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Haitiana cega que sobreviveu a terremoto é aprovada na OAB

Nadine Taleis vivia num um abrigo improvisado no Acre antes de seu caminho mudar

Por Da Redação
3 dez 2018, 18h29
Nadine com sua 'mãe' brasileira durante a formatura da faculdade de Direito (Arquivo Pessoal/Reprodução)
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Uma haitiana chamada Nadine Taleis acaba de concluir uma importante etapa da sua história cheia de superações: ela foi aprovada na OAB. Sua história é contada num relato feito pela BBC, que mostra a difícil trajetória de vida da imigrante.

Em 2013, Nadine Taleis vivia num um abrigo improvisado para refugiados e imigrantes em Brasileia (AC), na fronteira do Brasil com a Bolívia. Junto a mais 1.300 pessoas, ela aguardava a documentação para viajar a outras partes do Brasil ou ser recrutada por empresários que visitavam o local atrás de trabalhadores braçais.

“Franzina e cega, Nadine havia sido rejeitada em todas as seleções. Sua esperança era arranjar um emprego como massagista, ofício aprendido anos antes na República Dominicana, para onde fugiu após o terremoto em 2010 que devastou o Haiti”, conta o jornalista João Fellet, da BBC, em seu relato.

Porém, cinco anos depois, uma feliz notícia chegou ao repórter. Nadine, hoje com 35 anos, acaba de se formar na faculdade de Direito. Ela foi aprovada no exame da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), está a caminho de se naturalizar brasileira e pretende prestar concurso para juíza.

A vida da haitiana tomou outros rumos quando um funcionário do abrigo lhe pôs em contato com parentes que viviam no Distrito Federal – onde, segundo ele, Nadine teria mais oportunidades e poderia até realizar o desejo de cursar uma faculdade. Nadine apresentava facilidade com várias línguas, o que chamou a atenção do homem, e logo seus caminhos se cruzaram.

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Segundo o relato, em pouco tempo, ela já chamava seus anfitriões, o casal Carlos e Loide Wanderley, como pai e mãe. “Sem eles, teria sido muito difícil conquistar o que conquistei”, afirmou a haitiana durante a entrevista.

Nadine Taleis
Nadine Taleis, em 2013, no abrigo improvisado em Brasileia (AC) (BBC/Reprodução)

Com apenas 15% da visão, Nadine gravava todas as aulas e estudava com o auxílio de um programa de computador que lia os livros para ela. E mesmo com os desafios, foi aprovada em todas as disciplinas e passou na OAB em junho deste ano.

“Estava em casa, com febre, quando uma amiga me ligou: ‘Nadine, cadê o churrasco?’ Eu respondi: ‘Como assim, churrasco? Eu nem sei se passei’. E ela: ‘Você já passou, acabei de ver seu nome, parabéns!’ Foi um dos melhores dias da minha vida.”

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E os sonhos não param por aí. O próximo passo de Nadine é prestar concurso para a Advogacia-Geral da União (AGU), onde espera adquirir a experiência necessária para seu grande objetivo: tornar-se juíza.

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