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Marilyn Manson abusava de mulheres em cativeiro de vidro à prova de som

Modelo e ex-namorada do cantor relatou ter sido trancada no local após falar sobre um ex-namorado

Por Da Redação
Atualizado em 16 nov 2021, 13h29 - Publicado em 16 nov 2021, 13h23

Segundo uma ex-assistente, o músico Marilyn Manson tinha como prática trancar mulheres em um casulo feito de vidro à prova de som. Ashley Walters, ex-funcionária do artista e uma das mais de 15 mulheres que estão processando o cantor por assédio e abuso sexual, fez o depoimento à reportagem da Rolling Stone norte-americana.

Na reportagem, Sarah McNeilly, uma modelo e ex-namorada do músico, também contou sobre sua experiência quando foi trancada no local. O relato das duas foi complementado por Ryan Brown, outra ex-assistente de Marilyn Manson. As duas lembraram ainda que, em uma entrevista de 2012, o artista comentou publicamente, em tom cômico, sobre o espaço de confinamento.

“Primeiro ele fazia soar como algo legal. Depois ele usava como uma forma de punição. Mesmo que eu gritasse, ninguém podia me ouvir. Você lutava e ele gostava dessa reação. Eu aprendi a não lutar, porque isso dava a ele o que ele queria. Então eu acabava indo para algum outro lugar dentro da minha cabeça”, contou Ashley sobre o casulo.

Ryan apontou que o espaço era do tamanho de um provador de roupas que era chamado de “sala das meninas más” pelo artista. “Era de conhecimento público que ele chamava assim. Ele estava sempre brincando e falando sobre isso”, explicou a ex-assistente. Na entrevista dada pelo músico em 2012, ele afirmou: “Se alguém não se comporta, eu tranco lá, e é à prova de som.”

Marilyn Manson
(Instagram/@marilynmanson/Reprodução)

Um relato de Sarah McNeilly, ex-namorada e uma das vítimas que foram presas no cativeiro, também compõe a reportagem da Rolling Stone. Ela conta que foi trancada no local por Marilyn após ter citado um ex-namorado. “Foi absolutamente assustador, porque ali a máscara caiu e foi possível ver o que ele era capaz [de fazer]”, disse.

“Ele me jogou contra uma parede e estava com um taco de beisebol na mão, ele disse que iria amassar a minha cara com ele. A violência física era quase um alívio. A merda psicológica que ele me fazia passar, que infestava o meu cérebro, era o que eu queria que acabasse”, relatou a modelo. Sarah foi ameaçada durante a gravação do clipe da música “Born Villain” de Marilyn, em 2011.

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Segundo a vítima, Manson posava como o namorado perfeito. “Enquanto ele estava me cortejando, eu descobri que ele estava torturando outras pessoas. Em pouco tempo, eu era a torturada”, relatou Sarah em suas redes sociais.

“Fui abusada emocionalmente, aterrorizada e com cicatrizes. Eu ficava trancada em quartos quando era ‘má’, às vezes forçada a ouvi-lo entretendo outras mulheres. Fui repreendida verbalmente por horas e horas. Culpada por tudo sob o sol, a fim de me fazer sentir inútil”, escreveu.

Os impactos emocionais foram aterrorizantes para Sarah. “Eu acredito que ele estraga a vida das pessoas. Eu apoio tudo o que tem e tudo virá à frente. Quero ver Brian responsabilizado por sua maldade”, finalizou.

O músico é investigado por diversas acusações de abuso sexual. No entanto, ele e seus advogados negam os crimes. As atrizes Evan Rachel Wood, ex-noiva do músico, e Esmé Bianco, ex-namorada dele, estão entre as mulheres que denunciaram estupro. Além disso, há registros de pelo menos outras 14 mulheres com acusações semelhantes contra Marilyn Manson.

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No processo contra o cantor, Esmé Bianco, conhecida por suas atuações em Game of Thrones e Supergirl, relata: “Ele fez uso de drogas, força física e ameaças para forçar atos sexuais com a Sra. Bianco em múltiplas ocasiões”.

O documento alega que os crimes ocorreram entre 2009 e 2013, período que os dois estavam namorando, e que “o Sr. Warner estuprou a Sra. Bianco em maio de 2011”.

Evan Rachel já havia falado sobre os crimes do ex-namorado em 2016 sem revelar a identidade do cantor. Em fevereiro, ela expôs o nome de Manson pela primeira vez: “O nome do meu abusador é Brian Warner, também conhecido como Marilyn Manson”. Segundo a atriz, os crimes começaram em janeiro de 2007, quando tinha apenas 19 anos e ele 38, e foram até outubro de 2010.

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