Suspeito de ter matado menino de 5 anos no Ano Novo é solto
O menino Arthur Silva morreu em casa, no réveillon, com um tiro na nuca
O suspeito de ter matado o menino Arthur Silva, 5 anos, foi liberado do 89º Distrito Policial de São Paulo na madrugada desta quarta-feira (3). A Justiça negou o pedido de prisão temporária para ele por entender que não havia elementos para manter sua prisão.
O homem havia sido preso na terça-feira (2), suspeito de ter dado um tiro para o alto e, consequentemente, a bala ter acertado a nuca e Arthur – provocando a sua morte. Porém, a distância entre as casas, descartou, em um primeiro momento, a possibilidade. “Para nós, ele continua como suspeito até que seja feito o confronto balísitico. Se confirmar que não foi do revólver dele, ele está descartado como suspeito”, disse o delegado Antônio Sucupira Neto em entrevista ao G1.
Para a polícia, há duas possibilidades para a origem do tiro que matou Arthur: bala perdida ou tiro próximo à residência do menino. Assim, a polícia espera, agora, identificar o autor dos disparos e se houve omissão do socorro ao menino.
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O crime
O crime, contudo, aconteceu na noite de Réveillon. Na passagem de ano, Arthur brincava de fazer bolinhas de sabão com outras crianças no quintal de casa, localizada no bairro de Vila Andrade, quando caiu no chão e começou a sangrar. Atendido por familiares, o menino foi encaminhado para o Hospital Family, onde constatou-se que o ferimento na nuca teria sido provocado por um tiro.
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Houve uma tentativa de transferência médica para uma unidade de saúde da rede pública com UTI pediátrica para atender Arthur. “Só conseguimos internar o Arthur porque meu pai e meus primos foram até o hospital Pirajussara. Chegaram lá e falaram com a pessoa responsável pela internação. Ela assustou, disse que é grave. Ou remove ou ele morre, é grave, então remove”, contou a tia do menino Rosana Aparecida.
Porém, a transferência para o Hospital Geral de Pirajussara enfrentou dificuldades. De acordo com a assessoria do Hospital Family, Arthur deu entrada no centro médico às 0h05 do dia 1º. Ao conseguirem vaga no Pirajussara, uma ambulância foi solicitada. Contudo, o primeiro veículo do Samu pronto para prestar serviço mão tinha serviço de UTI e foi dispensado. O segundo só chegou às 6h e não tinha médico. O garoto conseguiu a transferência às 6h20. Na tarde daquela segunda-feira, ele veio a falecer.
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