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Inconsciente coletivo: entenda como alguns símbolos universais nos afetam

Conceito iniciado por Jung mostra que certos símbolos carregam o poder de despertar as mesmas sensações em todos nós, independente de quem sejamos

Por Kalel Adolfo
7 Maio 2023, 08h12

As reflexões acerca do inconsciente coletivo só vêm aumentando nos últimos tempos. Sabe aquela sensação de que, não importa quem sejamos, sempre teremos algo em comum com alguém no universo? Este senso de pertencimento em relação ao todo — e que estamos conectados a algo maior — faz parte deste conceito que é objeto de estudo tanto na psicologia quanto na terapia holística.

Quem abraça a ideia afirma que a realidade está cercada por símbolos, imagens e arquétipos que possuem significados universais. Sendo assim, independente de nossa nacionalidade, cultura, gênero ou classe social, alguns elementos visuais sempre terão o mesmo impacto em nosso inconsciente, trazendo resultados tanto positivos quanto negativos em nossa psiquê. Interessante, né?

A seguir, a psicóloga e terapêuta holística Cintia Balotta (@institutocintiabalotta) esclarece as principais dúvidas sobre o assunto:

O que é e de onde vem o conceito de inconsciente coletivo?

Segundo Cintia, o inconsciente coletivo é o conhecimento que herdamos de toda a ancestralidade humana. E quem deu o pontapé inicial nesta pesquisa foi o psiquiatra Carl Jung, o criador da psicologia analítica. “Ele estudou mais de 80 mil sonhos, e começou a observar que todos eles compartilhavam elementos comuns em culturas diferentes. Um paciente da Europa e outro do continente africano sonhavam com as mesmas imagens, atribuindo significados idênticos”, explica.

Paralelo à isso, o estudioso analisou inúmeras religiões (incluindo as mais primitivas), descobrindo que até mesmo a espiritualidade carregava características comuns a toda a humanidade. “Juntando todas essas pesquisas, ele criou o conceito do inconsciente coletivo, que é formado por imagens, arquétipos, símbolos e conceitos que despertam o mesmo efeito em todos nós.”

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Abordagem holística do inconsciente coletivo

A terapia holística pega emprestado essas descobertas de Jung, mas traz novas ideias à proposta, como a sincronicidade. “As vezes sonhamos com algo que ainda não rolou, ou então, sonhamos com alguém e, sem querer, o encontramos naquele dia. Tudo isso reforça essa conexão que compartilhamos uns com os outros”, esclarece.

Como aproveitar o inconsciente coletivo

Agora, muitos podem estar se perguntando… E o que eu faço com isso? Bom, se existem símbolos que provocam efeitos universais em nosso emocional, é possível entrar em contato com este inconsciente coletivo para acessar arquétipos que nos inspirem bons sentimentos, como autoconfiança, conhecimento, empatia, alegria e por aí vai.

Um arquétipo muito comum é o do herói, que está sempre presente em filmes. Sempre que assistimos essa narrativa, automaticamente ligamos a experiência a sentimentos de superação. Isso nos inspira a vencer os desafios do dia a dia”, exemplifica.

Como acessar

Existem inúmeras maneiras de se conectar aos símbolos que compõem o inconsciente humano. A primeira delas, segundo Cintia, é consumir filmes, histórias e até mesmo contos de fadas que tenham imagens que nos inspirem bons pensamentos.

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Para quem curte algo mais esotérico, o tarô também pode ser uma ótima dica: “As cartas do tarô trazem símbolos universais que nos fazem acessar esse inconsciente. Por isso que este é um oráculo milenar: qualquer pessoa do mundo, independente da época, pode se conectar com as imagens representadas nas cartas, já que elas falam de nossos sentimentos mais profundos e humanos”, indica.

E claro, ter imagens e objetos em casa que nos remetam àquilo que desejamos é extremamente eficaz: “Assim, toda vez que olharmos para o arquétipo, o nosso subconsciente receberá uma mensagem”, diz. Caso não queira ou possa comprar estes objetos, é possível fechar os olhos, visualizar a imagem na mente e se concentrar nela.

Por fim, estar conectado aos próprios sonhos também é útil: “Anote as visões que vêm à noite, pois podemos pesquisar o nosso arquétipo pessoal e entender quais símbolos se repetem nos sonhos, para que possamos trabalhar ele dentro de nós mesmos”, aconselha.

Dicas de arquétipos para visualizar no dia a dia

A seguir, a terapêuta holística indica alguns símbolos que, quando estimulados através do campo mental ou visual, podem trazer inúmeros benefícios para o dia a dia:

1. Fênix

Fênix ativa a coragem para nos levantarmos após derrotas.
Fênix ativa a coragem para nos levantarmos após derrotas. (Hanna Udod (Getty)/Reprodução)

Segundo Balotta, este é um símbolo de transformação, pois representa o processo da vida: “Estamos sempre nos superando, nascendo e morrendo. Isso traz empoderamento e força”, compartilha.

2. Herói

Arquétipo do herói nos inspira autoconfiança para vencer os desafios diários.
Arquétipo do herói nos inspira autoconfiança para vencer os desafios diários. (CSA Images (Getty)/Reprodução)

A psicóloga revela que este é o arquétipo mais usado na psicologia junguiana: “Ele fala sobre como nos comportamos diante de uma tragédia ou dificuldade. É como se não importasse o que nos aconteceu, e sim aquilo que faremos com isso”, explica. Portanto, ter imagens heróicas em casa nos faz acessar esse inconsciente coletivo que inspira uma postura de coragem e iniciativa.

3. Velho sábio

Arquétipo do velho sábio inspira a sabedoria dentro de nós.
Arquétipo do velho sábio inspira a sabedoria dentro de nós. (bruce7 (Getty)/Reprodução)

O velho sábio representa a nossa sabedoria interna: “Essa imagem está presente em duas cartas do tarô: ‘o hierofante’ e ‘o eremita’. Portanto, em momentos de dúvidas, o símbolo resgata toda a nossa sabedoria ancestral, a confiança e a segurança.”

4. Mãe

Arquétipo de mãe nos faz sentir acolhidos.
Arquétipo de mãe nos faz sentir acolhidos. (CSA Images (Getty)/Reprodução)

Quaisquer figuras maternas, sejam físicas ou espirituais, nos inspiram um sentimento de acolhimento, fortalecendo a nossa capacidade de amar. “Recomendo visualizar em momentos que precisamos cuidar tanto de nós mesmos quanto do próximo. A mãe representa o zelo, a proteção, a empatia e a compaixão.”

5. Criança

A criança nos faz enxergar a vida com mais leveza.
A criança nos faz enxergar a vida com mais leveza. (Jenny Meilihove (Getty)/Reprodução)

Por fim, a criança é tão importante quanto todos os outros símbolos citados, pois sem ela, não conseguimos aprender a ter leveza. “Quando esquecemos a criança interior, a vida perde a graça, fica pesada. Aprender a carregar responsabilidades é essencial, mas também precisamos acessar a nossa pureza de vez em quando”, conclui.

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