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Kika Gama Lobo Por Atitude 50 Focada na maturidade como plataforma pessoal, a jornalista Kika Gama Lobo escreve sobre as sensações e barreiras que as mulheres de 50 anos vivenciam
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Agonia dos dias

E assim caminha a desumanidade, num ioiô barra pesada de dias sim, dias não

Por Kika Gama Lobo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
19 jul 2023, 16h10
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  • Eu tento ver o copo cheio, mas a atual sociedade brasileira está doente. De fome, de saúde, de trabalho. Quando olhamos os maduros, dói mais. Aquele olhar parado, aquele banzo sobre o futuro. O que será? A aposentadoria irregular, pois muitos ainda não se organizaram para receber o benefício, as poucas oportunidades profissionais e os custos grandes com remédios – e aquele papo dos achaques que começam a pipocar aqui e ali.

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    Oculista, dentista, fisioterapeuta, endocrinologistas e tantos “istas” viram assunto nos papinhos dos 50+. Outro ponto é a saúde mental. Ficou no pé. A pandemia agravou o cenário e, hoje, já de volta ao “novo normal”, vemos cada loucura. Gente que toma remédio pra dormir. Pra acordar. Pra transar. Pra pensar. Pra malhar. Viramos uma farmácia ambulante.

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    Tem também a obsessão green. Novos veganos, mindfulness people e uma gente que recorre a incensos, unguentos, novas terapias, coisas esquisitas como banhar-se em cubos de gelo ou adentrar uma tenda à 50 graus centígrados. Vejo cada coisa. E tento o caminho do meio, um balanço saudável entre o que funciona e o que eu nunca experimentei.

    Mas tá foda. A mulher japonesa que ligou quase 3 mil vezes para a polícia por sentir solidão. Foi presa. A dona que jogou nas redes a relação infiel com o influencer famoso que acabara de perder a mulher, no caso, a traída. E, assim, casos e casos sucessivos de egotrip, falta de humanidade e insensibilidade.

    Outro dia, no metrô carioca, o homem quase senil, em situação de rua, carregava sua bolsa de urina à mostra enquanto pedida dinheiro para os remédios. Ninguém no vagão levantou os olhos. Aquele moribundo maduro era invisível. E assim caminha a desumanidade, num ioiô barra pesada de dias sim, dias não. E haja Rivotril.

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