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O celibato voluntário da mulher hétero brasileira veio aí

Solteira e cansada, a vida da brasileira está longe do ideal no quesito relacionamentos

Por Martchela
16 nov 2023, 06h55

Somos mulheres fodas e estamos exaustas. O ano é 2023, mas se analisarmos friamente a vida da mulher solteira heterossexual que se envolve com homens heterossexuais, parece que estamos no século 20. É de chorar. Aceitamos migalhas e continuamos famintas. Isso não é um bom sinal.

Nossas avós (na maioria dos casos) não permaneceram com os avôs por 50 anos apenas porque eles se amavam, mas porque elas não tinham opções financeiras, psicológicas ou estruturais para fazer diferente. Nós temos tudo isso e ainda continuamos nos envolvendo com homens que parecem ter saído das cavernas.

ghosting, traição, falta de maturidade, comodismo; há aqueles homens que lavam o pau na pia e secam na toalha de visitas (sim, é mais real do que você imagina, pergunte ao homem mais próximo a você). Isso não é mais aceitável.

Tentamos até aplicativos, deslizamos para a direita, há um match e nossa autoestima dá pulinhos. Quando a conversa evolui para além de um simples “oi, tudo bem?”, ainda podemos sofrer com a possibilidade de um encontro cretino — convenhamos, acontece em nove a cada dez vezes.

Estamos tão anestesiadas desse horror ao date que não é nem mais uma surpresa se deparar com homens que almejam encontrar a dona de casa recatada — não somos assim.

Ou então aqueles que fingem aceitar a nossa modernidade e como somos independentes, mas, no final, querem nos moldar à imagem e semelhança das suas respectivas mães.

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Não dá mais. A vida das mulheres solteiras brasileiras é insalubre. E estamos falando do básico, né? Você se arruma, se depila, compra lingerie nova, passa um perfume caro e encontra o Zé no boteco mais próximo (porque eles não se esforçam mesmo) ou na casa dele (que no máximo terá uma cerveja artesanal quente e um sabonete desidratado no banheiro).

Além de lidar com isso, temos que aceitar os termos e as condições para não configurar nada além de um encontro casual bem mais ou menos com um cara vestindo uma camiseta do Flamengo, shorts tactel e um chinelão.

Você se arruma, se depila, compra lingerie, passa perfume para encontrar o Zé no boteco mais próximo ou na casa dele, com sabonete desidratado no banheiro

Caso dê sorte, tome cuidado ao enviar uma mensagem no dia seguinte, “Adorei o encontro!” Na mente deles, isso já é interpretado como um pedido de casamento com três filhos para sustentar. Infelizmente, essa ideia paira na cabeça até dos ditos mais descolados.

Não há espaço para se emocionar. E se há, você descobre que ele é casado e tem filhos para criar — olha, não é exagero meu, ok?

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E se a vida das mulheres solteiras está difícil, imagine a das casadas que vivem sem sexo, sem atenção e sem cuidado. Isso atesta o quanto o problema é de outra dimensão.

Os homens não mudam (ou não buscam mudanças) porque se acomodam facilmente. Portanto, a vida da mulher contemporânea se divide em encarar isso ou pensar em celibato voluntário como alternativa.

Nossa saúde mental não está mais suportando tanto caos. Sinto que a próxima vez que me abrir para alguém será na minha autópsia — de novo, não é exagero.

Aliás, aos homens que estão lendo esta coluna, saibam que o nosso cansaço atingiu níveis nunca antes experimentados e não vamos facilitar mais as coisas para vocês. Indico considerarem terapia e ferramentas de autoavaliação. O mundo Nós, mulheres, agradecemos. 

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