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Skincare sem ácidos: 4 formas de continuar renovando a pele

A partir da primavera, não queremos mais descamação da pele. Saiba como adaptar os cuidados

Por Da Redação
5 out 2022, 08h16

Pele descamando e as temporadas quentes de primavera e verão simplesmente não combinam. Se no inverno o que mais queremos é ver a renovação cutânea, no calor o melhor a fazer é apostar em procedimentos e produtos que preservem a primeira camada da pele, mas tenham ação efetiva em continuar renovando o colágeno. Tudo bem, vamos aposentar os ácidos, mas o que fazer? Conversamos com especialistas para decifrar essa charada de renovar o skincare sem agressão e descamação. Saiba o que fazer.

Troque os ácidos pelos esfoliantes

Os ingredientes mais efetivos nos dermocosméticos são os ácidos, que atuam como curinga, tratando de acne a rugas, de manchas a flacidez. Mas com a chegada do verão é hora de dizer adeus ou diminuir consideravelmente o uso deles (ácido retinoico, principalmente), porque eles são fotossensíveis – e isso significa que podem manchar ou irritar a pele na presença do sol ou calor. “Eles promovem renovação celular, uniformização da tonalidade e melhora da textura. Como causam fotossensibilidade da pele, seu uso deve ser orientado por médicos para saber qual a concentração do ativo e frequência ideais para a sua pele”, diz Mônica Aribi, dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica e International Fellow da Academia Americana de Dermatologia.

Para renovar a pele no verão, vale investir em esfoliantes não abrasivos para remover impurezas e células mortas da pele, desobstruindo os poros e ajudando na renovação celular. Outra boa estratégia é apostar na hidrodermoabrasão. “O HydraFacial promove melhora instantânea da qualidade da pele, auxiliando na uniformização do tom e da textura e no aumento da firmeza, viço, maciez e brilho da pele graças a uma patenteada tecnologia que consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes”, explica a dermatologista.

Aposte nos antioxidantes

Outros produtos importantes para o cuidado da pele nesse período, segundo a dermatologista, são antioxidantes, como o resveratrol, o ácido ferúlico ou a vitamina C e E. “A vitamina C utilizada como produto tópico estimula a atividade produtora de colágeno da derme e leva à melhora clínica da pele fotoenvelhecida. Dependendo da concentração, ela pode também tratar hiperpigmentações da pele. Ela uniformiza o tom de pele e tem duas ações importantes no clareamento: inibe a atividade da enzima tirosinase, responsável pela síntese de melanina; e tem efeito protetor da radiação UV, já que a fotoexposição gera espécies reativas de oxigênio, que desencadeiam a produção de pigmentos na pele. Prefira as fórmulas que visam manter a estabilidade da vitamina, já que o composto é quimicamente instável, perde rapidamente suas propriedades em contato com a luz, o oxigênio e o calor”, diz a dermatologista.

Substâncias antioxidantes e de estímulo de colágeno também podem estar presentes em cápsulas prescritas por médicos. “O médico pode indicar cápsulas orais para um tratamento completo de estímulo de colágeno. Com esses ativos, teremos a produção de macromoléculas e proteínas estruturais além de uma melhor sinalização e comunicação celular. Assim, proporcionamos uma melhor hidratação e otimização na síntese de colágeno, elastina e proteoglicanas”, explica a farmacêutica Patrícia França, gerente científica da Biotec Dermocosméticos.

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Mais proteína no prato

Verdade dura de engolir: não existe produção de colágeno (e, consequentemente, pele firme e elástica) se você não ingerir proteína suficiente na sua alimentação. “Não adianta gastar fortunas em tratamentos estéticos com bioestímulo de colágeno, lasers, peelings etc. se não há tijolos disponíveis para a fabricação de colágeno na pele, se os nutrientes necessários (aminoácidos) não são ofertados. Uma conta simples é que precisamos de 1 a 1,5g de proteínas por kg de peso por dia para manter a necessidade diária sem prejuízo de nenhuma função. Se existe um preparo físico para hipertrofia muscular essa recomendação pode chegar a 2,5g por kg de peso por dia”, explica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. A médica explica que 70% de nossa pele é composta por proteínas.

“A pele nos protege de perda de água, agressões diárias, controle de temperatura, e é uma barreira entre nosso corpo e o ambiente em que vivemos. A queratina compõe a epiderme que deixa nossa pele resistente a agressões; a sola dos pés ou das mãos têm uma camada espessa que nos permite pisar e segurar objetos sem machucar. O colágeno e elastina dão elasticidade, conseguimos dobrar e esticar os braços sem que a pele se rompa, sorrimos e temos expressões faciais contraindo músculos que enrugam e relaxam e pele que os cobre e assim nos comunicamos”, diz Beatriz. Mas conseguir “bater a meta” da proteína diária não é fácil. “Por exemplo, uma pessoa com 70kg que faz atividade física de moderada intensidade, precisa de cerca de 100g de proteína por dia. Um bife bovino de 100g tem cerca de 30g de proteínas, um ovo apenas 6g. E ingerir a quantidade recomendada de proteínas fica ainda mais difícil quando sabemos que conseguimos absorver apenas 30g de uma vez, e que com a idade diminui a capacidade de absorvermos proteínas”, completa. Portanto, nada de ficar longos períodos sem comer.

Estímulo de colágeno sem descamação

Procedimentos estéticos também podem ser feitos no verão. É o caso do Atria, um ultrassom ultrafocado com diversos diferenciais, como menor nível de dor e ponteira adicional de caneta ultrassônica e novo formato de entrega do ultrassom, segundo o dermatologista Abdo Salomão Jr, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “O ultrassom tem ação em camadas mais profundas. Ele atua até mesmo no SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), que é a camada muscular mais profunda e que sustenta a face. Os pontos de coagulação causam uma contração no músculo, com efeito de lifting sem cirurgia. Podemos utilizar também outras profundidades, mais superficiais, para a produção do colágeno”, diz o médico. O procedimento pode ser indicado para rugas, flacidez, elevação da sobrancelha com efeito botox-like e até poros, em tratamentos faciais. Tudo sem descamação e sem atrapalhar a rotina do paciente, segundo o médico.

Outra opção é apostar em injetáveis. “Os bioestimuladores injetáveis são ativos que estimulam células do nosso organismo (fibroblastos) a produzirem colágeno, que tem função de manter estrutura da face. Os bioestimuladores são importantes para prevenção do envelhecimento e tratamentos de rejuvenescimento”, explica Cláudia Merlo, médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS. “Quando associamos bioestimulador de colágeno (hidroxapatita de cálcio) a um ácido hialurônico em uma mesma seringa, criamos um meio favorável para as células produtoras de colágeno, pois uma pele hidratada responde melhor aos bioestimuladores”, completa. “Todo tratamento deve ser personalizado. Muitos pacientes acreditam que precisam da toxina botulínica, por exemplo, mas a indicação pode ser outra, como um bioestimulador de colágeno. Consulte um médico”, finaliza.

 

 

 

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