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Meu marido não quer que eu trabalhe

Há mulheres que desejam trabalhar fora, outras preferem cuidar da casa. Veja os prós e contras de cada opção

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 21 jan 2020, 01h40 - Publicado em 13 abr 2010, 21h00
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    Foto: Getty Images

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    Quando tinha 20 anos, Telma Maria Barioni Capassi, de São Paulo, casou-se com Marcelo, um colega de trabalho. Apaixonada, ela não recusou o pedido do marido para parar de trabalhar. Ele queria que ela se resguardasse, já que estava no sexto mês de gravidez. 

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    O primeiro filho nasceu, o segundo veio três anos depois, e Telma nunca mais voltou ao mercado de trabalho. Segundo ela, o marido, até hoje, nunca disse claramente ”eu não quero que você trabalhe fora!”, mas ele sempre tenta convencê-la com argumentos para que ela continue em casa. ”Com o nascimento das crianças, fui convencida de que era importante para elas terem a mãe em casa até o terceiro ano de idade”, conta.

    Mas quando o segundo filho completou seis meses, ela decidiu voltar a estudar. ”Apesar das reclamações do Marcelo sobre o andamento de meus afazeres em casa, completei um curso de artes plásticas”, diz. A partir daí, Telma, hoje com 39 anos, optou por trabalhar em casa, pintando telas e fazendo bordados. ”Trabalhar fora, com certeza, criaria um clima ruim. Estando em casa isso não acontece.”

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    Quando é melhor ter uma carreira profissional

    Telma diz que, apesar de estar fora do mercado de trabalho há anos, sempre procurou se inteirar de tudo, estudando, lendo e pesquisando na Internet. ”Acho que tenho muito potencial e isso acabou sendo desperdiçado, mas não vou desistir: ainda vou me realizar profissionalmente”, acredita.

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    Deixar o tempo passar, adiando a cada dia o ingresso no mercado de trabalho em função do casamento, acontece com muitas mulheres, a exemplo de Telma. A responsabilidade pela não realização de uma carreira costuma ser atribuída ao marido. A psicóloga Glaucia Imparato, de São Paulo, diz que é mais fácil colocar a culpa das próprias frustrações nas outras pessoas. ”Mulheres nessa situação se acomodaram. Talvez por medo de se arriscar, pois em tudo na vida há perdas e ganhos”, justifica. Ao mesmo tempo, ela classifica de insegura a conduta dos maridos que não aceitam que a mulher trabalhe fora. ”Alguns homens, por insegurança, dificultam a realização profissional de suas companheiras, por medo da competição, ciúme, ou egoísmo.”

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    Mas nunca é tarde para mudar o curso da vida, como afirma a terapeuta Bianca Bras, do Rio de Janeiro. ”O companheiro que ama deve pensar em ver sua mulher realizada em todos os sentidos, não apenas no lar. Portanto, as mulheres devem ir à luta.” A psicóloga Socorro Nery, de Fortaleza, reforça. ”O casamento pode acabar e, se a mulher não tiver uma profissão, pode ficar sem as duas coisas: o marido e o trabalho.”

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    Quando é melhor ser dona de casa

    Mas nem todas as mulheres estão inconformadas com a condição de dona-de-casa. Há quem se sinta feliz assim. É o caso de Ivana Cleide de Sena Alves, 28 anos, de São Paulo. ”Meu marido me quer em casa”, diz ela. A alegação de Carlos, o marido, a convence perfeitamente. ”É que ele gosta de viajar para a Bahia todos os anos e eu trabalhando, dificilmente daria para conciliar com as férias dele”, diz. A história de Ivana se resume no seguinte: ela era professora primária no interior da Bahia. Aos 24 anos, foi morar com Carlos em São Paulo e parou de trabalhar.

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    Ela admite não se sentir muito bem dependendo do marido para tudo, mas tem um forte argumento: ”A gente vê tanto casamento desfeito porque a mulher trabalha fora e não tem tempo para a casa e o marido! Quando a gente casa é para dar certo e ser feliz”, afirma. O psicólogo Hugo Seixas, de Campinas, SP, explica que a mulher de hoje está bastante dividida entre família e profissão. ”Tem muita mulher atualmente que trabalha e adoraria virar Amélia. Já outras, frustradas na condição de donas-de-casa, vivem sonhando com a independência financeira e a realização profissional. Cabe a cada uma fazer aquilo que mais a realiza”, conclui.

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