Kika Gama Lobo | CLAUDIA

"O lance é procurar gente. Gente cura. Gente provoca. Gente causa maremoto. Se liberte desse momento refugiada e acesse sua rede"

Por Kika Gama Lobo SEGUIR SEGUINDO
28 nov 2018, 18h55

Só porque já passamos dos 50 não saímos para encontros? Cada vez mais. E temos nossos preferidos. E nessa nova cama de possibilidades, esbarrei com uma amiga com um celular lotado de contatinhos. Uma espécie de hot-list de paus-amigos. Chocada? Por quê?

Já casamos, separamos, tivemos filho, somos viúvas, avós… A vida passou e o que a maturidade traz de melhor é o resgate de nós mesmas. Podemos tudo. Queremos tudo. Será? Vejo muita caretice e moldura nesta nova idade pois por mais que estejamos livres, a moral ronda a fêmea.

A mulherada ainda se preocupa com o que vão achar. Aqui vai um conselho: se joga. O finito é logo ali e se não nos jogarmos vai ser duro resgatar o tempo perdido ou criar uma nova realidade. Claro que o contatinho é uma metáfora. Não somos vagabas. Não queremos sexo pelo sexo. Mas podemos e devemos experimentar uma liberdade que pode ser até não transar.

Você não precisa estar no Tinder, Happn ou qualquer outra rede social de relacionamento, mas vale a pena se abrir para o mundo afetivo. Outra mulher? Por que não? Aproveitar para testar sua sexualidade na idade adulta é muito mais legal. Não tem o mito do desejo selvagem e pode ser muito mais pela companhia, pela sororidade, pela afetividade. Comprar um cachorro e transferir para seu pet a sua carência? E se inscrever em uma aula de dança? Jogatina à tarde? Um esporte coletivo? Canoagem, vôlei, streetdance?

O lance é procurar gente. Gente cura. Gente provoca. Gente causa maremoto. Se liberte desse momento refugiada e acesse sua rede. O calor humano pode vir de onde menos se espera. Me conta tudo depois e se for generosa, compartilha esse contato!

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