Sucesso, amor, equilíbrio: as conquistas de Fátima Bernardes
Âncora do jornal mais popular do país, casada há 19 anos com seu companheiro de bancada e mãe de trigêmeos, a jornalista de 46 anos é símbolo da mulher moderna
Aos 46 anos, Fátima Bernardes é
símbolo da mulher moderna
Foto: Nana Moraes
Ela conduz sua vida com a mesma segurança com que apresenta o JORNAL NACIONAL, onde acumula o cargo de editora-executiva. Bem-sucedida profissionalmente, também mantém um casamento feliz, de quase duas décadas, com William Bonner, seu companheiro de bancada no JN. Mãe dos trigêmeos Laura, Beatriz e Vinicius, de 11 anos, Fátima virou exemplo da mulher moderna, que dá conta do recado. De fato, essa carioca de 46 anos mostra talento e competência em tudo o que faz. Ainda na faculdade de comunicação, em 1984, conseguiu vaga como freelancer no jornal O GLOBO para logo em seguida ser contratada. Saiu do jornal em 1987, quando, depois de fazer um curso de telejornalismo na Rede Globo, foi chamada para cobrir férias na emissora. Estreou na reportagem, foi efetivada e logo acumulou o cargo de repórter e de apresentadora. O resto é história que todas nós acompanhamos. Ela passou pelo RJ TV, pelo JORNAL DA GLOBO, pelos programas HOJE e FANTÁSTICO, teve os trigêmeos por inseminação artificial e, desde 1998, ao lado do marido, é âncora do telejornal mais assistido em todo o país. Versátil, tornou-se também a cara de eventos esportivos da Globo. Em 2002, recebeu dos jogadores de futebol o título de musa da seleção brasileira. Cobriu os Jogos Panamericanos do Rio, em 2007, e entrevistou as estrelas das Olimpíadas de Pequim, em agosto. Como conciliar casamento, três filhos e sucesso na carreira? É o tema desta entrevista.
CLAUDIA Existe fórmula para o casamento dar certo, mesmo trabalhando juntos?
FÁTIMA Nem eu sei. Às vezes, as pessoas falam: Ah! Namore muito tempo e só case depois. Nós namoramos três meses apenas e vamos completar 19 anos de casamento em 17 de fevereiro. Para nós, foi bom termos ficado casados por sete anos sem filhos. Tivemos tempo de namorar, de nos conhecer, de nos adaptar, viajamos muito. Então, quando as crianças vieram, nós dois queríamos muito formar uma família. Isso é definitivo para o sucesso de uma união, pois aí há uma mudança natural e necessária.
CLAUDIA Tiveram crises no período em que ficaram tentando ter filhos? FÁTIMA Começamos a pensar em filhos em 1994. Só engravidei em 1997. A expectativa causou ansiedade mas não crise. De início, eu achava que o problema era comigo. Depois, minha médica orientou que o William também investigasse, já que não existe um problema de um, geralmente existe um problema de casal. Às vezes, separadamente, aquelas duas pessoas, tendo outras parcerias, conseguem gerar espontaneamente. No nosso caso, foi indicado um tratamento de dois anos. Então, planejamos o primeiro filho por inseminação. Depois, faríamos o tratamento para tentarmos ter outro, naturalmente. Mas, como vieram logo três, a gente não fez tratamento nenhum