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João de Deus já foi acusado de tráfico de drogas e tortura em 1996

Acusado de centenas de abusos sexuais, o suposto médium tem passado obscuro conforme mostra documento obtido por VEJA

Por Da Redação
Atualizado em 18 fev 2020, 12h09 - Publicado em 21 dez 2018, 11h58
 (Reprodução/Reprodução)
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João de Deus, alcunha de João Teixeira de Faria, já foi acusado de cometer outros crimes, entre eles tráfico de drogas e tortura, mostram documentos obtidos por VEJA. 

De acordo com a reportagem, o suposto médium foi preso ao transportar uma carga de minério. Ela seria contrabandeada para fora do país. João confessou o ato à Polícia Federal e afirmou que receberia o equivalente a R$ 3,5 milhões.

Ele também teria torturado três rapazes que foram detidos acusados de portar drogas, arrumar confusão com um segurança e furtar uma bolsa. A reportagem apurou que os acusados foram ameaçados de morte e torturados a fim de confessar o porte de maconha. Tudo teria acontecido sob a supervisão de João de Deus.

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Os homens disseram que João agia como uma espécie de delegado durante as sessões de tortura. Ele interrogava e orientava os espancamentos. Um deles chegou a dizer que o médium traficava cocaína.

O juiz do caso, que aconteceu em 1996, pediu ao Ministério Público que um inquérito fosse instaurado, mas o caso foi encerrado oito anos depois porque os crimes prescreveram.

Em um mandado de busca e apreensão na semana passada, policiais encontraram no fundo falso de um armário no quarto de João de Deus uma mala com 405 000 reais. Também acharam dois revólveres de calibre 32, um de 38, uma pistola 380 e uma garrucha, além de uma grande quantidade de munição. Um dia antes da prisão, a corporação descobriu que João de Deus mantinha 35 milhões de reais em aplicações financeiras.

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Acusado por mais de 500 relatos de mulheres de abuso sexual durante atendimentos espirituais, João de Deus está preso no Centro de Custódia, em Aparecida de Goiânia e foi indiciado por violência sexual mediante fraude. Caso seja condenado, ele pode pegar de 2 a 6 anos de prisão. João nega as acusações. 

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