Domingos Montagner morreu em setembro de 2016, nos intervalos de gravação da novela “Velho Chico”, da qual era um dos protagonistas. Dezenove meses depois, sua mulher, a produtora cultural Luciana Lima, diz que ainda evita ver cenas do marido, que foi levado pela correnteza do rio São Francisco quando estava com a atriz Camila Pitanga. O final de “Velho Chico”, por exemplo, está entre elas.
“Há muitas coisas do Domingos que eu não vi ainda. O que sou ‘obrigada’ a ver eu vejo, encaro como tarefa de trabalho, respiro fundo e vejo. Mas ainda não me sinto preparada emocionalmente para ver. Os últimos capítulos da novela, por exemplo, ainda não assisti. Claro que a gente escuta muitos comentários. Luiz Fernando [Carvalho, diretor de ‘Velho Chico’] achou uma alternativa de ter uma câmera objetiva, mas não consegui assistir aos últimos 15 dias de ‘Velho Chico’ e também não vi ‘Carcereiros‘”, revela Luciana ao F5.
DOCUMENTÁRIO
O marido fazia parte da companhia La Mínima, da qual Luciana também é integrantes desde 2000. Ela organizou uma exposição e produziu o documentário “Pagliacci”, que estreia em 26 de abril nos cinemas, para comemorar os 20 anos do grupo.
“Carcereiros” seria o próximo trabalho de Domingos Montagner na TV após “Velho Chico”. Na série, que também estreia no dia 26 na Globo, o ator faria o protagonista, agora vivido por Rodrigo Lombardi, amigo próximo de Montagner.
“Na época em que o Rodrigo recebeu o convite para substituir o Domingos, ele ficou extremamente abalado, lisonjeado. Eu também fiquei muito feliz por ele ter sido a pessoa escolhida, porque o Domingos tinha e tem um carinho muito especial por ele. Além da admiração como ator, tinha uma relação pessoal, de amizade. Acho que não poderia ter sido outra pessoa a substitui-lo dentro desse contexto inesperado”, avalia.
Luciana e Montagner tiveram três filhos, que hoje têm 7, 11 e 15 anos.