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Superbactéria “intratável” da gonorreia assusta pesquisadores

Organização Mundial da Saúde liga o sinal de alerta depois de três casos em que nenhum antibiótico fez efeito

Por Raquel Drehmer
Atualizado em 20 jan 2020, 10h48 - Publicado em 7 jul 2017, 19h32
Esta é a carinha da Neisseria gonorrhoeae, a bactéria causadora da gonorreia (Dr_Microbe/ThinkStock)
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Dizem os pessimistas que nada é tão ruim que não possa piorar. Não que a OMS (Organização Mundial da Saúde) esteja aqui para fazer esse papel, mas hoje ela divulgou os resultados de estudos que mostram que, além de DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) como sífilis, gonorreia e clamídia estarem crescendo assustadoramente no mundo todo, foi detectada uma superbactéria da gonorreia que simplesmente não reage a NENHUM antibiótico. Nada a combate. É o Hulk das bactérias.

Leia também: 5 perguntas para entender a epidemia de sífilis no Brasil

Os dados coletados em dois estudos realizados por pesquisadores da OMS em 77 países mostram que em 50 desses locais já não se consegue curar a gonorreia com os antibióticos de primeira linha, ou seja, aqueles de tratamento direto da doença.

Afunilando os casos, percebeu-se que os tratamentos combinados de segunda linha também não surtiram efeito. Em três diagnósticos (um no Japão, um na França e um na Espanha), nem os tratamentos complexos de terceira linha conseguiram combater a doença.

De acordo com a OMS, a bactéria da gonorreia parece estar, atualmente, um passo à frente das descobertas de novos medicamentos. Isso ocorre principalmente porque há um grande número de pessoas fazendo sexo sem camisinha, contraindo a doença e a tratando corriqueiramente. Aos poucos, ela vai se “acostumando” com os tratamentos e ficando cada vez mais forte.

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Mesmo assim, pesquisas estão sendo feitas para tentar combater essa variedade por enquanto incurável.

 

Camisinha: tem que usar!

A gonorreia é transmitida por relações sexuais vaginais, orais ou anais desprotegidas. Ela também pode ser contraída quando se compartilham brinquedinhos eróticos que não sejam esterilizados após cada uso.

Seus principais sintomas são um corrimento leitoso (tanto em mulheres quanto em homens) e dor ao urinar, mas muitas vezes a gonorreia é assintomática, ou seja, não dá nenhuma pista de que esteja lá.

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Quando não é tratada, a gonorreia pode causar infecções nos órgãos reprodutores, lesões de pele (pus nas mãos e nos pés), complicações no fígado e até infecção nos ossos.

Para evitar tudo isso, basta usar camisinha em todas as relações sexuais e só usar brinquedinhos eróticos esterilizados. Combinado?

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