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Uma vilã bem rabugenta

Vera Holtz garante boas gargalhadas com a mal-humorada Violeta, de Três Irmãs

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 10h51 - Publicado em 23 nov 2008, 21h00

A atriz está fazendo sucesso no papel da 
vilã de Caramirim
Foto: César França

Na trama das 7 da Globo, ela interpreta uma vilã mal-humorada, que vive brigando com a ex-nora e apronta todas para transformar Caramirim num resort cinco estrelas. Já na vida real, Vera Holtz foge da rabugice de Violeta e transborda alegria e felicidade por onde quer que passe. Aos 55 anos, e com mais de 30 papéis na televisão e no cinema, a atriz volta às novelas depois da falida Marion, de Paraíso Tropical (2007), e fala sobre o sucesso de sua personagem, que tem causado alvoroço com seus cabelos brancos. Confira a entrevista!

Como é interpretar a Violeta?
Ela é desagradável, mandona, está acostumada a ter o poder e quer transformar aquele pequeno lugarejo num resort de primeira. Só que as três irmãs vão bater de frente para impedir que ela faça essas barbaridades.Violeta ainda tem problemas seriíssimos com a Dora (Cláudia Abreu)… Para a Violeta, não há limite, o tom dela é over. Ela é bem larga, abusa muito dos graves e dos agudos, é bem forte. E Violeta não gosta nada dos hippies meio surfistas que predominam em Caramirim.

Marion, sua personagem em Paraíso Tropical, a ajudou a fazer algum laboratório nesse sentido? Está sendo prazeroso fazer vilanias?
Marion era decadente e sobrevivia com o pouco que havia lhe restado: um apartamento emprestado e as roupas que ela vivia guardando. Era um figurino econômico, pouquíssimas coisas, mas de boa qualidade. As duas são bem distintas porque Marion não tinha as mesmas condições econômicas de Violeta.

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Já se acostumou com o novo visual?
Esse cabelo é de uma personagem que fiz no filme Família Vende Tudo, do Alain Fresnot. Depois, sugeri esse visual também para a Violeta. No Brasil, é muito complicado você usar cabelo branco porque ele é associado à velhice. Mas acho que é uma coisa libertadora para a mulher, porque, quando ela deixa de pintar o cabelo, ele fica fortalecido, nasce com vida, oleosidade e brilho. O bom é que eu não precisarei pintar o cabelo por um ano, provavelmente (risos). É um alívio, uma experiência agradável, inédita pra mim, de ver como as pessoas enxergam a mulher de meia idade com o cabelo branco. Já tenho recebido vários elogios na rua. Deu certo.

Você tem medo da velhice?
Na verdade, acho que quando a gente fica mais velho, o olhar muda e, em vez de ficarmos fixados nas exterioridades, passamos a olhar para o interior das pessoas. Não consigo ficar parada e queria sossegar quando estivesse mais velha (risos). Mas, antes que ela (a velhice) chegue, ainda tenho muita coisa para fazer.

Já teve algum problema com a idade?
Tenho muita coisa para pensar, em vez de ficar prestando atenção em quantas rugas eu tenho e tal. No Brasil, a gente se preocupa muito com essa coisa de não aparentar a idade que tem e esquece que envelhecer também significa sabedoria, vivência…

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Como tem sido a reação dos homens?
Na primeira passada de olhar, eles nem notam muito, mas, depois, numa segunda olhada, falam: “Tá interessante, hein, Vera!” No terceiro dia, já soltam: “Sabe que ficou ótimo esse cabelo? Rejuvenesceu!” Respondo que o que rejuvenesceu foi o olhar deles (risos).

Interpretar uma vilã é mais difícil?
Você tem que saber contar uma história, independente do papel que pegar. Vilã é uma forma de se comunicar porque ela bate de frente com várias coisas. Mas, na verdade, Violeta é uma antagonista.

Você tem emprestado doses do seu bom humor à rabugenta Violeta…
Ter bom humor é sempre bom, não é? A felicidade contagia e descontrai o ambiente. Violeta é meio tragicômica e o trabalho está sendo ótimo. Já fiz Vamp (1991), com o Antonio Calmon (autor da novela), e ficarei num estado de amor durante um bom tempo.

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