Assine CLAUDIA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Homens assediam mulheres na rua pela ‘adrenalina’, diz estudo

Realizada em quatro países diferentes no Oriente Médio, a pesquisa traz resultados bastante surpreendentes.

Por Giovana Feix
Atualizado em 20 jan 2020, 11h57 - Publicado em 20 jun 2017, 12h32
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Quando o assunto é assédio de rua, os números são alarmantes no mundo todo: no Brasil, o Datafolha mostra que mais de 20 milhões de mulheres já foram vítimas deste tipo de agressão, sendo que países como Estados Unidos, Canadá e Austrália também contam com dados altos. No Reino Unido, por exemplo, 75% das mulheres alega já ter sofrido algum tipo de assédio no espaço urbano.

    Publicidade

    Leia mais: Campanha ‘Chega de Fiu Fiu’ vai virar filme. Veja o trailer!

    Publicidade

    Por isso, uma recente pesquisa tentou entender o porquê de os homens ainda estarem assediando as mulheres nas ruas. Realizada em parceria entre a ONU Mulheres e a empresa Promundo, ela  focou em quatro áreas específicas do Oriente Médio: Egito, Líbano, Marrocos e o território palestino. Foram entrevistados 4.830 homens, dos quais de 31% (no Líbano) a 64% (no Egito) admitiram já ter, de fato, assediado mulheres em público.

    Ao analisar o perfil social dos adeptos desta prática, o estudo descobriu algo surpreendente: no Egito, Marrocos e nos territórios palestinos, os homens jovens e com segundo grau completo se mostraram mais aptos a assediar mulheres na rua do que os mais velhos com menos educação. Dá para acreditar?

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Leia mais: Em Curitiba, cantadas de rua podem ter multa de até R$ 930

    Segundo Gary Barker, CEO da Promundo, o que geralmente acontece no mundo é o contrário: os homens com mais educação são os que menos recorrem às ~cantadas de rua~. Ele suspeita, no entanto, que o que aconteça nos países em questão seja que os índices de desemprego, a instabilidade política e a pressão para suprir as necessidades diárias das famílias façam com que estes jovens enxerguem no assédio de rua um bom jeito de se autoafirmar.

    Publicidade

    “Eles têm expectativas altas para si mesmos, mas não conseguem atingi-las nunca”, ele diz, em entrevista à NPR. “Então eles assediam mulheres, para colocá-las em seu lugar. Eles sentem que o mundo deve isso a eles“.

    Continua após a publicidade

    Leia mais: Abaixo-assinado pede lei para punir assédio no Brasil

    Publicidade

    A pesquisa da Promundo também perguntou a estes homens, justamente, o porquê de eles assediarem mulheres em público. A grande maioria (cerca de 90%!) alegou fazer isso pela diversão e pela adrenalina. Inacreditável, né?

    Também em entrevista à NPR, a ativista egípcia Esraa Yousria Saleh defende o lado das vítimas: “não tem nenhuma graça”, ela diz. “É um pesadelo”.

    Publicidade
    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!

    Receba mensalmente Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições
    digitais e acervos nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.

    a partir de R$ 12,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.