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Masturbação infantil: como agir quando o filho começa a explorar o corpo

Entenda a naturalidade da masturbação durante a infância e como os pais devem agir diante dessa situação.

Por Juliana Morales
Atualizado em 19 abr 2024, 13h43 - Publicado em 15 set 2019, 10h05
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  • Desde o nascimento, a criança passa por uma série de descobertas sobre o seu próprio corpo. Geralmente, a partir dos 3 ou 4 anos, elas começam a explorar a sexualidade, flexionando as pernas para pressionar os órgãos genitais ou usando as mãos para tocar o pênis ou a vagina.

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    A masturbação faz parte do desenvolvimento infantil e é algo natural, mas é comum que os pais fiquem constrangidos, e até mesmo assustados, ao flagrar os pequenos fazendo essas descobertas e se questionem: “o que será que meu filho ou filha está vendo ou imaginando nesse momento?”. Calma! Vamos compreender o que está por trás dessa situação.

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    Conversamos com a psiquiatra Carmita Abdo, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria e professora da Universidade de São Paulo, com especialização em sexualidade. Ela esclareceu alguns pontos, explicou direitinho esse processo e qual é a melhor maneira de orientar as crianças sobre o assunto. Entenda! 

    Não há fantasia erótica 

    É um erro compararmos a masturbação de uma criança com a prática em adolescentes e adultos, que usam as fantasias eróticas no momento. A busca por prazer em fases diferentes da vida tem características e conotações bem diferentes, também.

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    Os pequenos não têm elementos, vivência e maturidade para imaginar uma cena a dois – não há a necessidade de vídeos ou imagens, por exemplo. Para eles, a masturbação é um ato mecânico, que descarrega a tensão e traz prazer. Sendo assim, vamos esclarecer que o fato da criança se masturbar não quer dizer que foi exposta ao sexo ou viu algum conteúdo impróprio, como muitos acreditam.”Ainda é um sexo com ela mesmo, sendo uma necessidade intrínseca do ser humano”, pontua a psiquiatra.

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    Diálogo é a chave sempre

    Tendo em mente a naturalidade da situação, quando os pais notarem que os filhos começaram a explorar os próprios corpos, é importante lidar de forma tranquila e objetiva. Nada de repreender ou brigar! Isso faz com que a criança encare as práticas sexuais como algo errado, podendo até interferir em como ela viverá sua sexualidade na fase adulta. 

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    O segredo é ter uma conversa acolhedora, simples e direta. Oriente seu filho ou filha a não se masturbar em local público, explicando que trata-se de um momento isolado e só dele(a), um ato de intimidade, como a necessidade de ir ao banheiro, por exemplo. É uma atitude importante para evitar que a criança se exponha, abaixando as calças ou abrindo as pernas em lugares públicos.

    Outra dica é não falar de situações hipotéticas para a criança, dizer o que ela vai fazer ou pensar no futuro. Evite dizer: “Ah, quando você crescer, você vai se masturbar”, por exemplo. A especialista explica: “Orientar sexualmente uma criança é conversar sobre o que ela está vivendo e o que ela é capaz de perceber naquela idade. Ela não tem a capacidade de administrar uma coisa que ela ainda não sentiu necessidade”.

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    Esses diálogos claros e sinceros desde a infância criam um ambiente receptivo entre os pequenos e responsáveis: os filhos ficam mais à vontade para tirar as dúvidas que vão surgindo sobre sexualidade ou qualquer outro assunto que poderia ser considerado constrangedor.

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    Quando se preocupar?

    Apesar de natural, os pais devem ficar atentos se a atividade masturbatória está muito intensa e frequente. Não é normal o pequeno sair da mesa, de uma conversa ou parar a brincadeira para se masturbar. Caso a atividade esteja compulsiva, os órgãos sexuais podem apresentar cor avermelhada e edemas.

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    “Deve-se observar se a criança não está usando a prática para se abstrair do ambiente e se acalmar. Pode ser um sinal de ansiedade e um nível de inquietação acima do normal”, alerta Carmita. Nesses casos, é indicado levar a criança para uma avaliação psicológica. Pessoas capacitadas podem ajudar tanto os pais como os filhos.

    E, claro, é sempre importante ficar atento para detectar se a criança não está passando por situação de abuso sexual – para saber como identificar, leia a cartilha elaborada pela equipe do Projeto Ação Educativa Contra a
    Exploração e o Abuso Sexual de Crianças e Adolescentes em União da Vitória – PR.

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