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Dorina Nowill, a mulher que mudou para melhor a vida dos cegos brasileiros

Após perder a visão aos 17 anos, Dorina Nowill nunca mais parou de batalhar para que os cegos brasileiros pudessem viver melhor.

Por Da redação
Atualizado em 15 jan 2020, 17h07 - Publicado em 28 Maio 2019, 09h26
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  • Imagine ficar cega, de uma hora para a outra, aos 17 anos. Foi o que aconteceu com Dorina Nowill, em 1936. A então jovem paulistana teve uma doença não diagnosticada, que tirou sua visão, bem no momento em que estava ingressando na vida adulta. Aquela fase em que escolhemos o que fazer profissionalmente e que pode definir muito do que seremos no futuro.

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    Pois bem. Dorina então escolheu ser professora. E foi a primeira aluna cega a estudar o magistério na Escola Caetano de Campos, tradicional instituição do centro de São Paulo. E não só isso: ela conseguiu fazer com que outra menina cega também estudasse lá, e convenceu a escola a criar o primeiro curso de especialização de professores para o ensino de cegos.

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    Ambiciosa, não? Depois de se formar no Brasil, anos anos 1940, ela recebeu uma bolsa de estudos, financiada pelo governo norte-americano, para se especializar na Universidade de Columbia, em Nova York. Lá, ela tinha uma missão: popularizar os livros em braille no Brasil. Para isso, batalhou e batalhou até que conseguiu que a Kellog’s Foundation doasse uma imprensa braille com tudo o que era necessário para imprimir livros no sistema de escrita tátil.

    Atualmente, a Imprensa Braille da Fundação Dorina Nowill para Cegos, é uma das maiores do mundo em produção – diz-se que não existe nenhuma pessoa cega alfabetizada no Brasil que não tenha lido um livro em Braille produzido por eles nos últimos 70 anos.

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    Para evitar que mais gente passasse pelo que ela passou, outra bandeira de Dorina Nowill era a prevenção da cegueira. Ela sempre foi muito ativa junto ao poder público, para criar campanhas sobre a importância da prevenção de doenças que possam levar à cegueira. Ao mesmo tempo, trabalhava intensamente em iniciativas visando o bem-estar dos cegos, e foi inclusive presidente de União Mundial de Cegos.

    Em 1996, Dorina lançou o livro “… E eu venci assim mesmo”, que foi também traduzido para o espanhol. Na obra, ela fala sobre sua vida e seus feitos notáveis, que mudaram para melhor a vida dos cegos, especialmente no Brasil. Até o fim da vida, ela trabalhou para difundir o trabalho da fundação que leva seu nome.

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    Em 2010, aos 91 anos, Dorina Nowill morreu, vítima de uma parada cardíaca, quando tratava de uma infecção. Ela deixou cinco filhos e doze netos, e, claro, a Fundação que segue sendo uma referência em acesso ao trabalho, educação e à cultura para pessoas cegas.

    Dorina Nowill é homenageada pelo Google

    No dia em que completaria 100 anos de idade, se estivesse viva, Dorina Nowill ganhou uma bela homenagem do Google. Na página principal do buscador, o logo da empresa foi trocado por uma ilustração que retrata Dorina em frente ao nome do Google escrito em Braille.

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    dorina nowill
    (Google/Reprodução)

    Se hoje muitos brasileiros sabem ler em braille e têm acesso a livros com o sistema de escrita tátil, isso se deve muito a ela. Bela homenagem!

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