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Dieta: como começar a perder peso já nas férias de verão

O problema não é o que você come no Ano Novo ou no Natal, mas entre essas datas, diz endocrinologista

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
30 dez 2017, 13h16
Família se exercita na praia
Família se exercita na praia (iStock/Getty Images)
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A médica endocrinologista Maria Fernanda Barca, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, reuniu sete dicas para ajudar as leitoras de CLAUDIA no processo de emagrecimento saudável em 2018. De acordo com ela, atualmente, os especialistas passaram a se debruçar ainda mais sobre o tipo de metabolismo de cada paciente, para mantê-lo magro, com saúde e sem o efeito sanfona.

A doutora Maria Fernanda acrescenta que, antigamente, o paciente poderia estar magro e ao mesmo tempo propenso a desenvolver diabetes como consequência do tipo de tratamento que era feito. “Hoje em dia, a nossa postura é diferente, porque nós queremos preservar a massa muscular e reduzir a gordura. Então, incentivamos uma dieta mais proteica, com menos carboidrato e mais proteína e com a prática do exercício físico. O que colabora para a melhora do colesterol e da glicemia. Então, o paciente perde mais gordura e menos massa muscular.”

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Leia sete dicas da endocrinologista para cumprir a promessa de emagrecer de um jeito saudável em 2018:

1) Emagrecimento a jato não é saudável
A maioria dos pacientes vêm nos procurar para tentar emagrecer a jato por meio de tratamentos medicamentosos e não pensam, em hipótese alguma, em deixar de comer adoidado. São remédios de efeito rápido, considerados até mesmo “milagrosos”, mas que não tratam o problema. A maioria das pessoas não quer saber de cuidar do problema, de fazer um tratamento mais crônico, para ficar saudável. Elas querem a coisa mais imediata.

Também tem muita gente que quer emagrecer sem mudar o hábito alimentar, porque elas querem beber no fim do ano, querem estar na praia e curtir os salgadinhos, petiscos etc. Elas precisam saber que o Ano Novo é sinônimo de vida nova sim, mas vida nova com saúde, alimentação correta e exercício físico, ao longo do ano inteiro.

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2) O problema não é o que você come no Natal ou no Ano Novo, mas entre essas datas

Render-se aos pratos deliciosos da ceia de Natal ou do Réveillon não representa um grande prejuízo. Porém, se a pessoa permanecer se alimentando com exageros na semana entre as datas, certamente apresentará um sobrepeso. Mesmo que a maioria dos pacientes ignore, a dieta precisa começar antes mesmo da virada. Essa, por sua vez, não deverá ser baseada em carboidratos. Para quem for viajar, principalmente para a praia, um hábito que pode ser revolucionário é levar os alimentos de casa para consumir na orla, que por sua vez, devem ser proteicos. Iogurte, queijinho, peito de peru, ovo, atum e castanhas são boas opções.

Não ficar muito tempo em jejum também é importante, para não favorecer o surgimento de picos em carboidrato, que pioram o mecanismo metabólico. Também aproveite para caminhar e fazer outras atividades físicas. Evite tomar muito álcool. Caso queira tomar, prefira adoçar os drinques com adoçante dietético e não com açúcar, sempre associado com algum acompanhamento proteico para diminuir a fome.

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3) Suco e água de coco na praia? Evite!

A maioria das pessoas pensa que é um hábito extremamente saudável tomar sucos e água de coco na praia, entretanto, a ingestão dessas bebidas libera insulina, acarretando a hipoglicemia e favorecendo os picos glicêmicos, como são chamados cientificamente os picos de fome. Prefira ingerir sucos e água de coco com as refeições.

4) Aplicativos podem estimular a prática de exercícios físicos

Um recente estudo científico apontou que pessoas que praticam atividades físicas com regularidade –desde as mais leves até os treinos mais pesados– vivem mais. E os aplicativos podem ser uma excelente forma de estimular a sua prática, de preferência os que mostram passos, quilômetros, calorias, porque a pessoa vê a própria movimentação e a forma como está avançando, se superando, incentivando a si mesma a bater as próprias metas.

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E aqui valem as pequenas movimentações, e que podem não ser necessariamente um treino de academia: ir a pé para o trabalho, subir escadas, descer do ônibus um ponto anterior ao seu, contratar um personal trainer, dançar, praticar lutas, um esporte e tornar isso parte da sua rotina, pelo menos duas vezes por semana. Os esportes de praia, como o vôlei e o frescobol,l também são excelentes opções para se divertir, além de promover um grande gasto calórico.

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5) Faça substituições inteligentes

Você não precisa se privar de tudo para emagrecer: no churrasco, por exemplo, escolha uma carne mais magra e reduza a quantidade. Tomar um sorvete em um dia muito quente na praia pode também, mas coma antes uma porção de proteína, como castanhas ou amêndoas, para reduzir os picos glicêmicos. Um pedacinho daquele doce que derrete na boca? Pode também. A privação da fome é sempre uma faca de dois gumes, num primeiro momento pode funcionar, mas não é uma receita de sucesso a longo prazo.

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6) Não tire férias de tudo

Emagrecer é um processo, e como todo processo, precisa de tempo, disponibilidade e força de vontade para ser colocado em prática. O primeiro passo, nesse caso, é com a ajuda de um especialista, descobrir quais são as reais causas das suas disfunções metabólicas. Se você já faz uso de remédios para controlar compulsividade, por exemplo, não o suspenda.

As células gordurosas do corpo murcham durante a perda de peso e permanecem por anos antes de morrer. São elas que mandam sinais para o cérebro para que o paciente coma mais. Por isso, quanto maior for o tempo em que o paciente mantenha o próprio peso, mais difícil se torna ele engordar novamente. Isso se deve à memória celular: é como se as células quisessem ficar gordinhas novamente. Depois que emagrecer, a reeducação alimentar é a grande responsável por driblar a memória celular.

7) Fique de olho nos hormônios e faça um check-up regular

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A obesidade também pode estar relacionada a questões hormonais, disfunções desenvolvidas pela tireoide, como o hiper e o hipotiroidismo, e até mesmo pelos ovários, como é o caso do ovário policístico. Há alguns sinais físicos como a gordura localizada na região da barriga e as pernas bem fininhas, o desenvolvimento da corcova de búfala e de pelos na região pré-auricular.

Exames de sangue são capazes de apontar essas irregularidades, bem como as complicações menstruais, que podem prejudicar o metabolismo. É uma série de fatores que influencia negativamente, diminuindo a disposição diária para a realização de atividades físicas, desenvolvendo hábitos sonolentos etc.

Outro fator que merece atenção é o desenvolvimento de diabetes: a obesidade pode ser a gênese de tudo isso, associada a fatores genéticos e outros ambientais, como o estresse. Nesse caso, a insulina apresenta dificuldade para colocar o açúcar no interior das células, e essas células famintas, por sua vez, enviam mensagens cerebrais para conseguir mais carboidrato, responsável por aumentar os índices de glicose no sangue mais rapidamente. Esse ciclo desfavorece todo e qualquer planejamento de emagrecer e reeducar a alimentação. 

Alguns pacientes preferem não dar início ao tratamento medicamentoso, que pode ser substituído, com a ajuda de um especialista, por dietas citogênicas, que são um pouco mais restritivas. Mulheres que acabaram de ter filhos também têm tendência a desenvolver desordens metabólicas por conta dos hormônios, principalmente relacionadas à tireoide. Por isso, é fundamental que sejam feitos exames de rotina e solicitados outros para investigar melhor as possíveis disfunções.

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