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Quando e como deve ser a primeira conversa sobre sexo com as crianças?

Fique atenta aos sinais dados pelos próprios pequenos.

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 15 jan 2020, 22h23 - Publicado em 14 mar 2019, 08h00
 (Tetra Images/Getty Images)
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A partir de um determinado ponto da primeira infância, normalmente entre os 3 e 4 anos de idade, as crianças começam a ter curiosidade sobre seus corpos e a tocar seus órgãos genitais. Não se trata de masturbação, mas de exploração de sensações e reconhecimento de suas anatomias – tanto que que nessa fase elas também tendem a “cutucar” muito mais agressivamente os ouvidos e o nariz, por exemplo.

Em algum tempo, começam as comparações entre o próprio corpo e o corpo do amiguinho ou da amiguinha e são verbalizadas as primeiras dúvidas: “Por que ele tem pipi e eu não?”, “Eu vou ter peitos que nem os da mamãe ou só as meninas têm?” e outros questionamentos nesse sentido puramente anatômico. É o momento que mãe e/ou pai devem aproveitar para abrir um canal de comunicação sobre sexualidade com as crianças.

“O papel dos pais é ajudar os filhos ou as filhas a organizar as ideias sobre o corpo e criar uma relação de confiança em que todos se sintam à vontade”, diz Mariana Pucci, psicóloga da Clínica Infanti e psicanalista em espaço clínico de convivência para bebês, crianças e seus cuidadores na ONG Casa da Árvore.

Não se trata de os adultos terem um texto pronto e começarem a dar aulas, mas de estarem preparados para qualquer linha de raciocínio; é essencial, ela orienta, ouvir o que as crianças têm a perguntar e apenas a partir daí falar sobre o assunto. “É mais do que informar sobre sexo, é contar o que elas querem saber.”

A psicóloga Priscila Segal, participante do Núcleo de Pesquisa em Psicanálise com Crianças do Instituto de Clínica Psicanalítica, concorda e prossegue: “Cada criança vai construir suas teorias e não se deve antecipar respostas, mas sim esperar as perguntas, respondê-las e aproveitar para explicar que o corpo é só dela e que ninguém tem o direito de tocá-la sem autorização. Também não é legal colocar palavras novas e técnicas como ‘vagina’, ‘pênis’, ‘masturbação’; é melhor manter os termos que ela trouxer.”

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E se a criança nunca perguntar nada sobre sexo ou sexualidade?

Como foi colocado acima, não existe uma idade exata para os questionamentos começarem, mas espera-se que até por volta dos 8 ou 9 anos o assunto sexualidade tenha sido levantado pela criança. Se isso não acontecer, vale um adulto puxar papo.

A proximidade da menstruação da menina ou uma ereção involuntária do menino no banho são bons ganchos para começar, na opinião de Mariana. Usar um livro como apoio também é uma boa ideia. “Eles ajudam principalmente os pais que tenham um pouco mais de dificuldade para falar sobre sexo”, observa a psicóloga.

Priscila mais uma vez ressalta que a conversa deve ser levada no ritmo da compreensão da criança, sem atropelos de informações. Se ela ignorar algo considerado “importante” pelo adulto é porque não está pronta para abordar aquele aspecto especificamente. E tudo bem. Em um próximo momento ela poderá estar, basta esperar.

Se ainda assim estiver difícil de acessar seu filho ou sua filha, vale procurar a ajuda profissional de uma psicóloga especializada no público infantil. “Ela vai fazer a mediação e elaborar em palavras as mensagens entre a criança e os pais, fazer a comunicação fluir”, finaliza Priscila.

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