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Mulheres na luta antirracista: em 2020, só deu elas

Confira as mulheres mais inspiradoras do ano, segundo a executiva Rachel Maia, sobretudo no combate ao racismo

Por Rachel Maia
7 dez 2020, 12h00
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  • Há várias formas de olhar o mundo. Cada um o enxerga com uma mistura de característica de personalidade, referências e valores. Eu sou da turma do copo meio cheio. Gosto de observar o lado bom das coisas, para onde avançamos. Mas não se engane quem pensa que isso é um traço de ingenuidade.

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    Esse pensamento está calcado numa verdade na qual acredito: é preciso valorizar a luta, mas também as conquistas. Se valorizarmos apenas a luta, podemos desestimular quem está no front de batalha, porque parece que só existe esforço. Se valorizarmos apenas as conquistas, podemos ficar acomodados. Ao botarmos os holofotes em ambos, evitamos os efeitos colaterais.

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    Dito isso, quero deixar claro que nós, mulheres – e especialmente as mulheres pretas –, ainda temos muito a conquistar. Mas também que já avançamos muito. E 2020 foi um ano incrível para essa nossa luta. Não só o tema foi amplamente discutido como vimos, de fato, mudanças acontecendo. Grandes empresas como Magazine Luiza, Bayer, P&G e 99 abriram programas de recrutamento apenas para negros. Uma forma de começarmos, de fato, a promover mais diversidade em nossa sociedade.

    Outra coisa na qual 2020 foi repleta é em exemplos de mulheres incríveis e bem-sucedidas. Isso tem uma importância enorme para as jovens brasileiras pretas: elas têm modelos nos quais se inspirar e passam a acreditar que estar naquela posição é, sim, para elas também.

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    Quero começar falando sobre Kamala Harris, vice-presidente eleita nos Estados Unidos, sobre quem já escrevi neste espaço. Ainda naquele país, quero destacar as ações de três ativistas, Alicia Garza, Patrisse Cullors e Opal Tometi. O movimento que elas começaram, o Black Lives Matter, ganhou o mundo depois do assassinato do negro George Floyd por policiais brancos.

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    E da apresentadora Oprah Winfrey, que sempre deu (e continuou dando) sua contribuição à luta antirracista. E, claro, da atriz Viola Davis, que se posicionou fortemente contra a diferença de cachês entre atrizes negras brancas.

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    Aqui no Brasil, o ano foi de colegas minhas que brilharam em empresas gigantes como Samantha Almeida, poderosa executiva do Twitter sobre quem também já escrevi por aqui; Bibiana Leite, diretora de Desenvolvimento de Parcerias de Conteúdo do YouTube, e Christiane Silva Pinto, Gerente de Marketing no Google Brasil e fundadora do comitê de comitê de igualdade racial AfroGooglers. Destaque também para Dilma Souza (CEO da Outra Praia), Jandaraci Araújo (diretora executiva do Banco do Povo Paulista) e Mônica Marcondes (Gerente Geral de Participações em Energia na Companhia Siderúrgica Nacional), que dividiram comigo a capa de CLAUDIA de novembro.

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    Capa 710 Executivas negras debatem a falta de representatividade nos conselhos das empresas ()
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    Não posso deixa de lembrar de pessoas como Djamilla Ribeiro, vencedora do Prêmio Jabuti 2020 na categoria Ciências Humanas com seu “Pequeno Manual Antirracista” – aliás, um livro essencial. Ou de Carol Dartora, primeira vereadora negra eleita em Curitiba, de Ana Lúcia Martins, também primeira mulher negra eleita vereadora em Joinville, e de Suéllen Rosim, primeira prefeita negra eleita em Bauru. Além de fazerem história em suas cidades, elas receberam mensagens com os mesmos conteúdos racistas e de ameaças – mostrando que nossa luta continua.

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    Todas as tantas outras mulheres que ganharam holofotes este ano, que eu só não menciono porque me falta espaço, sabem que estão aqui representadas. Elas sabem que a luta é de toda nós. E que venha 2021, porque estamos preparadas!

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