Rafa Brites lança projeto de entrevistas para falar de “síndrome da impostora”
No “Clube das Impostoras”, a jornalista dirige e entrevista dez mulheres reconhecidas no mundo artístico e corporativo, como Suzana Pires e Fafá de Belém
Rafa Brites acaba de lançar uma série de áudios para debater a famosa “síndrome de impostora”, que afeta tantas mulheres nos dias de hoje. O projeto ganhou o título de “Clube das Impostoras”, e é um lançamento da Amazon com os primeiros Audible Original produzidos nacionalmente.
No lançamento, a jornalista dirige, apresenta e entrevista um grupo de dez mulheres reconhecidas no mundo artístico e corporativo, como Suzana Pires, Fafá de Belém e Rachel Maia, que discutem o impacto dessa síndrome para as mulheres, que participam de um “clube” fictício, exclusivo e criterioso. A novidade conta com onze episódios que trazem experiências das participantes e troca de vivências.
“A ideia é que as mulheres se identifiquem com as histórias que as convidadas contam”, explica Rafa Brites em entrevista exclusiva à Claudia.
Distante da televisão desde 2018, a jornalista relata a diferença por estar atrás das câmeras, ou, dessa vez, dos microfones. Com a sua irmã, Gabi Brites, que também participa da direção, pensaram em formas de fazer uma produção em áudio diferente da habitual. Com recursos da sonoplastia, com discos de vinil, elas criaram histórias com os relatos das entrevistadas, permitindo que os ouvintes imaginem quem está falando antes de serem reveladas.
O “Clubes das Impostoras” tem o objetivo de servir como um guia para fortalecer a autoestima e a confiança das mulheres. “A posição de se sentir uma farsa é muito solitária”, desabafa Rafa. A produção vem para mostrar que esse problema não é individual, e sim coletivo, como consequência do machismo e misoginia. Com um casting de convidadas muito diverso, também serão abordadas as consequências do racismo, da gordofobia, transfobia e capacitismo nas vidas dessas mulheres.
A própria Rafa já sentiu a síndrome da impostora, e afirma que não é algo que se supera. Assim, o desafio de abordar um tema tão delicado exigiu muita confiança com as convidadas e muito respeito com as histórias partilhadas.
“Eu não queria gerar fofoca e clickbait, como a maioria dos podcast atuais fazem”, relata a apresentadora. Essa postura é possível pela liberdade que trabalhar na direção a forneceu. Hoje, como escritora, palestrante e influenciadora, ela preza ainda mais por isso.
A série é recomendada para todas as mulheres que não se sentem confiantes ou suficientes, e para todos os homens aliados na promoção da equidade de gênero. “Não teve um episódio que eu não chorei. Acho que a frase que resume é ‘apesar de’ tudo que passaram, essas mulheres se tornaram ícones em suas áreas. Não desistiram, não se encolhem e não se calam”, conclui a apresentadora.
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