Buzinas, gente passando, assaltos, polícia correndo e… mantras. Há um ano, a meditação entrou na vida de moradores de rua que dormem nas escadarias do Flamengo, no Rio de Janeiro. Eles fazem ioga duas vezes por semana no gramado do famoso aterro do bairro.
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No início (2005), a ação criada por André Andrade Pereira, 37 anos, professor de pedagogia na Universidade Federal Fluminense, tinha como objetivo oferecer a eles café da manhã.
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Hoje, com 50 voluntários, o Projeto Voar, além de refeições veganas, propõe ioga e meditação. “Os sem-teto passaram a ver a prática como um oásis no cotidiano tenso e violento da cidade, onde o ódio era uma das poucas linguagens”, diz Pereira. Com a mente calma, enxergam alternativas. “Um deles está estudando e até saiu da rua”, conta o professor.
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