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Pri Borgonovi: “Ninguém falava sobre congelamento de óvulos 10 anos atrás”

Ela não tem medo de mudar os rumos da vida, nem de falar sobre viver a gravidez depois dos 40 anos⁏ Conheça a história inspiradora da empresária

Por Lorraine Moreira
Atualizado em 20 mar 2024, 14h50 - Publicado em 20 mar 2024, 09h45

Priscila Borgonovi não paralisa com o medo. Ela nasceu em Santos, mas construiu seu império em São Paulo. Foi mãe aos 20 e poucos, e também depois dos 40. Começou sua trajetória profissional como modelo, mas descobriu seu verdadeiro poder no universo das relações públicas. Se ainda resta dúvidas, não se engane: sua paixão está nas possibilidades – o óbvio não tem graça.

Aos 13 anos, Priscila embarcou rumo à capital paulista para modelar. Deu certo, tanto é que quatro anos depois ela foi morar no Japão à trabalho. Mais tarde, resolveu interromper a carreira para cursar jornalismo e trabalhar nos bastidores das câmeras. Em 2001, recebeu o convite de seu sócio, Léo Galvão, para criar uma agência de relações públicas. Desafio aceito, tiraram do papel a PBPR, empresa que se tornaria uma das maiores do ramo no Brasil.

“Trabalho desde os 13 anos. Eu fui modelo, produtora e tive a sorte de me achar como PR [Relações Públicas]. Nunca foi uma opção para mim parar de trabalhar. Eu nunca me coloquei nesse lugar, nunca me deixei livre para essa opção”, disse em entrevista à CLAUDIA, na Casa Clã 2024, o maior evento feminino organizado pela Editora Abril.

Essa freneticidade não parou nem mesmo durante a gravidez, que vive agora com 44 anos. “Eu não mudei nada na minha rotina, estou no auge da minha produtividade. Eu trabalho muito, especialmente neste começo de ano, por causa do Carnaval.”

Priscila cuida de um camarote no Rio de Janeiro, com a função de administrar mais de 1500 pessoas. “Eu equilibro minhas funções do trabalho com a gestação da Maria. Uma hora preciso dar mais atenção a um, outra hora foco mais na outra parte”, revelou.

Essa capacidade de olhar o cenário do qual faz parte com calma e maturidade para equilibrar a vida é resultado dos aprendizados que teve com experiências anteriores. Inclusive a maternidade, que vivenciou pela primeira vez aos 24 anos, quando se tornou mãe de João Assunção, agora com 21 anos.

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Isso não quer dizer que a vida tenha caminhado para os mesmos passos. Na verdade, são contextos bastante diferentes.

“Eu estou numa fase mais calma, mais madura, mais decidida do que quero e vivendo um casamento feliz. A principal diferença da gestação em momentos diferentes da vida, para mim, tem sido eu mesma.”

Olhar para o João, adulto, e encontrar nele admiração pelo ser humano que é hoje, é um dos principais calmantes naturais. “Eu consegui criar e educar alguém que eu admiro quem se tornou. Formar uma pessoa com valores é muito difícil, então observar ele me deixa mais calma e preparada para essa jornada”, afirmou.

Nada disso significa, porém, que a decisão pela segunda gestação não tenha tido seus momentos difíceis. “Foi uma escolha em conjunto com meu marido [Bruno Caribé]. Depois dela, entramos num processo difícil, porque há 10 anos atrás ninguém falava para você congelar seus óvulos. Quando eu comecei, tinha 40 anos, eu passei três anos tentando engravidar, foi muito doloroso. Emocionalmente é difícil, financeiramente é pesado”, lamenta.

“As mulheres vivem mais, produzem mais e é natural que acabem empurrando um pouco a maternidade para ter mais tempo para conseguir alcançar esse gol. Essa informação chegar antes é muito importante.”

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Priscila Borgnovi fala sobre decisão de engravidar depois do 40 anos na Casa Clã
Priscila Borgonovi acredita na importância de divulgar informação sobre a gravidez depois dos 40 anos (Mayra Azzi e Marcella Camillo/CLAUDIA)

E esse não é o único problema. “Infelizmente, o congelamento de óvulos e a reprodução assistida não são uma realidade para todas as mulheres. É um tratamento caro, dispendioso de tempo e de energia. Muitos casais não sobrevivem financeiramente e emocionalmente.” 

O resultado positivo para o teste de gravidez foi comemorado também por encerrar esse período de tentativas. “Eu não via a hora de virar a cartada, de começar.”

Mas sua história não acaba por aí, ela é movida pelo mundo diariamente. “Sou inspirada por todas essas possibilidades da vida, por poder mudar de ideia, poder ir atrás das coisas, por não desistir da minha felicidade. Você pode recomeçar com a idade que quiser. Isso é a potência de poder tomar as decisões da sua vida.”

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