Menina cria guia para venezuelano:

Quando um novo colega venezuelano chegou em sua escola, em Jundiaí, a pequena Victória, de 9 anos, quia ajudá-lo a se adaptar. Ela, então, desenhou um “guia” de passeios pela cidade, para que ele pudesse se divertir.

Logo no primeiro dia de aula, quando a menina conheceu seu amigo, ela começou a perguntar à mãe coisas como “Mãe, o sorvete do Sesc é barato?”, ou “É caro ir para São Paulo de trem?”. A mãe, Carla Miranda, não estranhou o comportamento, porque a filha sempre foi muito comunicativa.

Em entrevista ao Tribuna de Jundiaí, a mãe de Victória, após algumas horas, enquanto desenhava em um bloquinho, a menina continuava curiosa. “Eu perguntei o que ela estava fazendo e ela disse que queria que o novo amigo conhecesse a cidade, pois ele veio de outro país e ficaria muito feliz de ir nos lugares que vamos”, contou Carla.

Orgulhosa, a mãe não pôde conter o encantamento com a atitude da filha. “Ela disse que não devia ser fácil sair da Venezuela e deixar tudo o que gostava para trás”, contou.

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E as atitudes surpreendentes da pequena não param por aí. Há dois anos, Victoria começou a estudar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) sozinha em casa, já que tinha um amigo surdo em sua classe. “Na sala de aula tinha um intérprete de Libras e isso despertou seu interesse”, contou a mãe.

Agora, a menina com um coração enorme começou a fazer o curso na Associação Terapêutica de Estimulação Auditiva e Linguagem (Ateal), em Jundiaí.

A bondade de Victoria, no entanto, não se limita aos humanos. “Quando vai à escola, cerca de três ou quatro cachorros de rua a acompanham. Ela colocou o nome em todos. Alguns ficavam esperando ela na escola até a hora de ir embora”, conta Carla.

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