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Dicas de chef para escolher e preparar uma boa carne

Como escolher a carne certa e como preparar? Os chefs Diego Porto Costa e Helder Justo dão dicas para acertar na cocção de carnes vermelhas

Por Da Redação
24 jan 2023, 11h09
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  • Seja no churrasco do final de semana ou no bife do dia a dia, a carne é um ingrediente intrínseco à cultura brasileira, sendo sinônimo de festa, reunião família e celebração.

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    E, apesar de ser tão enraizada na nossa culinária, fazer carne é um desafio que nem todos dominam. Mas de nada adianta ter uma peça incrível nas mãos sem saber prepará-la: é preciso saber escolher um bom bife, acertar no tipo de preparo e também no ponto ideal de cozimento para cada tipo de carne.

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    Para ajudar nessa tarefa, Helder Justo, chef do restaurante Varal87 Steakhouse, e Diego Porto Costa, head chef do Beefbar São Paulo, dão dicas de como acertar no preparo da carne antes, durante e depois dela ir ao fogo. Veja a seguir!

    Os chefs Diego Porto Costa (Beefbar São Paulo) e Helder Justo, (Varal87) dão dicas para preparar carnes vermelhas
    Os chefs Diego Porto Costa (Beefbar São Paulo) e Helder Justo, (Varal87) dão dicas para preparar carnes vermelhas (| Fotos: Divulgação/Divulgação)

    No mercado: como escolher uma boa carne?

    Ao verificar as carnes disponíveis no mercado ou açougue, alguns detalhes ajudam a identificar se a carne é ou não de qualidade, como embalagem, cor, gordura e outros elementos.

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    Segundo o chef Helder Justo, o primeiro passo é verificar a procedência e também o tipo do gado. “Para as carnes do dia a dia, procure comprar em um açougue de confiança. Já para o churrasco, os melhores são as de origem britânica, as mais conhecidos são Angus e Hereford”, explica. “Uma boa carne deve estar sempre embalada a vácuo e na embalagem original do frigorifico. Evite bandejas com cortes fracionados e moídos previamente – a manipulação diminui drasticamente o prazo de validade”, complementa Diego Porto Costa.

    Alem disso, “é importante verificar a embalagem para ver se não tem muito sangue”, conforme explica Helder. “A coloração da carne tem que estar vermelho vibrante, não pode estar muito escura e nem muita clara. A gordura pode ser branca ou amarelo claro, com uma espessura não muita alta e nem fina demais. O grau de marmoreio também é muito importante: marmoreio são os pontos de gordura entremeada dentro da carne, que confere maciez”, explica ele.

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    O Tartare & Tartine (filé Angus com, crocante de gergelim) é uma das opções do menu do Beefbar
    O Tartare & Tartine (filé Angus com, crocante de gergelim) é uma das opções do menu do Beefbar (| Foto: Beefbar São Paulo/Divulgação)

    Essa regra vale também e, principalmente, para casos de receitas com carne crua, como steak tartare. Qualquer carne deve estar sempre refrigerada e bem condicionada, para evitar qualquer contaminação.

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    Como armazenar a carne corretamente?

    De acordo com os chefs, o mais indicado é armazenar a carne em sua embalagem original, preservando o prazo de validade indicado. Caso não consumir toda a carne no mesmo preparo, o ideal é embalar a peça individualmente com filme de PVC culinário e, então, armazenar em um recipiente com tampa na geladeira pelo prazo indicado pelo frigorífico (indicado na embalagem em “após aberto”).

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    Para consumo rápido, os chefs indicam até três dias refrigeração, a 2°C a 5°C, mantendo na embalagem original. Já para o consumo após quatro dias, o ideal é congelar em freezer com temperatura entre -5°C a -12°C graus.

    Gordura: limpar ou deixar?

    Para o head chef do Beefbar São Paulo, o Ideal é tirar apenas o excesso de gordura, aquela capa exterior do corte. Mas manter a gordura durante o preparo é essencial para garantir sabor à carne, principalmente no churrasco.

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    “Para quem não gosta da textura da gordura, o mais indicado é retirar a gordura da carne somente após ser assada”, dá a dica. O mesmo acontece para os cozidos: o ideal é fazer o preparo com um mínimo de gordura, ao menos, e depois retirá-la do caldo com a ajuda de uma concha.

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    A carne ideal para cada preparo

    O Big K, lanche do menu do Beefbar, é feito com duplo Wagyu, bacon, queijo, alface e tomate
    O Big K, lanche do menu do Beefbar, é feito com duplo Wagyu, bacon, queijo, alface e tomate (| Foto: Beefbar São Paulo/Divulgação)

    Certamente existem carnes mais e menos saborosas, mas tudo depende muito de preparo e de acertar no processo. Para um hambúrguer, por exemplo, uma quantidade de gordura é essencial para deixar o lanche mais suculento. Sendo assim, os chefs indicam a carne mais adequada para cada preparo:

    Como temperar a carne vermelha

    “Culturalmente, alguns países preferem temperar a carne antes da cocção e outros preferem fazê-lo depois. Particularmente, prefiro fazer logo antes de assar a carne na brasa ou frigideira, pois ajuda a criar a crostinha exterior da carne e o tempero fica mais uniforme em todo o steak”

    chef Diego Porto Costa

    O tempero vai depender do tipo de preparo e do tipo de carne. Para churrasco, Helder explica que fica a critério de cada pessoa, pois é um fator que não muda a qualidade da carne. “O ideal é usar sal grosso, pois faz toda a diferença. Para as carnes do dia a dia, o melhor é temperar com sal e ingredientes de preferência com meia hora de antecedência, assim fica bem saboroso”, recomenda.

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    Já no caso de assados grandes e de longa duração, Diego indica temperar algumas horas antes, para que o tempero penetre na peça e chegue ao centro, evitando que por dentro a carne fique sem sabor.

    Dica para iniciantes

    Para quem está começando a aprender mais sobre os preparos de carne, alguns cortes facilitam o processo. Segundo Helder, o bife de chorizo – corte retirado do contra filé – é perfeito para quem está começando. “Tem uma leve capa de gordura que confere um sabor levemente amanteigado, uma boa maciez e é bem suculenta.”

    Já o chef Diego Porto Costa indica o filé mignon para os iniciantes. “É um corte que, mesmo bem passado, não costuma ficar borrachudo e, por ter menos fibras, sua cocção é mais simples e rápida”, recomenda. “No começo, errar o ponto pode ser comum, então não desista! Testar e aprender com os resultados é o mais importante! Lembrando que cortes mais altos geralmente levam mais tempo para assar e os mais finos são mais rápidos.”

    Como preparar carne vermelha

    Bife de Chorizo do VARAL87
    Bife de Chorizo do Varal87 (| Foto: VARAL87/Divulgação)

    Depois de aprender mais sobre cada tipo de carne e como prepará-las adequadamente, o chef Helder Justo indica preparar uma receita de Bife de Chorizo, considerando diferentes tipos de preparo, seja na churrasqueira, frigideira ou até fritadeira elétrica:

    Churrasco com Bife de Chorizo

    Churrasqueira: 1 bife de chorizo de 350g com dois dedos de espessura ou 4 cm. Com o braseiro pronto, leve o bife a grelhar de 7 a 10 minutos de cada lado. Retire de grelha e tempere com sal grosso a gosto.

    Frigideira: 1 bife de chorizo de 180g, preaqueça a frigideira com fios de azeite e coloque o bife por 5 minutos de cada lado. Depois, retire da frigideira e tempere com sal grosso a gosto.

    Fritadeira elétrica: 1 bife de chorizo de 250g, preaqueça a air fryer por 5 minutos em temperatura máxima – coloque o bife 10 minutos de cada lado. Retire da fritadeira e tempere com sal grosso a gosto.

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