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Sérgio Nahas tem pena aumentada por assassinato da mulher

Fernanda Orfali foi morta pelo empresário em 2002. O caso só foi julgado no ano passado e ganhou novos desdobramentos na última semana

Por Da Redação
17 ago 2021, 12h27

A Justiça do Estado de São Paulo, após atender um recurso da acusação na última semana, aumentou para oito anos e dois meses a pena para o empresário Sergio Nahas, que agora deverá ser cumprida em regime fechado.

Condenado por assassinar sua esposa, a estilista Fernanda Orfali, em setembro de 2002, o réu foi julgado em setembro de 2020 e sentenciado a sete anos em regime semiaberto.

Por conta das circunstâncias do crime, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) compreendeu que a pena de Nahas deveria ser acima do mínimo.

“O assassinato aconteceu em um dos cômodos da residência do casal, local em que a vítima deveria se sentir segura”, defendeu Ricardo.

A defesa do empresário entrou com um pedido de revisão da decisão, alegando contradições e omissões nos argumentos da acusação. “Não há nada nos autos que comprove que Sergio Nahas puxou o gatilho. Elementos indicam o suicídio”, apontou o advogado Eugênio Malavasi.

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Relembre o caso

Casada com Sergio Nahas havia seis meses, Fernanda Orfali, de 28 anos, foi morta no apartamento em que morava com o marido, em Higienópolis, bairro nobre da capital paulista.

De acordo com as informações periciais que constroem o caso, Nahas, na época com 38 anos, teria puxado o gatilho quando Fernanda descobriu relações extraconjugais dele com travestis. Ele frequentava e orgias e também comprava cocaína. A bala foi em direção à coluna vertebral da estilista e atingiu o coração da vítima.

Durante 16 anos, a defesa do assassino interveio com diversos recursos, em sua maior parte desconsiderados. Nas vésperas do primeiro júri, em 2017, a defesa encaminhou ao TJSP um parecer que reforçava a argumentação de que a vítima sofria de depressão e, por isso, se suicidou.

Os familiares de Fernanda, no entanto, afirmam que a estilista, até se casar, nunca havia consultado um psiquiatra, diferente de Nahas, que apresentava frequentes episódios de instabilidade e sumiços cercados de mistério.

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No dia do crime, a vítima chegou a pedir socorro ao irmão Julio via telefone, porém, quando ele chegou ao local acompanhando dos outros três irmãos de Nanda, como era carinhosamente chamada, ela já havia sido morta.

De acordo com a promotoria, a cena do crime foi alterada antes da chegada da perícia, que detectou que é improvável que o caso se trate de um suicídio, visto que havia pólvora em uma camisa do réu que estava escondida embaixo da cama. 

Nahas foi preso na ocasião pelo porte ilegal de quatro armas que mantinha em casa, mas foi solto. Cerca de dois anos depois, em novembro de 2004, ele voltou a ser preso quando foi identificada uma possível fuga do assassino para a Suíça. Porém, em dezembro do mesmo ano, sua defesa conseguiu um habeas corpus e o mesmo foi solto novamente.

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