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Grag Queen, do “Drag Race Brasil”, quer revolucionar o mundo com sua arte

Entrevistamos a apresentadora da versão brasileira de "RuPaul's Drag Race"

Por Raíssa Basílio
30 ago 2023, 08h36

O reality show de Drag Queens mais amado do mundo, RuPaul’s Drag Race, ganhou, finalmente, uma versão brasileira. O Drag Race Brasil estreia nesta quarta-feira (30), na MTV e no catálogo do Paramount+, e antecipando esse momento, batemos um papo com a apresentadora do programa, a Grag Queen.

Vencedora do Queen of the Universe 2021, talent show que reúne drag queens do mundo todo, Grag é o rosto do programa em território brasileiro. Talentosíssima, Grag estudou artes em Nova York e tem uma carreira como cantora, já fez show no Rock in Rio, em 2022, e está no line-up de um dos festivais mais aguardados do ano, o The Town, dos mesmos produtores do RiR. Grag conta que veio revolucionar o mundo, e já estamos acompanhando os primeiros passos disso.

“A minha primeira inspiração para ser drag foi a Mama Ru, RuPaul Charles, e toda a possibilidade de revolucionar que ela traz. O que me inspira é a possibilidade de revolucionar, não é só ser bonita e saber, é saber que hoje a cidade que eu vim me respeita por eu ser uma drag, assim como o país onde eu moro. Eu sou inegavelmente ótima e dou orgulho para minha família sendo drag. Eu revolucionei dentro da minha casa e, agora, uma nação inteira”, conta.

Bruna Braga, Grag Queen, Gretchen e Dudu Bertholini em
Bruna Braga, Grag Queen, Gretchen e Dudu Bertholini em “Drag Race Brasil” (Paramount+/Divulgação)

Grag Queen é natural de Canela, no Rio Grande do Sul, tem 28 anos e começou sua carreira em apresentações natalinas no Sul do país. Ela participou de especiais de Natal da Xuxa e outras produções temáticas em que o foco era a música. Após estudar nos Estados Unidos, ela retornou ao Brasil e se juntou à WesDrag para produzir covers no Youtube, o duo se intitulava Armário de Saia.

“Quando eu vi Pabllo Vittar se lançando, dizendo que é possível e fazer show montada. Quando vejo Glória Groove na TV, vejo que é possível ocupar esses lugares. Se é possível, então vamos arrasar! Ser drag é um parque de diversões, você vai aprendendo e explorando. Agora eu estou aprendendo que é extremamente possível ser uma comunicadora e apresentadora, o que é muito legal”, completa.

A guinada com Drag Race Brasil

Grag é fã de carteirinha de RuPaul’s Drag Race, acompanha há 11 anos, e participar da edição brasileira é muito significativo. “É o motivo da minha terapia, né?! [risos]”. É inegável a empolgação da cantora, atriz e, apresentadora. “Como é que como é que se vive isso na mesma vida? Ser maior fã de algo e ser a maioral nisso. É muito difícil entender que, além de ser apaixonada por RuPaul, eu também vou realizar esse sonho sentando na cadeira mais legal desse trem, né? Que é a cadeira da host! Eu só faço o que me pedem, ainda sequer entendi ou processei tudo isso, sendo bem sincera. É um surto, mas é uma delícia, estou amando e super feliz”, completa.

Ela conta que o convite para ser apresentadora veio após a sua experiência no Queen of the Universe. Grag Queen ganhou o programa e se tornou ainda mais relevante no cenário, com o público já tendo essa noção. Quando foi anunciado que o reality show teria uma versão brasileira, rolou uma ruptura entre os fãs, que achavam que ninguém era boa o bastante para apresentar.

“Até que aconteceu um fenômeno, gays se reuniram e isso para mim é o ápice do processo. Como são muito observadores, depois me conhecerem e saberem do meu profissionalismo, acharam que eu era capaz. Um belo dia, uma pessoa muito especial me ligou e convidou para ser a host do Drag Race Brasil. Eu aceitei antes mesmo de finalizarem a pergunta!”

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Participantes do
Participantes do “Drag Race Brasil” (Paramount+/Divulgação)

“Desde então estou vivendo isso, me descobri apresentadora tanto quanto cantora, e estou muito feliz. Amo falar e gesticular, acho chique! Eu tenho aprendido muitas coisas e estou gostando muito. Além de ser apresentadora da minha franquia favorita, no meu país favorito, estou me apaixonando cada vez mais pela nossa arte brasileira”, completa.

Perguntei à Grag o que podemos esperar para o futuro e ela respondeu: “Eu nem ouso pensar, porque foi brincando de peruca na minha casa que eu virei Queen of the Universe e host do Drag Race Brasil. Eu tenho até medo de pensar o vem pela frente”. Quem sabe presidente? Ela concorda sorrindo.

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“Uma coisa que agora o Brasil vai entender, é que o sol nasceu para todas e que todas podem brilhar. Vamos mostrar que todo mundo tem sua peculiaridade e que como as divas que admiramos lá nos Estados Unidos, aqui todas também têm o seu espaço de brilhar”, completa.

Grag, como uma boa rainha do universo, já rodou esse mundo e ressalva que aqui no Brasil a cultura drag melhorou, mas ainda há um longo caminho para percorrer. “A arte drag não se paga no começo, tem gatas que gastam uma nota com tecido importado, temos pouco acesso e há um recorte neste contexto”, conta.

“É algo que nos prende um pouco e também nos faz ser extremamente criativas e brasileiras e nos transformar em máquinas de fazer drag. Algo vocês vão ver isso ao longo da temporada de Drag Race Brasil, o quanto as gatas são criativas”.

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O que esperar de Drag Race Brasil?

Falando um pouco mais do que veremos no programa, que conta com a presença dos jurados Bruna Braga e Dudu Bertholini, além de participações especiais, como no caso de Gretchen e outros convidados, ela revela: “Me descobri muito amiga das duas juradas. Dudu, meu amor, e Bruna, engraçadíssima! Eu sou muito aberta em tudo que eu faço, então aprendi muito. Fui muito aberta também para sentir, para que a gente funcionasse como bancada e não como três jurades. Quer um spoiler? Vocês vão ver uma química de bancada que nunca viram na franquia”.

“Ninguém está ali para fazer um comentário negativo, todo mundo está li com consciência de que é um reality e que estamos no Brasil. Estamos lidando com sonhos! Aí, eu estou muito animada! Esperem o melhor!” Como uma boa canceriana, Grag Queen está vivenciando uma mistura de emoções intensas.

Em RuPaul’s Drag Race, há um desafio queridíssimo pelo público que se chama Snatch Game, e é um dos mais importantes do programa. Fazendo uma citação da própria RuPaul, é quando as drags básicas se separam das que são obstinadas. As vencedores do reality geralmente estão entre as melhores jogadoras do Snatch Game. O desafio consiste na imitação de personalidades do mundo pop, entre homens, mulheres e personagens. Claro que teremos uma versão brasileira disso.

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“Pensa no leque que se abre, imagina quantas Ana Maria Braga, Eliana, Xuxa, Gretchen, Clodovil – dá para fazer muita gente, do Louro José até o Sombra, do Ratinho. Amor, aqui só tem criatividade”, conta Grag Queen. Será que foi um spoiler e teremos todas essas personas? Descobriremos isso muito em breve.

Você pode acompanhar Drag Race Brasil a partir das 21h na MTV Brasil ou no catálogo do Paramount+, em toda a América Latina. O programa está disponível também na WOW Presents Plus, no restante do mundo.

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