022, 08h04

Comemorado neste 19 de novembro, o Dia do Empreendedorismo Feminino é uma data na qual se debate ainda mais a desigualdade de gênero e a falta de paridade em altos cargos no mundo dos negócios. Criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), este dia pretende evidenciar a necessidade de um mercado de trabalho diverso e justo, com equidade em postos de trabalho, remuneração e direitos. No Brasil, foram registradas mais de 10 milhões de mulheres empreendedoras em 2021, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Aproveitamos a efeméride para ouvir empresárias de sucesso no mercado nacional, que dão dicas para outras mulheres que querem empreender.

“Empreender é arte de se reinventar e não ter medo de mudança. Atuei como fonoaudióloga, executiva de multinacional e agora como diretora criativa. Tudo isso foi possível porque sempre tive a cabeça aberta ao que está acontecendo no mundo e com coragem para mudar”, conta Gabriela Medeiros, responsável pela grife alagoana Martha Medeiros, marca que se consolidou na moda brasileira tendo como principal matéria prima as rendas feitas à mão.

Para Gabriela Silvarolli, diretora de marketing da Corello e quarta geração da família à frente da empresa, o segrego é persistência. “Não se pode desistir nunca. Nem sempre você vai acertar, são muitos fatores que contribuem para o sucesso de uma ideia e é preciso que todos eles estejam alinhados para chegar a um bom resultado”, diz. A empresária também ressalta a importância da consistência: “Quando empreende, muitas vezes você é o seu próprio líder. Nem todos os dias são bons, então é importante conseguir aproveitar os dias bons e inspiradores para criar projetos, e saber também que os dias difíceis fazem parte do processo e não se deixar abater por eles.” O último conselho de Gabriela é não ter medo de errar e se permitir sair da zona de conforto. “Só erra quem não ousa. É muito importante olhar para o cliente e para o consumidor, antecipar as necessidades dele e se basear nisso, e não apostar somente nas tendências. Quando você tem como base as tendências de mercado, você nunca será pioneiro em algo”, explica.

Empreender é muito mais que alcançar sonhos, é caminhar dia após dia com energia para os grandes desafios e a enorme responsabilidade por todos que caminham conosco dentro da empresa. Não só eles, como todas as suas famílias. Empregar é ser luz para um futuro de crescimento para todos em nossos caminhos”, acrescenta Caroline Célico, fundadora da marca de roupas NIINI.

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Para Vanessa Martinez, sócia-diretora da Santa Lolla, o momento atual é cada vez mais propício para que mulheres abram mais caminhos e oportunidades nos negócios. “Temos visto em todo o mercado, inclusive na nossa empresa, mais mulheres mostrando sua força nos negócios e mostrando que são fundamentais no empreendedorismo”, diz ela, que fundou a marca na década de 1990, ao lado dos irmãos Rubens e Fábio. Promissora no mercado de franquias, com 250 lojas e mais de 1.500 pontos de venda no país, a Santa Lolla é referência nas tendências de moda para todas as idades e estilos.

Nastácia Schacht, fundadora da Charth, concorda com Vanessa. “Não existem limites quando se faz algo com amor. Quando você verdadeiramente ama o que faz, tudo se comunica com o seu propósito”, compartilha a empresária, que começou a criar roupas para uso próprio, por sentir falta de peças estilosas que se adequassem ao dia e à noite.

Foi com esse mesmo sentimento que Kaká Grossenbacher fundou a Lalibela, em 2020. Ela uniu duas paixões, moda e viagem, e decidiu transmitir a cultura dos países que visita nas peças de sua marca. “O crescimento expressivo da Lalibela em pouco tempo é a certeza de que estamos caminhando na direção certa. Minha dica para se consolidar no mercado é encontrar o diferencial do seu produto e fazer disso sua marca registrada”, recomenda.

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Renata Figueiredo, por exemplo, fundadora da TIG, começou customizando camisetas na sala de casa e hoje tem um negócio de sucesso com vendas via e-commerce e em importantes pontos de São Paulo. “O que tirou a TIG do lugar comum foi a busca por sempre ir além, desafiar o calendário para criar um formato que fizesse sentido para nós e para o que acreditamos. Mais do que traduzir tendências, procuramos sempre entender com quem a gente se comunica e onde queremos chegar. Essa troca sincera e permanente é quem nos move e inspira a cada lançamento”, conta ela.

Adriana Lotaif, criadora da Pipó Gourmet.
Adriana Lotaif, criadora da Pipó Gourmet. (Reprodução/Divulgação)

“Empreender é uma montanha russa. Você aprende a ter resiliência, foco, disciplina e acima de tudo paixão! Você precisa se auto motivar e ter muita paixão pela sua ideia e sonho! É uma jornada incrível, hoje eu não me vejo de outra forma”, compartilha Adriana Lotaif, fundadora da Pipó Gourmet, marca pioneira de pipocas gourmet no Brasil.

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Foi justamente com foco, disciplina e paixão que as três amigas Agnes Crocchi, Vânia Almeida e Lucinda Aziz criaram o Grupo Agilità. Tudo começou em 1984, quando as cariocas lançaram a marca de roupas sofisticadas femininas e atemporais. Mais de uma década depois, elas decidiram focar num público mais jovem, com a Agilità Girls, investindo em peças mais casuais e versáteis, que depois se transformaria na Litt. O negócio virou um verdadeiro império e, em 2009, elas lançaram sua linha premium, a Fabulous Agilità, com foco nas tendências do mercado de luxo brasileiro. “Éramos três parceiras apaixonadas por moda e com a ideia de criar nossas próprias roupas, e assim resolvemos empreender e criar a nossa própria marca. O principal foco é não desistir, ter força, disciplina e paixão. É uma caminhada desafiadora, mas não é impossível. Constância é o que fez o nosso grupo chegar até aqui e vai fazer com que tenhamos muitos anos a mais pela frente”, dizem as amigas e sócias.

Criatividade e expertise

No bairro dos Jardins, em São Paulo, se destaca uma cafeteria toda rosa e muito descolada. É o Café Cherie, empreendimento de Cici Navarro, também dona do Dra. Cherie, uma marca de jalecos de luxo, que ela criou inspirada em seu trabalho na odontopediatria. Cici queria opções de uniformes mais fashion para profissionais da saúde. “Começar é o primeiro passo e ter em mente que os sonhos sem ações são meras alucinações. Se desenvolva para dar asas à ousadia… Seja curiosa, autêntico e tenha amor aos seus sonhos e às pessoas. Empreender é ter atitude! Tenho como objetivo a insistência e como estratégia, o reaprender e recomeçar. Não existem fórmulas, existe amor, garra e persistência’’, afirma.

Amor também é o que move Edileuza Rossano, fundadora e diretora criativa da Loft747, marca paulistana de moda feminina. “Ao longo dos nove anos de marca, eu passei a prezar cada vez mais pela presença de minha família na empresa, que acompanha e atua no dia a dia do trabalho”, diz ela, que prioriza a confiança e comunicação com sua equipe, conseguindo, assim, estar 100% presente na empresa.

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“Ao longo da minha carreira, entendi a importância de estar sempre à frente de todas as etapas da marca, acompanhando desde o desenvolvimento do croqui até a loja”, conta Luciana Won, diretora criativa da Dopls, marca de moda festa que está presente há 35 anos no mercado. Para ela, também é importante acompanhar de perto o dia a dia do empreendimento, fortalecendo a relação com as clientes.

Quando esse tipo de expertise se une com a criatividade, nascem negócios como a Inglesis, das irmãs Bianca e Fernanda Inglesis. A empresa surgiu como um blog de lifestyle criado por Bianca, que evoluiu para uma loja online de acessórios até que, em 2016, Fernanda se uniu ao projeto e começou a criar e costurar as primeiras camisetas. Desde então, a marca vem se consolidando no mercado.  “Minha jornada de empreendedorismo começou há 10 anos e eu poderia passar meses falando sobre isso. Mas um conselho que eu sempre dou quando me questionam sobre empreender é: se você quer, faça. Eu sou apoiadora de empreender, mas saiba que a jornada é longa, contínua, e muitas vezes solitária, não existe fórmula mágica e nem sucesso de um dia para o outro, é sua cria e no fim do dia você é o responsável sempre”, comenta Bianca.

As irmãs Bianca e Fernanda, fundadoras da Inglesis.
As irmãs Bianca e Fernanda, fundadoras da Inglesis. (Reprodução/Divulgação)

“A minha dica é focar no produto ou serviço sempre. Não sair correndo para fazer ação, marketing de influência e gastar com milhares com propagandas. Se o produto não está bom, pensado e redondo, você tem que botar a mão no fogo por ele, basicamente. Outra questão é que a parede não é só muito alta, ela é grossa também. É um tijolinho por vez. Então temos que sempre nos lembrar que, às vezes, coisas que parecem pequenas e que não deram muito resultado já são um tijolinho a menos para conseguir chegar em algo maior”, acrescenta Fernanda.

Miriam Bittencourt Melo, CEO do Grupo DiMirmay (Dimy, Dimy Candy e DMY), conta que não tinha noção da responsabilidade que estava assumindo quando decidiu empreender, criando a marca de moda catarinense em 1996. Hoje, seu grupo está presente em nove países e em mais de 1000 multimarcas.  “Minha história começou com o sonho de ser empresária, mas eu não tinha conhecimento de gestão e do negócio. É no dia a dia que você vai entendendo que ser empresária vai muito além do que simplesmente ter uma empresa. Mas dei o primeiro passo, o tempo passou e fomos construindo nossa história e a cada dia passando por novos desafios e aprendizados. Hoje, com a experiencia de muitos anos, percebo que o aprendizado continua sempre. O importante é você entender que existem três pilares cruciais: gestão, processos e pessoas. Isso é o que vai fazer vai te levar para o próximo nível”, compartilha.

Deby Oizerovici e Gabriela Schattan, mãe e filha e sócias da By Gabs, também descobriram que não há nenhum segredo guardado a sete chaves. Se aprende a empreender no dia a dia. A marca que une cor e design em esculturas feitas a mão a partir de dobraduras nasceu quando Deby emoldurou em acrílico uma das obras da filha. “O segredo está na energia que se coloca no negócio. Tudo que criamos precisa vir de dentro e ser especial. Todos os detalhes são importantes e, às vezes, correr nos faz atropelar aquilo que seria o diferencial. Mas também não adianta procurar a perfeição. Nada se faz sozinho então, saber trabalhar em equipe e trazer as pessoas junto do seu objetivo é imprescindível. Todos são importantes para o produto final encantar”, aconselha a dupla.

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