Iluminação em casa: veja dicas de especialista para não errar
A arquiteta Nicole Gomes revela os erros mais comuns nos projetos luminotécnicos e explica como resolvê-los
Ter uma boa e aconchegante iluminação em uma casa ou apartamento faz toda a diferença não só no resultado final do projeto de interiores, mas no dia a dia. Isso porque a luminosidade adequada para cada ambiente influencia diretamente na sensação de bem-estar dos moradores.
A iluminação adequada no home office, por exemplo, é fundamental para garantir conforto e produtividade e falta de luz natural pode trazer uma sensação de baixa de energia. Independente do uso, um ambiente aconchegante exige um projeto luminotécnico adequado. Por isso, falamos com a arquiteta Nicole Gomes, especialista em iluminação, para falar sobre os erros mais comuns e como evitá-los. Confira!
1. Misturar lâmpada branca e amarela em um mesmo ambiente
“Além de comprometer a estética, cada tom de lâmpada é indicado para diferentes atividades. Por exemplo, a luz amarela sobre uma mesa de escritório tem pouca utilidade, visto que a temperatura de cor está atrelada a sensação do ambiente, não à luminosidade ou ao índice de reprodução de cor. O ideal é atribuir a cor ao uso do ambiente, por exemplo, a luz quente deixa o clima aconchegante e confortável, e a fria, mais impessoal, ou seja, misturar as duas tonalidades não vai ajudar a trazer a sensação desejada”, explica Nicole.
Segundo a profissional, a dica é escolher uma cor e iluminar todo o ambiente, criando uma integração sensorial e unificando o espaço. Fique atento às normas da ABNT e escolha o tom certo, que valorize e seja ideal para o determinado espaço.
2. Posicionar lâmpadas de foco em locais de permanência (sofá, cadeira, cama)
Colocar lâmpadas de foco acima de sofás, cama, cadeiras e poltronas é outro erro comum. “Isso ofusca e incomoda quem está no local, dificultando o relaxamento”, diz a arquiteta.
3. Usar lâmpadas coloridas em jardins e piscinas
“Existe um estereótipo que envolve luzes coloridas, ainda mais quando se fala de área externa em todos os âmbitos, e isso precisa ser desmistificado”, afirma Nicole. Luzes coloridas comprometem não só a estética do projeto de paisagismo, como também influencia na cor da vegetação e distorce a cor natural das superfícies e objetos, deixando tudo ao redor com uma cor única.
Então, a dica de Nicole é usar luz quente para realçar as cores e deixar o espaço mais aconchegante elegante. “Com esse tipo de luz é possível destacar todas as nuances e cores presentes nas vegetações”, diz. Isso vale para piscinas também: a luz azul ou colorida distorce a cor real do revestimento e mancha o entorno. “Fazendo essa troca, você verá uma grande diferença”.
4. Usar placas de LED em ambientes sociais e íntimos
“A Placa de LED emite luz geral para o ambiente e não é errado usá-la, mas o uso pode ser melhor aproveitado em ambientes que necessitam de destaque ou luz confortável. Além de tornar o espaço monótono, não oferece uma iluminação agradável”, explica Nicole.
5. Usar iluminação somente no teto
Quem disse que iluminação só pode vir do teto? Fazendo isso, o projeto se torna menos interessante. O ideal é explorar as alternativas viáveis no ambiente. “Emane o efeito de luz geral a partir de um móvel ou, quem sabe, o efeito de foco por meio de uma arandela. As possibilidades aumentam quando você pensa primeiro em como quer iluminar, ao invés de ir direto para a escolha da luminária”, fala Nicole.
As luzes indiretas, principalmente no living, são sempre bem-vindas e conferem conforto ao ambiente. “O ideal é mesclar a iluminação técnica com luminárias como arandelas, de piso e abajures”, diz.