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Estas vitórias femininas nas eleições dos EUA são símbolos de progresso

Eleitas, elas pretendem levar ao Congresso as lutas por igualdade, direitos das minorias, saúde e meio ambiente

Por Da Redação
Atualizado em 22 abr 2024, 11h18 - Publicado em 4 nov 2020, 17h23
Da esquerda para a direita: Deb Haaland, Sarah McBride, Mauree Turner, Alexandria Ocasio-Cortez e Cori Bush. Fotos: (Arquivo Pessoal/Taylor Hill/Getty Images/Reprodução/CLAUDIA)
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Enquanto o mundo aguarda o término da apuração que apontará o próximo presidente dos Estados Unidos, algumas vitórias no Senado e na Câmara dos Representantes já são celebradas por sinalizarem um Legislativo mais progressista nos próximos anos.

Ontem (3), por exemplo, o estado de Delaware elegeu com 86% dos votos Sarah McBride, a primeira senadora trans da história do país. Durante o mandato de Barack Obama, Sarah já havia sido a primeira transexual a estagiar na Casa Branca, experiência que despertou seu interesse pela política.

Não estou concorrendo para fazer história ou fazer manchetes. Estou concorrendo para fazer a diferença nesta comunidade e representá-la da melhor maneira possível, trazendo toda a gama de experiências e perspectivas que tenho com uma história tão longa nesta comunidade”, declarou ela à revista People, na época do anúncio de sua candidatura. 

Ela não será a única LGBTQ+ a integrar o corpo político estadunidense a partir dessas eleições. Em Oklahoma, Mauree Turner, que é não-binária e muçulmana, também fez história ao ser a primeira pessoa negra eleita pelo 88º distrito do estado para ocupar o posto de legisladora.

Criada apenas pela mãe, pois seu pai passou anos preso, Mauree possui um plano de atuação centrado em propostas de mudanças no sistema carcerário, além da expansão de um sistema de saúde acessível e o aumento da renda mínima. “Nunca foi tão importante que aqueles mais familiarizados com os problemas de nosso estado estruturem as soluções”, disse ela, quando ainda era candidata.

“Das ruas de Ferguson para o Congresso”

Em meio a um mar vermelho de republicanos, a vitória da democrata Cori Bush tem um peso imensurável. Além de primeira mulher negra a se tornar congressista pelo estado do Missouri, ela também é a primeira ativista do movimento Black Lives Matter a ser eleita, justamente em um ano em que as manifestações contra o racismo e a brutalidade policial se intensificaram no país.

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Pelo Twitter, Cori fez questão de relembrar a morte de Mike Brown, adolescente assassinado em 2014 na cidade de Ferguson. “Tomamos as ruas por mais de 400 dias em protesto. Hoje, levamos a luta pelas vidas negras das ruas de Ferguson para os corredores do Congresso. Teremos justiça”.

“Hoje, eu me tornei a primeira mulher negra a ser eleita para representar o Missouri no Congresso. É 2020. Eu não deveria ser a primeira, mas estou honrada em poder carregar essa responsabilidade”, prosseguiu. “Para todos os excluídos, esquecidos, marginalizados e afastados. Este é o nosso momento”.

Mais à oeste, no Novo México, apenas mulheres de minorias étnicas irão compor a Câmara dos Deputados. Pelo Partido Democrata, Deb Haaland, indígena da etnia Laguna Pueblo, e a latina Teresa Leger Fernandez, representarão, respectivamente, o primeiro e o terceiro distrito do estado. Já a republicana Yvette Herrell, indígena Cherokee, será representante do segundo distrito, ao sul.

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“O povo do Novo México escolheu proteger o que amamos – nossa democracia, nosso planeta, nossas famílias e comunidades, nossa saúde e nosso futuro. Com esta vitória, eu prometo a vocês que irei agir da maneira corajosa que este momento histórico exige. Muchísimas gracias!”, escreveu Teresa em seu Twitter.

The Squad

Com 68,5% dos votos, Alexandria Ocasio-Cortez foi reeleita para o cargo de deputada, continuando a representar New York na Câmara baixa do Legislativo. Aclamada pela parcela jovem dos progressistas estadunidenses, A.O.C, como é chamada, agradeceu e creditou sua reeleição aos distritos novaiorquinos do Bronx e do Queens e afirmou ser “a maior honra, privilégio e responsabilidade de sua vida” poder lutar pelas famílias da classe trabalhadora.

Suas aliadas Ilhan Omar, Ayanna Pressley e Rashida Tlaib, com quem A.O.C forma o grupo progressista apelidado de “The Squad” também foram reeleitas em Minnesota, Massachusetts e Michigan, respectivamente. “Nossa irmandade é resiliente”, celebrou Ilhan, postando fotos das quatro no Twitter.

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“Nós nos organizamos. Nos mobilizamos. Legislamos nossos valores”, escreveu Ayanna. “Tenho orgulho de ser sua congressista e parceira de trabalho. Acredito em nosso poder. E estamos apenas começando.”

O que falta para termos mais mulheres eleitas na política

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