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Flurona: O que é? É fácil de pegar? Como identificar os sintomas?

O termo “Flurona” foi originado da junção entre “Flu”, que significa gripe em inglês, com corona

Por Kalel Adolfo
7 jan 2022, 11h51

Há poucos dias, os primeiros casos de “Flurona” começaram a surgir no Brasil, gerando pânico e preocupação entre a população. Trata-se de um quadro em que o paciente contrai COVID-19 e Influenza ao mesmo tempo. Até o momento de publicação desta matéria, a Secretaria Municipal de Saúde registrou que, apenas em São Paulo, existem 24 casos de dupla infecção desde 2020. 

Com isso, inúmeros questionamentos estão sendo levantados: pegar o temido “Flurona” é fácil? Como identificar os sintomas de uma possível contaminação simultânea? Existe um grupo de risco? Para responder a essas e outras perguntas, CLAUDIA entrevistou a Dra. Lorena de Castro Diniz, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da ASBAI — Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Confira: 

É comum contrair a temida “Flurona”? 

Por mais que estejamos acompanhando um aumento de casos de Flurona no Brasil, a Dra. Lorena de Castro Diniz reitera que a condição ainda é rara. Isso não significa que seja impossível ser afetado pelo quadro. Portanto, hábitos básicos como a utilização de máscaras e o uso de álcool gel continuam essenciais para evitar a doença. 

Além disso, a especialista reitera que pacientes não-vacinados — tanto para COVID-19 quanto para Influenza — correm riscos muito maiores de desenvolver a infecção simultânea. 

Como evitar que a Flurona seja grave? 

Estar com o esquema vacinal incompleto pode tornar a pessoa mais vulnerável a um ou ambos os vírus: “A nova cepa — H3N2 — gera casos muito mais graves para quem não tomou a vacina da gripe deste ano”, alerta a especialista. Portanto, a única ferramenta para evitar manifestações drásticas do quadro duplo é a vacinação. 

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COVID-19 x Flurona: como diferenciar os sintomas? 

“Tanto a Influenza quanto a COVID-19 são tratadas como síndromes gripais, provocando sintomas respiratórios como escorrimento do nariz, congestão nasal, tosse, febre, dor no corpo, calafrios, cansaço e, às vezes, incômodos gastrointestinais”, aponta a médica. Portanto, para diferenciar as duas infecções, é necessário estar atento à evolução do quadro. 

“Normalmente, a Influenza ou H3N2 faz com que o paciente tenha um início abrupto de sintomas intensos. Já no COVID, a evolução dos sintomas é mais lenta. A piora da pessoa acontece comumente a partir do sexto dia”, explica. 

Contudo, o sinal de alerta mais importante para diferenciar os dois quadros é a perda do olfato e paladar: “A gripe causa uma diminuição do olfato pela congestão nasal, mas o paciente não perde o sentido apenas pela Influenza”, pontua. 

A Flurona traz sintomas específicos? 

Por terem sintomas semelhantes — com exceção da perda total do olfato e paladar — pode ser difícil identificar os sinais da infecção simultânea. Porém, em casos de Flurona, o paciente tem um início abrupto dos sintomas — típico da Influenza — seguido de um quadro arrastado provocado pelo coronavírus. Em outras palavras, a recuperação é bem mais lenta.  

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Existe um grupo de risco mais suscetível a pegar a doença? 

Além dos não-vacinados, os grupos de risco para o Flurona são os mesmos de quaisquer infecções virais. São eles: 

  • Gestantes
  • Imunodeprimidos
  • Menores de c5 anos 
  • Idosos maiores de 60 anos
  • Pacientes com comorbidades 

Peguei Flurona: como atenuar os sintomas? 

Em casos leves, em que não haja a necessidade de internação e a pessoa não faça parte de grupos de risco, a imunologista recomenda apenas repouso, hidratação, lavagem nasal, e claro, isolamento social. Porém, é imprescindível estar atento a possíveis sinais como baixa de saturação, cansaço, prostração intensa, febre e dor torácica. Caso tenha algum desses sintomas, vá a um serviço de atendimento para ser adequadamente tratado. 

A combinação da COVID-19 com Influenza pode gerar novas variantes? 

O surgimento de novas variantes a partir da combinação entre a COVID-19 e a Influenza pode ser um dos maiores medos entre a população. Porém, Lorena de Castro traz uma boa notícia: “O que realmente provoca o aparecimento de novas cepas é a permanência do vírus no meio-ambiente. Quanto mais ele circular, maiores as chances de novas variantes surgirem. A infecção dupla por si só não aumenta esse risco”, diz. 

“O vírus Influenza não altera o DNA do vírus da COVID ou vice-versa. Essa não é uma possibilidade. A alteração desse material genético acontece na própria divisão do vírus, que após uma falha, acaba provocando uma cepa que consegue invadir a proteína de proteção de nosso organismo”, esclarece. 

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