Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

25 escritoras negras brasileiras que você vai adorar conhecer

Vamos celebrar o talento destas mulheres que têm muita história para contar

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 15 abr 2024, 10h37 - Publicado em 20 nov 2016, 09h52
  • Seguir materia Seguindo materia
  •  

    Publicidade

    1. Maria Firmina dos Reis

    Ursula de Maria Firmina dos Reis

    Publicidade

    A primeira romancista negra brasileira, nascida em 1825. E um dos primeiros livros publicados por uma mulher no Brasil foi Úrsula, de sua autoria. Além disso, também reforçou sua posição antiescravista – já que ela ajudou a compor o hino da Abolição – em A Escrava, sendo ainda um ícone como a criadora da primeira escola mista e gratuita do estado do Maranhão.

    Veja também: Machado de Assis é homenageado pelo Google em 178º aniversário

    Publicidade

    2. Carolina Maria de Jesus

    quarto-de-despejo-maria-firmina-dos-reis

    Nascida em 1917, Carolina era uma moradora da favela do Canindé, na região norte de São Paulo, trabalhava como catadora e registrava seu cotidiano nas folhas encontradas no lixo. Descoberta pelo jornalista Audálio Dantas, publicou seu primeiro livro Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada em 1960, contando com mais de 100 mil exemplares vendidos, traduções para 13 idiomas e vendido em mais de 40 países.

    Publicidade

    Aliás, se quiser conferir uma parte das obras da autora, o Museu Afro Brasil disponibiliza gratuitamente o download de algumas delas.

    Continua após a publicidade

    3. Elizandra Souza

    aguas-da-cabaca-elizandra-souza

    Publicidade

    A criadora do fanzine Mjiba sempre adorou escrever. Mulher, negra, da periferia da zona sul de São Paulo e poetisa são só alguns detalhes das mil e uma faces de Elizandra. Em 2012, a jornalista lançou seu segundo livro Águas de Cabaça, uma referência ao candomblé, religião de origem africana.

    4. Jenyffer Nascimento

    terra-fertil-jenyffer-nascimento

    Publicidade

     

    Publicidade

    Assim como Elizandra, Jenyffer já havia publicado alguns de seus poemas no Mjiba, trazendo maior poder para as vozes femininas negras das periferias. Em Terra Fértil, sua primeira obra autoral, ela trata com paixão temas como o amor, racismo, identidade, negritude e machismo, por exemplo.

    5. Jarid Arraes

    jarid-arraes-lendas-de-dandara

    Continua após a publicidade

    A força de Jarid se traduz, também, na sua forma de expressão: a belíssima literatura de cordel. A diferença é que em sua obra Lendas de Dandara, a autora aborda temas mais atuais, como as questões de gênero, o racismo, sexualidade e histórias de grandes mulheres negras no Brasil.

    6. Ana Maria Gonçalves

    um-defeito-de-cor-ana-maria-goncalves

    O livro Um Defeito de Cor conta a história de uma menina nascida no Daomé (Benin), capturada como escrava aos oito anos e sua trajetória até a terra natal como mulher livre. Por essa publicação, Ana Maria recebeu o Prêmio Casa de Las Americas na categoria de literatura brasileira.

    7. Conceição Evaristo

    conceicao-evaristo-olhos-dagua

    A história de Conceição começa lá em Belo Horizonte, na favela Pendurada Saia, com mais nove irmãos. Do que ouviu e viveu ali, ela transformou a inspiração em forma de sobrevivência, com contos que conquistaram o Prêmio Jabuti em 2015, em Olhos D’Água.

    Continua após a publicidade

    8. Alzira Rufino

    eu-mulher-negra-resisto-alzira-rufino

    Foi a primeira mulher a ter seu depoimento gravado no Museu de Literatura Mário de Andrade, participou de uma feira feminista do livro no Canadá, em 1988, e ainda tem textos publicados em jornais e revistas de vários países do mundo. Aliás, em 1988 ela lançou seu Eu, mulher negra, resisto, um livro de poesia. Além de escritora, é também ativista pioneira sobre a violência contra a mulher negra na Baixada Santista, em São Paulo.

    9. Geni Guimarães

    a-cor-da-ternura-geni-guimaraes

    Lá em Barra Bonita, no interior paulista, Geni publicava seus poemas nos jornais da cidade, mas só foi publicar o primeiro livro em 1979, o Terceiro Filho. A partir dos anos 80, a autora passou a ser ativista da militância negra, que resultou no fantástico A Cor da Ternura, novela que recebeu o Prêmio Adolfo Aisen, em 1989.

    10. Miriam Alves

    mulher-matriz-miriam-alves

    Continua após a publicidade

    Pense em uma mulher com talentos infinitos: Miriam é poeta, dramaturga e prosadora brasileira, tem cinco livros publicados, incluindo o Mulher Mat(r)iz (2011), foi escritora visitante na Universidade do Novo México e palestrou pelos Estados Unidos sobre a literatura afrobrasileira e feminina.

    11. Lia Vieira

    so-as-mulheres-sangram-lia-vieira

    O pseudônimo da autora Eliana Vieira também aparece em publicações como o Cadernos Negros, sempre tratando a realidade das mulheres negras com muita astúcia. Com nove contos, seu Só As Mulheres Sangram colocam em cena um panorama frequentemente excluído da literatura brasileira: a da mulher negra. Ah, e tem prefácio de Miriam Alves!

    12. Cristiane Sobral

    cristiane-sobral-nao-vou-mais-lavar-pratos

    Foi a primeira atriz negra graduada em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília, mas estreou como poeta publicando seus textos no Cadernos Negros, em 2000. Dez anos depois veio sua primeira obra autoral Não Vou Mais Lavar os Pratos, atualmente na segunda edição.

    Continua após a publicidade

    13. Bianca Santana

    bianca-santana-quando-me-descobri-negra

    Autora de Quando Me Descobri Negra, Bianca traz contos singelos, mas que retratam bem a realidade da identidade negra no Brasil. Além disso, também é professora na Faculdade Cásper Líbero e mantém um blog com seus textos.

    14. Cidinha da Silva

    sobreviventes-cidinha-da-silva

    Em Sobre-viventes!, Cidinha explora com humor e acidez as situações do cotidiano, principalmente baseadas em construções sociais sexistas, racistas e homofóbicas. Com um currículo e trajetória impecáveis, a escritora é um dos maiores nomes femininos e negro na literatura brasileira.

    15. Esmeralda Ribeiro

    cadernos-negros-esmeralda-ribeiro

    A jornalista paulistana é uma das coordenadoras do Quilombhoje Literatura, o grupo responsável por publicações como o Cadernos Negros. Ela também tem seu próprio livro de contos, o Malungo e Milongas (1988), que ficou bastante famoso nas traduções para a língua inglesa.

    16. Mel Duarte

    mel-duarte-negra-nua-crua

    Já ouviu falar de batalha de poesias? Pois é, a slammer de 27 anos é uma das responsáveis por popularizar a ideia por São Paulo. Tem textos publicados em mais de 10 antologias, além de duas obras próprias: Fragmentos Dispersos (2013) e Negra Nua Crua (2016).

    17. Nina Rizzi

    a-duracao-do-deserto-nina-rizzi

    Historiadora, poeta e tradutora brasileira: essa é Nina Rizzi, a autora de A Duração do Deserto. Seus poemas são tão cativantes que serviram de base para o curta Noturno, de Carito Cavalcanti e Joca Soares.

    18. Luz Ribeiro

    Assim como Mel Duarte, Luz é adepta do slam de poesias. Palavras fortes, cantadas, soletradas e ritmadas contam histórias, relatos e retratos de uma mulher negra. Além das rimas, seu primeiro livro Eterno Contínuo, lançado em 2013, pode ser encomendado diretamente com a autora em suas redes sociais.

    19. Ana Paula Maia

    ana-paula-maia-entre-rinhas-de-cachorros-porcos-abatidos

    Para quem gosta do estilo das novelas – e não Avenida Brasil ou Mulheres Apaixonadas -, a literatura de Ana Paula é riquíssima. Autora da trilogia A Saga dos Brutos, ela conta ainda com sete obras publicadas no exterior.

    20. Reimy Solange Chagas

    a-uniao-faz-a-forca-reimy-solange-chagas

    Psicóloga clínica e social, escritora, mestre e doutoranda, Reimy discursa e problematiza sobre as famílias negras na contemporaneidade. As construções sociais, questões econômicas e históricas podem influenciar na dinâmica de cada uma delas – e a autora apresenta os pontos com intrínseca análise.

    21. Kiusam de Oliveira

    o-mundo-no-black-power-de-tayo-kiusam-de-oliveira

    Como dizem por aí, Kiusam é uma artista multimídia, arte-educadora, bailarina, coreógrafa e contadora de histórias. É, ainda, especialista nas temáticas de relações étnico-raciais, de gênero, da corporeidade e do candomblé de ketu – claro que também é ativista há 30 anos. Em O Mundo No Black Power de Tayó, explora a identidade negra na perspectiva de Tayó, uma menina de seis anos – é ótimo para ler com as crianças!

    22. Maria Gal Quaresma

    maria-gal-a-bailarina-e-bolha-de-sabao

    Mais conhecida como Maria Gal, a baiana é bailarina e atriz, tendo formado a companhia de teatro Os Crespos, formada apenas por atores negros. Apesar de ter participado de Jóia Rara, ela tem uma longa carreira no teatro, tanto como produtora quanto escritora – sem contar seu livro A Princesa e a Bolha de Sabão, que fala sobre bullying e o racismo entre as crianças.

    23. Roberta Estrela D’alva

    roberta-estrela-dalva-teatro-hip-hop

    Mais uma slammer maravilhosa para a nossa lista! Roberta é de tudo um pouco, com mistura de poesia e música. Em 2014, publicou o Teatro Hip-Hop, a performance poética do ator-MC, a perfeita combinação do estilo musical com a arte cênica.

    24. Lélia Gonzalez

    festas-populares-brasil-lelia-gonzalez

    Um ícone, uma musa, uma deusa. Lélia não só era uma escritora fantástica, mas também uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira nas décadas de 60 a 80. Dentre seus feitos está a participação na fundação do Olodum (aquele mesmo que você lembra das músicas), uma ONG voltada para o movimento negro brasileiro. Seu livro de 1987, o Festas Populares no Brasil, é um dos maiores clássicos da literatura negra – e brasileira como um todo.

    25. Érica Peçanha

    vozes-marginais-na-literatura-erica-pecanha-do-nascimento

    Dedica-se à produção cultural das periferias, a socióloga e escritora foca no que vem destes ambientes, em todas suas formas. A prova disso são suas duas publicações Vozes Marginais na Literatura (2009) e Polifonias Marginais (2015).

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de R$ 12,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.