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Primeira vereadora eleita em Caruaru é parteira há 41 anos

O gasto total da campanha de Maria José Galdino da Silva, carinhosamente chamada de Mamãe Zezé, foi apenas de R$21, valor da impressão da foto oficial.

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 out 2016, 16h03
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  • Maria José Galdino da Silva, carinhosamente chamada de Zezé Parteira ou Mamãe Zezé, é a única mulher eleita como vereadora no município de Caruaru, em Pernambuco. O gasto total de sua campanha foi apenas de R$21, valor da impressão da foto oficial.

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    Leia mais: “Ter mulheres na política é o mínimo do que se precisa em uma sociedade”, diz Stephanie Ribeiro, ativista feminista negra.

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    A nordestina, que realiza partos gratuitos há 41 anos em sua comunidade, foi eleita pelo Partido Verde. Assistiu a primeira mãe a dar à luz aos 18 anos, e a partir deste dia, nunca mais parou, sem receber qualquer remuneração pela atividade.

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    Veja também: “Ainda hoje, infelizmente, pensam que política não é lugar de mulher”, diz Jacira Melo, diretora do Instituto Patrícia Galvão.

    Desde nova, Zezé não cobrava pelos partos por atender mulheres que não tinham condições de pagar. Atualmente, a parteira realiza cerca de 45 partos anuais – improvisou um pequeno consultório na sua própria casa para atender as grávidas da comunidade de Taquara de Cima com mais conforto.

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    Leia mais: Eleições 2014: Como é a participação da mulher brasileira na política?

    Em 2001, Maria tornou-se agente de saúde comunitária, e passou a ser contemplada com um salário mínimo por mês devido ao exercício de sua função. Cerca de mil bebês vieram ao mundo pelas suas mãos.

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    Veja também: 4 mulheres históricas da política brasileira que você precisa conhecer.

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    Sua popularidade é tão alta naquela região que nem campanha foi necessário ser feita, a parteira é conhecida como “tia” ou “madrinha” pela maioria dos moradores. “Decidi me candidatar porque a comunidade quis. Uma candidata pobre, assalariada. Cheguei onde cheguei porque a própria comunidade entendeu o trabalho que faço há muitos anos, sem cobrar nada, e daqui para frente, isso será ampliado. Poderei ajudá-los ainda mais”, comentou Zezé em entrevista concedida ao Rádio Jornal NE10.

    Leia mais: “A estrutura sexista do sistema eleitoral do Brasil não foi desmontada”, diz Nadine Gasman, da ONU Mulheres.

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