1. Investir só em aeróbicos para emagrecer
Tudo bem que caminhar ou pedalar queima muitas calorias, mas só isso não adianta se seu objetivo for reduzir a gordura corporal. O ideal é combinar esse tipo de atividade a treinos de força. “Quanto mais músculos você tiver, mais acelerado ficará seu metabolismo e, assim, você aumentará o gasto calórico e o consumo de gordura”, explica Ivo Moraes, coordenador de musculação da unidade Paulista da academia Competition, em São Paulo. A ginástica com peso também é importante para fortalecer tendões e ligamentos, prevenindo lesões durante a prática aeróbica, e para tonificar os músculos, evitando a flacidez decorrente do emagrecimento.
2. Exercitar apenas pernas e bumbum
Apesar de serem as áreas que mais incomodam e acumulam gordura, malhar só os membros inferiores pode trazer inúmeros prejuízos. O primeiro deles é estético, já que a parte inferior do corpo ficará mais tonificada e em melhor forma do que a superior. “Outra questão diz respeito à postura e à estabilidade, que só podem ser trabalhadas quando acionamos os músculos presentes nas costas, na lombar e nos ombros”, afirma o educador físico Felippe Norimatsu, da academia Reebok, em São Paulo. Por fim, há o risco de sobrecarregar as articulações dos joelhos ao realizar exercícios demais apenas para as pernas.
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3. Fazer treinos muito longos
É consenso entre os profissionais de educação física que a intensidade do treino vale mais do que o tempo de malhação. “Ou seja, é melhor malhar por 30 minutos de forma vigorosa do que passar uma hora e meia na mesma atividade em ritmo moderado ou leve”, diz Felippe Norimatsu. Em treinos curtos, o metabolismo fica mais acelerado, pois o esforço é maior e o corpo não tem tempo de se acostumar ao estímulo do exercício. “Já nos longos, é difícil manter o pique o tempo todo, o que faz o rendimento cair. Além disso, o perigo de sobrecarga nas articulações é maior.”
4. Pular o aquecimento
Começar a caminhar na esteira em uma velocidade já avançada ou iniciar um treino de força sem antes aquecer músculos e ligamentos são atitudes que afetam sua saúde. “O aquecimento serve para elevar a temperatura corporal e os batimentos cardíacos, além de tirar o corpo do repouso e prepará-lo para o exercício”, ensina Ivo Moraes. Se pular essa etapa, você elevará a frequência cardíaca de maneira muito rápida, o que pode levar a um mal-estar súbito, e prejudicará as articulações, que não terão tempo suficiente para entrar no ritmo. “Os movimentos devem ser específicos para a atividade que será realizada depois”, ressalta Ivo. Um exemplo clássico é andar devagar na esteira antes de iniciar uma corrida. Mas valem agachamentos sem carga ou outros movimentos que despertem os músculos que serão trabalhados.
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5. Não seguir o número de repetições indicado
Cada série de exercícios tem um objetivo, devidamente traçado pelo professor. Os treinos de resistência, em geral, usam carga de leve a moderada e séries de 15 repetições. Os de ganho de massa muscular, ao contrário, são feitos com maior peso e menos repetições. “Se o aluno fizer mais ou menos movimentos do que o proposto, estará mudando a característica do treino e não alcançará os objetivos”, alerta Felippe. E lembre-se: ao fazer menos do que deveria, você certamente também gastará menos calorias.
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6. Malhar todos os dias do mesmo jeito
Fazer o mesmo exercício diariamente, dando sempre igual estímulo ao organismo, não é nada indicado. “Você deve praticar esportes todos os dias, mas desde que
faça atividades diferentes – alternando, por exemplo, treinos aeróbicos com os de força – ou que trabalhe grupos musculares distintos”, recomenda a educadora física Bianca Vilela, da assessoria esportiva que leva seu nome, em São Paulo. Segundo ela, ao repetir sempre a sequência de treino de força, os músculos não têm o tempo necessário para se recuperar das microlesões provocadas pelos exercícios (o que demora 48 horas, no mínimo) e você não verá tanto os efeitos da modalidade. “Já no caso da atividade aeróbica, correr ou pedalar sem intervalo pode significar maior risco de lesão nos ligamentos e tendões por causa da sobrecarga do esporte”, completa a expert. E mais: se não variar, você tornará a malhação monótona, o que pode levá-la a desistir de se exercitar. Sem falar que o organismo acaba por se acostumar àquela atividade e, sem desafios, tenderá a responder cada vez menos aos estímulos e não se beneficiará tanto.