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Inscrições abertas para o prêmio Mulheres na Ciência na América Latina

Iniciativa da 3M que fomenta a presença de mulheres na ciência e tecnologia, reconhecerá cientistas cujos projetos têm impacto em suas comunidades

Por Joana Oliveira
Atualizado em 3 nov 2022, 14h05 - Publicado em 2 nov 2022, 10h04

Mulheres inspiram mulheres. Não foi surpresa, então, que as alunas do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) passassem a olhar com ainda mais admiração a bióloga Thamy Corrêa depois que ela foi reconhecida com o Prêmio Mulheres na Ciência América Latina, realizado pela 3M. Em abril, Thamy foi uma das brasileiras reconhecidas entre 25 cientistas do continente por haver criado uma família de enzimas capazes de degradar plásticos PET, aliviando seu descarte e acúmulo no meio ambiente. “Ganhar qualquer prêmio sobre a pesquisa que desenvolvo é recompensador, esse foi além, por me fazer cumprir o propósito de inspirar a próxima geração de jovens cientistas. Senti que aquilo tinha se tornado tangível para minhas alunas, que se vierem representadas por alguém que estava ali, tão perto”, celebra a bióloga, que, graças ao reconhecimento, foi convidada para palestrar na Universidade de York, no Reino Unido, onde pode discutir suas motivações, inspirações, experiências e anseios com uma plateia diversa. Agora, ela anima outras mulheres na ciência e tecnologia a se inscreverem na terceira edição do 25 Mulheres na Ciência América Latina, cadastrando seus projetos de pesquisa no  blog da iniciativa.

Desde 2020, a iniciativa procura dar visibilidade às mulheres nas iniciativas científicas e aos impactos que elas estão geram nas comunidades para continuar inspirando meninas, jovens e mulheres em toda a região para estudar as disciplinas STEM (em português, Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). O objetivo é mostrar a importância de sua participação em áreas que, durante muito tempo, foram consideradas exclusivamente para homens: dados da UNESCO mostram que, em todo o mundo, as mulheres representam apenas 35% dos que buscam o ensino superior em STEM e são menos de 30% dos pesquisadores científicos. Um desequilíbrio de gênero que reduz as possibilidades de inovação e de novas perspectivas para enfrentar os desafios atuais e futuros.

“Um dos nossos objetivos como empresa de inovação e ciência aplicada é continuar a conduzir a conversa em torno do empoderamento feminino e da importância da diversidade de gênero nos campos científicos, que são considerados por muitos, ainda hoje, como sendo atividades prioritariamente masculinas. Queremos que as novas gerações de meninas sejam inspiradas por profissionais da área e que elas também possam contribuir com grandes visões para a sociedade e sua comunidade”, comenta Marcia Ferrarezi, gerente técnica da 3M e líder do WLF-Tech (Women Leadership Forum ou, em português, Fórum de Liderança Feminina) da área técnica da 3M para a América Latina.

As 25 cientistas premiadas em 2023 serão escolhidas em 11 de fevereiro, data que comemora o Dia Internacional da Mulher e das Meninas na Ciência, após a avaliação de um júri que analisará, entre outras coisas, o potencial de impacto social direto ou indireto de cada projeto de pesquisa na região. Também serão avaliados a inovação e viabilidade do projeto, a maturidade da ideia demonstrada pelos resultados dos testes ou pilotos iniciais, a capacidade e experiência da candidata para desenvolvê-lo e os eventuais problemas a serem resolvidos. 

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Quem deseja se inscrever deve ser maior de idade, nascida e formada ou residente em um país latino-americano; ser autora ou ter participado na liderança de pelo menos um projeto com ao menos um protótipo/piloto de teste da ideia de inovação científica baseado em STEM; ter documentação que valide a propriedade intelectual e/ou a fé institucional da participação no projeto com o qual está se candidatando, além de ter paixão por comunicar e dar visibilidade à ciência a partir de uma perspectiva feminina e, principalmente, que apoie o empoderamento das mulheres no campo das disciplinas STEM.

“Para mim, ser escolhida como uma das 25 Mulheres da Ciência na América Latina renovou minhas esperanças e também me causou uma enorme alegria. Infelizmente, ainda é muito comum ouvirmos que nós, mulheres, não temos habilidades ou competência para desafios mais específicos das áreas STEM, o que nos leva a um retrocesso e uma desvantagem em favor dos homens para cargos de maior importância e relevância”, conta Rosangela Silqueira Rios, reconhecida em 2022 pela identificação de novos alvos e o desenvolvimento de novos fármacos para o tratamento da esquistossomose por acoplagem molecular.  Ela ressalta que, apesar de que cerca de 20% das mulheres são desestimuladas uma carreira na área, iniciativas como essa premiação são importantes para “renovar o ânimo” e impulsar a representatividade feminina no campo científico e tecnológico. “Por mais mulheres na Ciência!”, brada.

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