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Estrela do tênis na China desaparece após acusar político de assédio

Atletas, como Naomi Osaka, se mobilizaram nas redes sociais sobre o caso de Peng Shuai

Por Da Redação
17 nov 2021, 16h54

Nos últimos dias, tenistas começaram a se manifestar sobre o caso de Peng Shuai, 35, uma estrela chinesa e ex-número um do mundo no esporte que sumiu após acusar o ex-vice-premiê do país Zhang Gaoli de forçar relações sexuais com ela, no início de novembro.

Segundo agências de notícias, a atleta não é vista desde que denunciou o episódio de abuso em uma mensagem postada em uma rede social chinesa e posteriormente deletada.

Naomi Osaka, atleta renomada que tem quatro títulos de Grand Slam na carreira, compartilhou, assim como outros tenistas, a hashtag #whereispengshuai (onde está Peng Shuai) em suas redes sociais

“Fui recentemente informada de uma colega tenista que desapareceu pouco depois de revelar ter sido sexualmente abusada. Censura nunca é ok sob nenhum custo. Espero que Peng Shuai e sua família estejam seguras e bem”, escreveu Naomi.

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Novak Djokovic, o número um do circuito masculino, também se pronunciou sobre o caso em uma entrevista coletiva na segunda-feira (15). “Não sei muito sobre o assunto, escutei algumas coisas já faz uma semana e honestamente é surpreendente que [ela] tenha desaparecido. Espero que a encontrem e que esteja bem. É terrível”, disse.

A ex-jogadora estadunidense Chris Evert e a francesa Alizé Cornet também participaram do movimento que questiona o paradeiro de Peng.

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“Conheço Peng desde que ela tinha 14 anos, todos deveríamos estar preocupados, é grave. Onde ela está? Está a salvo? Toda informação será bem-vinda”, escreveu Chris Evert no domingo (14).

Investigações

Os pronunciamentos geraram pressão na Associação Feminina de Tênis (WTA), apoiada pela entidade reguladora do tênis masculino (ATP), que pediu que o governo chinês investigue as acusações de desaparecimento. O presidente da WTA garantiu, em entrevista ao The New York Times, ter recebido a confirmação de diversas fontes, incluindo a federação chinesa, de que Peng está segura e livre de ameaças físicas.

“Estamos profundamente preocupados pela incerteza em torno da segurança imediata e da localização de Peng Shuai. As recentes garantias recebidas pela WTA nos tranquilizaram, e continuaremos acompanhando a situação de perto”, disse o presidente da ATP, ex-tenista Andrea Gaudenzi em um comunicado.

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Após as instituições pedirem investigações sobre o desaparecimento da tenista, a mídia estatal chinesa divulgou o que seria um print de um e-mail enviado pela tenista ao presidente e CEO da WTA, Steve Simon. No e-mail veiculado, supostamente escrito por Peng, ela afirma que está tranquila em casa e não desapareceu em momento algum.

“Olá a todos, aqui é a Peng Shuai. Sobre as notícias recentes divulgadas no site oficial da WTA, o conteúdo não foi confirmado ou verificado por mim e foi divulgado sem meu consentimento. As notícias, incluindo a alegação de abuso sexual, são falsas. Não estou desaparecida, nem em perigo. Estava descansando em casa e está tudo bem. Muito obrigado mais uma vez por se preocuparem comigo. Caso a WTA publique mais alguma notícia sobre mim, por favor verifiquem comigo, e divulguem com o meu consenso”, diz o conteúdo do e-mail divulgado.

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Denúncia

Um print da conta verificada de Peng no Weibo, um tipo de Twitter chinês, mostra a acusação da tenista contra Zhang Gaoli, que fazia parte do Comitê Permanente do Politburo, órgão que representa a cúpula do Partido Comunista.

De acordo com seu relato, ele a coagiu a fazer sexo e, depois, eles tiveram uma relação consensual intermitente. Ela disse ainda que não tinha provas para suas acusações.

Apesar do post ter sido excluído cerca de meia hora depois, o relato da tenista ganhou notoriedade. Agências de notícias apontaram que na rede social o nome de Peng atingiu mais de 20 milhões de visualizações.

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Zhang, 75, foi vice-premiê da China entre 2013 e 2018 e foi secretário do partido na província de Shandong e integrou o Comitê Permanente do Politburo entre 2012 e 2017. 

Peng foi a número um no ranking mundial de duplas de 2014, se tornando a primeira tenista chinesa a chegar no topo da lista, após  conquistar os torneios de Wimbledon em 2013 e Roland Garros em 2014.

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