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Queda em índices de violência contra a mulher reflete subnotificação

A pandemia camuflou a realidade dos casos no país ao deixar as vítimas ainda mais tempo com seus agressores

Por Da Redação
Atualizado em 15 jul 2021, 21h15 - Publicado em 15 jul 2021, 20h02
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  • Ao menos 230.160 mulheres denunciaram um caso de violência doméstica no Brasil em 2020, um índice que, comparado aos 267.930 casos de agressão no ano anterior, obteve uma baixa.

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    O declínio também pode ser observado nos registros de estupros de meninas e mulheres no país, que representam 86,9% dos cidadãos violentados e atingiu a marca de 60.460.

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    Em contrapartida, os números de ligações delatoras da violência doméstica no 190 tiveram um aumento substancial de 16,3% durante o ano, batendo a marca de 694.131 chamadas.

    Seguido deste alto número, nos deparamos com outro dado alarmante: o país registrou 1.350 feminicídios no ano de 2020, uma alta de 0,7% no número de mulheres mortas por conta de gênero em comparação a 2019.

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    Todos esses números foram dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, nesta quinta-feira (15), no 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública, um material que retrata a segurança pública brasileira.

    Anuário de violência
    (Foto: 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública/Reprodução)

    De acordo com o estudo, os números em queda, apesar de positivos, estão diante de dois questionamentos. Os níveis de violência doméstica e sexual estão realmente em queda ou foram apenas os registros que diminuíram em decorrência do atendimento não-presencial e da adaptação dos serviços públicos durante a pandemia?

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    A alta no número de feminicídos é um real indicador que, de fato, quem esteve em baixa foram os registros, pois as mulheres continuaram a ser vítimas de violência tanto quanto antes, ignorando o fato de que, muitas das mortes de brasileiras foram registradas apenas como “homicídio”, o que prejudica o panorama da realidade.

    De todos os grupos étnicos, mulheres negras representam o maior índice de vítimas de feminicídio.

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    Anuário de violência
    (Foto: 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública/Reprodução)

    Outro dado que reforça a percepção de que os números – que já são altos – estão subnotificados são os registros de Medidas Protetivas de Urgência concedidas pela Justiça. Os 281.941 pedidos feitos em 2019 saltaram para 294.440 em 2020, um crescimento significativo de 4,4%.

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    Quando o assunto em debate é o índice de estupro, mais de metade das vítimas, representadas por uma porcentagem de 60,6%, é formada por menores de 13 anos ou vulneráveis (que não consentem a relação), que representam 73,7% dos números. Em sua maioria, essas vítimas foram violentadas por conhecidos.

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    Anuário de violência
    (Foto: 15° Anuário Brasileiro de Segurança Pública/Reprodução)

    Denuncie

    Se você conhece alguma vítima de violência doméstica, não hesite em denunciar e buscar formas de apoiar essa pessoa. Para falar na Central de Atendimento à Mulher, basta ligar no número 180. O canal disponibiliza atendimento e orientação para a vítima. Ainda é possível registrar ocorrência, principalmente em flagrante com a Polícia Militar pelo número 190.

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