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O que a psicanálise tem a dizer sobre os seus sonhos

Sim, Freud explica!

Por Priscila Doneda
Atualizado em 12 abr 2024, 09h49 - Publicado em 26 abr 2016, 15h11
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  • A psicanálise toma como base os trabalhos de Sigmund Freud, seu fundador. Em 1900, ele escreveu o famoso livro A Interpretação dos Sonhos, no qual o autor desenvolve a tese de que todo sonho pode ser interpretado e que ele serve como porta principal de acesso ao inconsciente. “Ele mostra que, sob a sua fachada, muitas vezes absurda, existe um sentido, que lógica e emocionalmente, nada tem de absurdo”, relata a Dra. Ilana Waingort Novinsky, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Partindo deste princípio, a psicanálise, ao longo de mais de um século de existência, apontou diferentes visões e interpretações para os sonhos, levando em consideração a prática clínica e inúmeros desenvolvimentos teóricos. 

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    Segundo a especialista, não existe apenas um tipo de sonho. “De acordo com Gustav Jung, discípulo de Freud que criou uma teoria psicológica própria e que dedicou-se muito ao estudo dos sonhos, podemos falar em quatro tipos, que se baseiam na relação entre o consciente e o inconsciente” menciona.

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    E os sonhos premonitórios? 

    Na opinião da psicanalista, eles não são comuns, mas são bem possíveis. “Apenas pequena parte dos sonhos é de premonições, podendo revelar situações muito antes de acontecerem. Aquilo que conscientemente deixamos de ver é, quase sempre, captado pelo inconsciente, que pode transmitir a informação através do sonho. Só saberemos se é ou não uma premonição com o tempo. Por isso, podemos interpretar o sonho como uma premonição, mas precisamos levar em conta também a sua simbologia”, ensina.

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    Afinal, o que dizem os sonhos?

    De acordo com a Dra. Ilana, é possível, sim, atribuir significados específicos para sonhos que são comuns a muitas pessoas. Sonhar que os dentes estão caindo, por exemplo, pode ser interpretado como um recomeço em algum aspecto da vida, de crescimento e modificações. “São, em geral, sonhos angustiantes, que nos falam sobre desafios que temos que enfrentar. Como estes, existem muitos outros que podem ser recorrentes e ter aspectos significativos comuns”, aponta.

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    E se o mesmo sonho se repetir por muitos anos?

    “Isto pode nos dizer que existem situações emocionais importantes que precisamos elaborar, que ainda não conseguimos dar conta ou resolver internamente. Pode ser uma experiência de abandono, de agressão, ou de culpa, por exemplo”, explica. “O sonho é uma ferramenta muito interessante que nos fala de nossa vida mental e emocional. Portanto, se estivermos atentos a eles e os levarmos a sério, possivelmente teremos um indicador importante sobre as situações que estão nos afetando. Da mesma forma, eles nos ajudam – e muito – a elaborar nossas questões emocionais passadas e presentes, assim como nossas tarefas futuras”, ressalta. 

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    Com qual frequência nós sonhamos?

    Apesar de nem sempre nos lembrarmos, a especialista defende que os sonhos acontecem todas as noites. Isso ocorre porque, ao dormir, realizamos uma espécie de faxina em nossa mente, necessária para mantermos nosso equilíbrio mental e emocional. “Pesquisas recentes mostram que lembramos dos sonhos que são interrompidos pelo acordar, seja porque provocam muita angústia e não conseguimos prosseguir dormindo, ou porque somos despertados por algo, como um despertador, um barulho ou alguém”, esclarece.

    E se lembrar do que é sonhado com frequência requer prática. “É preciso cultivar, pois pode se tornar um hábito. Os sonhos são nossa criação, nos falam de nós mesmos, do que estamos vivendo, das nossas tarefas do momento, de nossas angústias e de nossos planos. Portanto, lembrar-se deles é sempre interessante e importante, pois, sem dúvidas, é uma possibilidade de comunicação com os aspectos inconscientes de nós mesmos, o que é determinante de nossa vida”, finaliza.

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