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Depilação: Qual é o melhor tipo para a minha pele?

Se essa for a sua opção, veja como escolher o melhor método para a remoção dos pelos corporais

Por Tainá Goulart
7 dez 2023, 11h23
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  • Com a chegada do verão, o assunto depilação tende a aparecer no dia a dia de muitas pessoas que optam pela remoção dos pelos corporais. No entanto, além do tema, também chegam as dúvidas sobre qual o melhor método. Será que as lâminas são boas para as virilhas ou só para as axilas? A depilação a laser acaba mesmo com o pelo? Existe alguma contraindicação? 

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    Entre os principais métodos de depilação estão o uso da lâmina, da cera quente e cera fria, e o laser, cuja demanda aumentou consideravelmente nos últimos anos, com o boom das franquias.

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    Este setor cresceu 8,8% em faturamento nos primeiros três meses de 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising, por exemplo.

    Mas, antes de escolher por um método específico, é preciso entender como cada um funciona e quais são os cuidados que você precisa ter, para tomar a decisão final. 

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    Qual é o melhor tipo de depilação para a sua pele?
    Qual é o melhor tipo de depilação para a sua pele? (Farhad Ibrahimzade/Pexels)

    O que acontece na pele quando depilamos?

    Conforme explica Luciana Passoni, médica especialista em cuidados com os cabelos e transplante capilar e CEO da Passoni Clinic, os métodos de depilação mais comuns da rotina da população brasileira seguem sendo a cera e a lâmina.

    A médica explica que quando removemos um pelo, de forma a arrancá-lo com a cera, por exemplo, nós causamos uma lesão no folículo piloso, desde o início dentro do bulbo capilar. Já quando temos a raspagem, a lâmina cortará o pelo que crescerá a partir dalí. 

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    “Em ambos os casos, a remoção pode levar a  uma sensibilização da pele, seja pela passagem da lâmina ou do movimento de puxar a cera, o que diminui a camada córnea, a mais superficial e protetora da pele, e a deixa mais propensa a alergias e sensibilidade. No caso do laser, temos menos agressão à pele e ainda uma progressão de enfraquecimento do pelo para parar o crescimento. Desta forma, sempre indico fazer uma avaliação do que é mais fácil e possível, além de uma consulta dermatológica, claro, para saber se a pessoa tem ou não alguma alergia”, explica Luciana. 

    Você sabe quais os principais cuidados no pré e no pós-depilação
    Você sabe quais os principais cuidados no pré e no pós-depilação (Getty Images/Getty Images)

    Quais os cuidados antes e depois da depilação?

    Depois de avaliar se você possui alguma alergia, seja coceira com algum método ou foliculite, Luciana chama atenção para os cuidados no pré e no pós-depilação.

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    ”Para todos os métodos, vale um cuidado redobrado com o sol após a depilação. Indico manter uma hidratação diária leve e evitar o uso de roupas apertadas. No pré, recomendo fazer uma esfoliação leve, alguns dias antes de depilar, e, no pós, evitar produtos agressivos, como desodorante com álcool e visitar a praia e piscina”, responde a médica. 

    Abaixo, segue um guia com os três principais métodos de depilação:

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    Depilação com lâminas

    Presença quase certa nos banheiros brasileiros, as lâminas são muito utilizadas por sua praticidade, para remover os pelos da virilha, pernas e, principalmente, as axilas.

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    No entanto, para que a pele não acabe ressecada ou com pelinhos inflamados, vale seguir algumas dicas que fazem toda a diferença no resultado.

    Além de fazer uma esfoliação antes, procure fazer a depilação no final do banho, pois a pele já estará mais macia e úmida para utilizar a lâmina, sem contar o vapor do banho (não pode ser muito quente, hein!), que ajuda na dilatação dos poros.

    Procure usar a lâmina na direção do crescimento dos pelos, para evitar que acabem encravando ou deixar a pele irritada.

    Conheça as vantagens e desvantagens da depilação com lâmina
    Depilação com lâmina é prática e rápida (cottonbro studio/Pexels)

    Na hora de comprar o seu aparelho, procure por um que tenha mais lâminas conjuntas. “Nós temos uma tecnologia que agrega três lâminas flexíveis, que se ajustam aos contornos do corpo. A junção das lâminas ajuda a cortar o pelo bem próximo à pele, o que faz com que o crescimento seja percebido com mais demora”, comenta Felipe Vitor, gerente de categoria Lâminas em BIC. 

    Segundo ele, as lâminas devem ser enxaguadas antes de usadas, após cada passada na pele e depois de usadas. “Após a utilização, guarde a lâmina em local seco para evitar ferrugem e com o plástico protetor. Nunca compartilhe suas lâminas. Faça a troca de lâminas regularmente”, avisa ele. 

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    Depilação com cera

    Atualmente, o mercado de depilação com cera oferece uma grande quantidade de produtos para o consumidor final.

    Na técnica da depilação com cera quente, a cera é aquecida em uma termocera e é aplicada na pele. Ao aquecer, ela ajuda a dilatar os poros para facilitra a remoção dos pelos, que saem com mais facilidade, oferecendo maior conforto ao cliente.

    “Existem tipos diferentes de cera quente. O ideal é a profissional usar a de baixa fusão, porque ela não aquece tanto. Esse é um ponto de atenção, pois, se a cera aquecer demais corre o risco de queimar a pele e causar manchas”, diz Daniela Pontes, biomédica, depiladora, e especialista em biossegurança.

    Veja as diferenças entre a cera fria e a cera quente
    Veja as diferenças entre a cera fria e a cera quente (Tima Miroshnichenko/Pexels)

    Já a cera fria vem em folhas, em temperatura ambiente. “Neste caso, elas são aquecidas nas mãos, com movimentos feitos por cima das folhas. Este método é mais dolorido e agressivo, pois a cera gruda mais na pele e não no pelo”, comenta Daniela.

    Por este motivo, não é recomendado realizar depilação com cera fria em regiões sensíveis do corpo, como a virilha, por exemplo. Geralmente seu uso é mais recorrente em regiões pequenas e que possuem pelos finos, como no caso do buço e sobrancelhas.

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    Quanto ao tempo de duração da depilação com cera, a média é de 20 dias para os dois tipos. 

    Uma das principais desvantagens da cera é a dor, se a pessoa for mais sensível ou tiver um limiar de dor mais baixo. Outra questão importante salientar é a biossegurança, explica Dani.

    “Se o profissional não seguir os protocolos já estipulados, pode acontecer uma contaminação cruzada e transmitir doenças como candidíase, HPV, herpes.”

    Então, quando for procurar um profissional para fazer a depilação, procure ver o ambiente antes, falar com clientes e ver se está tudo nos conformes. 

    Segundo Luciana, não há nenhuma evidência científica que mostre que a depilação causa o escurecimento da pele, uma das dúvidas mais ligadas à depilação com cera.

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    “A tonalidade das axilas pode variar em cada pessoa e também depender muito dos cuidados pós-depilação. O escurecimento pode acontecer em casos de hiperpigmentação pós-inflamatória, ou seja, casos em que uma inflamação gera uma mancha”, esclarece a médica. 

    Depilação a laser
    Depilação a laser (puhhha/ThinkStock)

    Depilação a laser

    Um dos métodos de depilação mais ‘novos’, o uso do laser ganhou e aumentou sua fama  com o discurso de que pode ‘eliminar’ o pelo ou que é ‘definitiva’.

    Ainda existem discordâncias sobre este ponto, pois, de acordo com a médica, há uma progressão de enfraquecimento do pelo para parar o crescimento, quando ele é feito com o laser. 

    Porém, Ana Paula Martins, Coordenadora Clínica da Dr. Laser, afirma que a depilação a laser é o único método de depilação definitiva disponível no mercado, constatado não apenas por meio das inúmeras publicações científicas, mas também pelas ótimas experiências de quem já a realizou.

    “Os resultados da depilação a laser são duradouros por toda a vida, uma vez que as células da raiz são destruídas. Como o organismo vivo continua com a produção de novos fios, são recomendadas sessões de manutenção após o tratamento”, ressalta Ana Paula. 

    Para quem não está familiarizado, a tecnologia de remoção de pelos via depilação a laser envolve a emissão de uma luz com características especiais, que é absorvida pela melanina, pigmento presente nos folículos pilosos, resultando na morte das células germinativas, portanto, isso acaba inibindo o crescimento dos fios.

    Ainda há uma discussão sobre a depilação a laser ser ou não um método definitivo de remoção dos pelos
    Ainda há uma discussão sobre a depilação a laser ser ou não um método definitivo de remoção dos pelos (Orhun Rüzgar ÖZ/Pexels)

    A depilação a laser é indicada para todo o corpo, com a ressalva de cuidados específicos para algumas áreas mais delicadas, como regiões íntimas masculinas e couro cabeludo.

    Neste tipo de remoção, fica o alerta quanto à sensação de dor, pois algumas pessoas podem sentir um desconforto leve a moderado, descrito frequentemente como uma sensação de calor e ‘fisgada’. 

    “A intensidade da dor varia de acordo com a sensibilidade individual da pele e a área do corpo sendo tratada. Contraindicações para a depilação a laser incluem certas doenças de pele, como vitiligo e psoríase, uso de medicamentos específicos e gravidez. É importante fazer uma consulta de avaliação e buscar redes confiáveis para realizar o tratamento”, afirma a especialista. 

    Quanto ao número de sessões para ter o resultado esperado, ela diz que o recomendado é sempre realizar um primeiro ciclo de 10 sessões de depilação a laser para quem nunca realizou o procedimento.

    Isso, segundo ela, acontece devido à fisiologia das fases de crescimento dos fios, já que se consegue eliminar em torno de 10% dos fios a cada sessão.

    Porém, de acordo com Ana Paula, já é possível observar os resultados a partir da primeira sessão. O intervalo entre as sessões depende da fase do tratamento e as manutenções variam de pessoa para pessoa, mas são comuns a cada 2 anos, aproximadamente.

    A médica Luciana pontua que, independente do método de remoção de pelos escolhido, é sempre recomendável passar em um dermatologista antes e durante as sessões, este último em caso de algum tipo de reação.

    A pele é o maior órgão do corpo e está sempre nos dando sinais do que está acontecendo conosco. “Não podemos nunca deixar de olhar para a pele como um meio de comunicação”, finaliza Luciana. 

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