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“Aquaman 2: O Reino Perdido” encerra DCEU sem grande alarde

Cinco anos após o primeiro filme, Jason Momoa retoma seu papel para se despedir deste universo

Por Adriana Marruffo
21 dez 2023, 11h07

Após uma entrada razoável e divertida no DCEU – isto é, o Universo Estendido DC –, o diretor James Wan retorna para o universo cinematográfico da DC para a continuação do filme estrelado por Jason Momoa e Patrick Wilson. De certa forma, o lançamento chega em um momento inoportuno após as revelações de que o universo visto nos filmes mais recentes do estúdio será encerrado, fechando a linha temporal que acompanhamos até agora. Aqui, o que achamos de Aquaman 2: O Reino Perdido.

Aquaman 2: O Reino Perdido, que estreou nesta quarta-feira (20), marca o fim de uma era e, seja você fã ou não, é impossível negar que esperávamos um fechamento explosivo e condizente com o caminho trilhado (apesar de tortuoso e confuso) por Zack Snyder.

Aquaman 2 fecha sem grande alarde

Aquaman 2: O Reino Perdido segue receita recente do estúdio
Aquaman 2: O Reino Perdido segue receita recente do estúdio (Warner Bros Pictures/Divulgação)

Aquaman 2: O Reino Perdido, que é lançado cinco anos após seu antecessor, começa em caos e tentativas de humor, com aquele toque de “super-herói que não foi preparado para essa vida”.

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No longa, encontramos Curry tomando seu papel como rei e descobrimos (de forma inorgânica) que o herói casou com a princesa Mera (Amber Heard) e teve seu primogênito. 

Seu antigo arqui-inimigo, Arraia Negra, volta a assombrar Atlântida, desta vez com o poder mítico do Tridente Negro do Reino Perdido. Para derrotá-lo, o nosso herói se vê forçado a se aliar à pessoa mais improvável (o que torna a trama, de certo modo, previsível), seu irmão Orm.

Para encerrar o universo, o filme segue uma receita que já vimos diversas vezes no próprio DCUE: um herói que não acredita em si mesmo + comédia + lutas pouco realistas + um final rápido e sem desenvolvimento.

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Isso tudo seria irrelevante (ou menos relevante) se fosse apenas mais uma continuação sem fatores emocionais ligados ao filme, mas não é o caso. Para um filme que encerra um projeto de anos – e que foi adorado por muitos – o mínimo que se esperava era uma história significativa para os fãs.

Wan aposta na relação de camaradagem de Arthur e Orm, mas não sai do roteiro clássico de irmãos que deixaram seu passado de rivais para trás – semelhante a Loki e Thor. Ademais, não vemos uma grande evolução emocional em Aquaman quanto ao seu destino como rei de Atlântida.

James Wan falha em continuidade

Amber Heard teve uma quantidade de cenas reduzida em comparação ao primeiro filme
Amber Heard teve uma quantidade de cenas reduzida em comparação ao primeiro filme (Warner Bros Pictures/Divulgação)

Saímos de um filme em que Arthur começava a se apaixonar pela personagem de Mera, e engatinhava no mundo de Atlântida. Já no início da sequência, vemos explicações corridas e despreparadas sobre o que aconteceu nos últimos anos, resultando em uma casamento e um primogênito que parecem descolados do título anterior. 

E isso é apenas um reflexo do caos nos bastidores do estúdio, com cenas de Ben Affleck (Batman) cortadas e um tempo de tela pequeno, de cerca de 6 minutos, para Amber Heard (Mera) – justificados por um ferimento que parece improvisado. Em Aquaman, a personagem se mostra indispensável no desenrolar da história (sendo uma das poucas personagens coerentes), salvando nosso herói em diversas ocasiões e sendo sua fiel companheira na luta contra Arraia Negra e Orm.

Efeitos especiais medianos

O DCEU ainda tem uma grande trilha a seguir quando o assunto é efeitos especiais. Claro, houve melhorias nas cenas de luta – não vimos cenas catastróficas feitas visivelmente em uma tela de computador – mas ainda não podem ser consideradas primorosas, como esperaríamos de um longa de super-heróis.

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Efeitos debaixo d’água, como movimentação corporal e dos cabelos, apesar de mais naturais que no longa anterior, ainda são medianos quando comparados aos de produções mais recentes, como Avatar: O Caminho da Água e A Pequena Sereia.

DCEU cutuca com reflexão climática 

Contudo, o filme traz uma discussão pertinente para a mesa de forma inesperada: a crise climática. Desta vez, o tema entra em pauta com as calotas degelando e oceanos acidificando.

Claro, os efeitos são majoritariamente associados à fantasia, mas não falham em nos fazer refletir sobre nossas possibilidades iminentes. 

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No final, o universo se encerra da mesma forma que a relação da DC com o seu público tem se estabelecido: com altos, baixos e alguns poucos acertos no caminho.

Agora, só nos resta torcer para que a tomada do universo da DC por James Gunn tire a franquia da escuridão e traga, mais uma vez, a paixão pelo mundo dos super-heróis.

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