Em abril deste ano, um grupo de estudantes de medicina de Vila Velha, no Espiro Santo, virou assunto após posarem para foto usando jaleco e fazendo gesto que foi interpretado como apologia ao estupro. Os 12 estudantes foram investigados e agora cumprem punição pelo comportamento.
A Universidade Vila Velha (UVV) determinou que eles executem “trabalhos de responsabilidade social”, informa o G1. Em nota, a UVV informou que os alunos envolvidos reconheceram que tiveram comportamento inadequado. Além disso, eles teriam formulado um pedido de desculpas voltado à comunidade acadêmica. A instituição, no entanto, não informou como e onde os trabalhos seriam realizados.
O caso
Na imagem, o grupo aparece de jaleco, com as calças abaixadas e fazendo um símbolo de referência à vagina com as mãos. Mulheres e profissionais da área ficaram ultrajados ao verem futuros profissionais da saúde agindo de tal maneira, o que consideraram como sendo apologia ao estupro.
Muitas mulheres, inclusive, compartilharam casos de abuso sexual cometido por médicos – reforçando a gravidade do comportamento dos alunos de Vila Velha. A escritora Elika Takimoto foi uma delas. Ela conta que, ainda na infância, um oftalmologista apagou as luzes do consultório e colocou o pênis para fora, forçando-a a colocar suas mãos nele.
“E quando afirmamos que todo homem é um estuprador em potencial porque não sabemos de onde pode vir o ataque somos criticadas por generalizar. Entendam: não é sobre você. É sobre como nos sentimos ameaçadas e sem saber quando e em quem confiar até mesmo nos locais que deveriam ser nosso porto seguro, como um consultório em que vamos procurando cuidados”, escreveu em seu blog.