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Conheça o upcycling, técnica que renova sua roupa desgastada

O processo colabora com o meio ambiente e permite o uso da imaginação para personalizar peças

Por Barbara Cestaro
Atualizado em 17 fev 2020, 16h24 - Publicado em 28 jun 2019, 07h50

Não é de hoje a pressão sobre a indústria para produzir de forma mais sustentável. Na da moda não foi diferente. Entre as medidas tomadas, passaram a usar em grande escala uma técnica já conhecida por muita gente: a reinvenção de peças utilizando materiais que temos em casa ou que seriam jogados no lixo.

O método ganhou o nome de upcycling, palavra que sugere a criação de um produto de maior valor ou qualidade do que o original. Sabe aquela calça jeans superantiga que já não serve mais? Pode virar bolsa, renovando e prolongando o ciclo do item inicial.

“Aumentando o tempo de uso do produto, cresce a qualidade daquela cadeia. O upcycling não pode ser comparado à reciclagem, pois não interfere diretamente no material, em processos que desintegrem o tecido, por exemplo”, explica a professora Regina Barbosa, do curso de moda da Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo.

Aumento de interesse

De olho nesse movimento, as grandes grifes decidiram aderir a iniciativas de upcycling. Usando como base jaquetas doadas pela Riachuelo, a Free Free, plataforma de moda e comportamento que incentiva o consumo consciente, ressignificou as peças ao adorná-las com o trabalho de artesãs de comunidades e cooperativas mapeadas pelo Brasil. O valor da venda é revertido para atividades sociais, valorizando a produção manual e culturas regionais.

Já a Uni.Co faz bolsas e acessórios com couro descartado pela indústria de sapatos, e a paulistana Comas cria roupas com peças rejeitadas por confecções por não passarem no controle de qualidade. Agustina Comas, criadora da etiqueta, organizou um curso online em que ensina técnicas criativas de upcycling.

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Iniciativas de reaproveitamento de material como essas são importantes para o país financeiramente – para que jogar fora uma roupa ou pano que podem ser adaptados e usados? – e para a sustentabilidade.

“Assim, evitamos que mais recursos sejam extraídos da natureza e mostramos ao consumidor que é preciso repensar os caminhos da moda, que o consumo por si só nem sempre faz sentido”, diz Fernanda Simon, diretora executiva do braço brasileiro do movimento Fashion Revolution, que propõe uma reforma na indústria da moda.

Segundo o Sebrae, estima-se que o Brasil gere, por ano, cerca de 170 mil toneladas de retalhos. São Paulo é a campeã do ranking, concentrando 30% da produção. E 80% do total desse material vai parar em lixões. O descarte e a coleta organizados e uma cadeia de distribuição dos retalhos para interessados em upcycling poderiam mudar esse cenário.

Mãos à obra

O processo não exige técnica específica nem tem regras. É um método criativo que engloba diversas vertentes de trabalhos manuais. Para quem não tem tanta prática, bordados e aplicações comprados prontos em lojas especializadas podem ser colados ou costurados à roupa.

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As intervenções maiores envolvem corte e costura da peça, e cria-se algo totalmente novo. Nesse caso, surgem bolsas, echarpes, blusas e saias.
O upcycling veio para ficar. E é lógico. Você ganha um item exclusivo, colabora com a proteção ambiental e ainda incentiva uma indústria de moda mais sustentável.

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