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Jogadoras de futebol afegãs temem repressão do Talibã após fuga

Após a ocupação do grupo radical, a vida das mulheres no país foi ainda mais reprimida, incluindo a participação delas no esporte

Por Da Redação
29 nov 2021, 18h26
equipe da seleção feminina de futebol do Agenistão
 (Horacio Villalobos/Getty Images)
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“Como um pesadelo para a minha geração”, é assim que a afegã jogadora de futebol, Narges Mayeli, de 19 anos, definiu o Talibã em entrevista a CNN. Assim com centenas de atletas da modalidade, Narges está no Reino Unido, mas ainda teme seu futuro, já que ainda não possuem status de refugiadas.

A chegada na Inglaterra foi conturbada. A primeira tentativa aconteceu em agosto, mas o vôo de evacuação para o Catar foi cancelado por conta de um ataque suicida no aeroporto de Cabul. Depois, a estratégia foi deixar o Afeganistão pela fronteira de Torkham em setembro. Dessa forma, dois meses depois, conseguiram entrar no Reino Unido em novembro.

“Eles conquistaram todo o nosso país em uma noite. E depois daquela noite, pudemos ver o Talibã nas ruas. Eles foram cruéis. Eles não tiveram misericórdia de ninguém”, desabafou a atleta.

Após a ocupação do grupo radical, a vida das mulheres no país foi ainda mais reprimida. Por isso, Khalida Popal, ex-capitã do time de futebol feminino afegão, orientou as atletas a deletarem seus perfis nas redes sociais para se proteger.

Com apenas 24 anos, a atual capitã do time, Sabreyah Nowrozi, também falou do cenário de terror que enfrentam. “Estou triste e preocupada e quero poder voltar para minha casa. Nunca sonhamos em deixar nosso país, mas é muito difícil e assustador saber que como mulheres, perdemos nossa luz, nossa liberdade que tínhamos em Afeganistão “, contou ao veículo.

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O Reino Unido deve receber cerca de 20 mil refugiado após uma medida de enfrentamento ao grupo radical. Em agosto, o governo que mulheres, meninas, religiosas e outras minorias seriam priorizadas nessa ação.

No entanto, o time de jogadoras não recebeu nenhum tipo de garantia ainda. “Eles estão em uma espécie de limbo de não saber o que vai acontecer com eles em seis meses”, disse Sabreyah.

Enquanto as promessas são feitas, a realidade segue opressora na imigração. Na última quarta-feira, 24, 27 pessoas se afogaram na da França após um barco inflável rumo ao Reino Unido virar no Canal da Mancha. Na situação, uma mulher grávida estava entre as vítimas.

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A secretária do Interior, Priti Patel, já alertou que a travessia do Canal da Mancha da França para o Reino Unido será “inviável” para os migrantes com o endurecimento na política de imigração.

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