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Skin Cycling: entenda a trend de skincare e seus benefícios para a pele

Com mais de 91 milhões de visualizações no TikTok, Skin Cycling consiste em criar um cronograma cíclico do uso de cosméticos

Por Naiara Taborda
Atualizado em 1 fev 2023, 10h13 - Publicado em 22 out 2022, 08h24

Você já ouviu falar em Skin Cycling? Criada pela dermatologista Whitney Bowe, a rotina de skincare viralizou no TikTok pela proposta de um cronograma simples de cuidados noturnos com a pele, que intercala os produtos durante a semana e promete tornar a rotina bem mais prática. Vamos juntas entender melhor essa trend e como ela pode ser inserida no nosso dia a dia?

Skin Cycling consiste, basicamente, em criar um cronograma noturno para a utilização dos cosméticos, intercalando o uso de certos produtos de acordo com o dia da semana no lugar de utilizar todos os produtos diariamente. Isso permite que a pele possa se recuperar e evita sobrecarregá-la, o que pode resultar em irritação e vermelhidão. Apesar de ter ganhado popularidade recentemente no TikTok, essa é uma prática recomendada por dermatologistas há muito tempo por ser realmente benéfica para a saúde e beleza do tecido cutâneo”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A tendência foi criada pensando principalmente na utilização de produtos como o esfoliante e cosméticos formulados com ácidos, como o retinol e os alfa-hidroxiácidos (AHA’s), que, segundo a dermatologista, têm alto potencial irritativo quando utilizados em excesso, podendo causar desidratação e vermelhidão. Então, para prevenir esse problema, o Skin Cycling propõe a realização da rotina skincare noturna em um ciclo de quatro dias.

Como fazer o Skin Cycling

skin cycling esfoliação
Primeiro dia do Skin Cycling é dedicado ao esfoliante. (Polina Kovaleva/Pexels)

Dia 1

A trend propõe que, no primeiro dia, seja realizada a esfoliação. “A esfoliação remove células mortas da superfície da pele, excesso de sebo do interior dos poros e a camada superficial do tecido cutâneo, assim estimulando a renovação celular, prevenindo cravos e espinhas e tornando a textura mais homogênea. Além disso, esse hábito potencializa a capacidade de absorção dos cosméticos, aumentando a penetração e eficácia dos ativos”, diz a médica. Para essa etapa, o ideal é optar por produtos formulados com partículas pequenas ou médias feitas de ativos naturais, como esferas vulcânicas e casca de arroz. “Evite produtos que contenham microplásticos como agentes esfoliantes, que podem machucar a pele e são prejudiciais ao meio ambiente, pois chegam aos rios depois do enxágue e causam poluição e morte dos peixes”, alerta.

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Dia 2

O dia seguinte à esfoliação deve ser reservado para a utilização de cosméticos com ácidos, especialmente o retinol e os alfa-hidroxiácidos. “O retinol é precursor do ácido retinóico, no qual se transforma ao ser absorvido pela pele. Algumas de suas funções mais importantes incluem regeneração celular, esfoliação e síntese de colágeno, mas também atua no controle da oleosidade e da acne e na redução da hiperpigmentação. Além disso, a substância também possui ação queratolítica, agindo na camada córnea para eliminar as células mortas e promover melhora da textura, suavizando poros dilatados, atenuando rugas e permitindo uma penetração mais eficaz de outros ativos”, destaca Ludmila Bonelli, cosmiatra, especialista em dermatocosmética e diretora científica da Be Belle.

Já os alfa-hidroxiácidos são uma categoria abrangente de ativos geralmente de origem natural, feitos de açúcar, leite e frutas. Cada tipo de AHA possui tamanho molecular diferente e propriedades específicas, mas, no geral, são clareadores, reparadores e suavizantes. Os ácidos láctico, málico, cítrico e mandélico fazem parte dessa categoria, mas o mais popular é, provavelmente, o ácido glicólico. “O ácido glicólico é um alfa-hidroxiácido obtido a partir da cana de açúcar que possui ação esfoliante da pele, removendo células córneas, reduzindo rugas, controlando a oleosidade e promovendo clareamento. Além disso, o ingrediente provoca leve vasodilatação, diminui a espessura e a compactação do estrato córneo, acelera a renovação celular, estimula a síntese de colágeno e diminui a adesão entre os corneócitos, assim melhorando a absorção de outras substâncias”, explica a especialista.

A melhor opção de ácido vai depender das necessidades de cada pessoa, mas esses ativos podem ser incorporados em diferentes tipos de produtos, como cremes, séruns, tônicos e até mesmo sabonetes.

Dia 3 e 4

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Por fim, os dois últimos dias do ciclo devem focar na recuperação, o que pode ser realizado com máscaras de hidratação, séruns formulados com ativos de alta capacidade umectante, como o ácido hialurônico e a glicerina, e hidratantes mais suaves de forma a fortalecer a barreira da pele e restaurar seu pH e microbioma. “Deixar a pele se recuperar é de extrema importância, pois o uso diário de ingredientes e produtos agressivos pode prejudicar a integridade da barreira de proteção, tornando-a mais suscetível a agressões e favorecendo a inflamação, o que pode acelerar o surgimento de sinais de idade e contribuir para o aparecimento de cravos e espinhas”, explica Paola Pomerantzeff.

Após o quarto dia, o ciclo se repete, começando novamente pela esfoliação. Mas é importante lembrar que, independentemente da etapa do ciclo, a pele deve ser devidamente higienizada e hidratada diariamente. Além disso, vale ressaltar que o Skin Cycling se refere apenas à rotina noturna. “A rotina de skincare diurna deve ser realizada normalmente, com higienização, aplicação de antioxidantes, hidratação e fotoproteção”, aconselha a médica.

E, apesar de ser especialmente benéfica para pessoas com pele sensível – que tendem a sofrer mais com a ação de ingredientes agressivos – qualquer um pode desfrutar, já que os produtos que serão utilizados a cada dia podem ser escolhidos a dedo para endereçar necessidades específicas de cada um. “Para tirar máximo proveito dessa nova tendência, o ideal então é consultar um dermatologista, que, após uma avaliação profunda da sua pele, poderá indicar qual o ciclo ideal para suas características, podendo incluir outros tipos de ativos e produtos ou até mesmo mais dias dentro de um ciclo”, finaliza a dermatologista.

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