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Duda Amorim: atleta é uma das beneficiadas pelo “Histórias que Inspiram”

Projeto busca inspirar crianças e jovens da América Latina através de histórias reais de jovens atletas olímpicas da região

Por Sarah Catherine Seles
Atualizado em 7 nov 2022, 13h30 - Publicado em 4 nov 2022, 08h37
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  • Maria Eduarda Amorim, mais conhecida como Duda, tem 18 anos, é filha única e mora no Morro do Castro, em São Gonçalo, Rio de Janeiro (RJ), desde os cinco anos de idade. A partir da geração de sua bisavó, toda sua família foi criada por mulheres, facilitando a sua compreensão sobre empoderamento feminino, que está profundamente enraizada em sua educação.

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    Ela é uma das atletas que participa da campanha “Histórias Que Inspiram”, da franquia Disney Princesa, após ter sido beneficiada pela ONG Across Continents. O projeto busca inspirar crianças e jovens da América Latina por meio de histórias reais de jovens atletas olímpicas da região. A ação é uma parceria com a Coaches Across Continents, organização sem fins lucrativos que promove o desenvolvimento de comunidades vulneráveis por meio do acesso a programas educacionais ligados ao esporte

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    Como toda criança e adolescente que acompanha as produções da Disney, Duda tem sua princesa favorita. Ela se identifica com a personagem Merida, do filme Valente. “Diferente das clássicas que conhecemos, Merida renunciou ao seu título, porque ela não queria se casar com um homem e cair no estereótipo clássico de uma princesa. Admiro a personagem por ter lutado por sua liberdade em uma disputa contra homens que estavam brigando por sua mão”, conta.  A princesa quebrou preconceitos e estereótipos que impõem limitações aos direitos das mulheres, experiência que se parece com a de Duda.

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    Esporte e transformação

    Em 2014, Duda juntou-se à ONG UmRio através do programa de rúgbi. “Eu sempre gostei de esporte, mas sempre senti uma certa dificuldade em me adaptar nestes espaços por ser um espaço mais masculino”, conta a atleta. Ela relata que, ao contrário do futebol, vôlei e handebol, ela imediatamente viu o rúgbi como um esporte inclusivo. Meninas e meninos jogavam juntos na ONG, enquanto no futebol os meninos eram quem, muitas vezes, dominavam o espaço. 

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    Duda Amorim
    Duda entrou no time quando a participação feminina era inferior a 20% e, hoje, existem mais meninas do que meninos no esporte. (Reprodução/Arquivo pessoal)

    “Sou lésbica e ali vejo que não preciso falar da minha sexualidade, enquanto em outros esportes brasileiros mais tradicionais pessoas muitas vezes evitam pessoas LGBTQIA+“, conta. Duda viu no rúgbi um lugar seguro, já que no esporte não há questões de gênero e, como mulher lésbica, sentiu que sua sexualidade nunca foi questionada.

    A atleta compartilha que o esporte mudou sua vida positivamente, porque encontrou um espaço livre e acolhedor para ser quem é. “Vim de um ambiente conservador lá do Morro do Castro. Então nunca pude externalizar muito minha sexualidade.”

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    Revelar sua sexualidade para a família não foi nada fácil. “Minha relação com a mãe não foi boa por um longo tempo e só agora, depois de mais de 18 meses, estamos nos entendendo. Já no rúgbi, com meus colegas, recebi apoio, principalmente por considerar a ONG um espaço seguro. Ali, me senti abraçada”, aponta.

    Duda relata que viu o rúgbi como um esporte inclusivo
    Duda relata que viu o rúgbi como um esporte inclusivo. (Reprodução/Arquivo pessoal)

    A partir dos programas de educação oferecidos pela ONG UmRio, Duda passou a estudar em uma das melhores escolas secundárias do Brasil, o Colégio Dom Pedro II, e depois, através do curso preparatório para o vestibular, passou em Filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro – uma das melhores universidades do Estado do Rio.

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    “Foi fundamental para me ajudar a acreditar na minha capacidade e até mesmo no meu futuro. Sei que nada do que estou vivendo seria possível sem essa oportunidade”, conta agradecida.

    De todas as garotas da ONG, ela é uma das participantes do projeto há mais tempo. Sua resiliência para se livrar de preconceitos machistas sobre a participação de meninas no esporte ajudou a inspirar outras meninas. Duda entrou no time quando a participação feminina era inferior a 20% e, hoje, existem mais meninas do que meninos no esporte.

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