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Não é frescura: 14 sintomas que indicam problemas de ansiedade

Quando aumentada, a doença pode ser verdadeiramente incapacitante.

Por Gabriela Kimura
Atualizado em 21 jan 2020, 10h05 - Publicado em 16 Maio 2016, 11h59

Quando não se conhece algo, a reação mais instintiva é ter medo. O desconhecido sempre assusta, pois ali não há qualquer controle possível. É difícil entender algo que você nunca experienciou, principalmente aquilo que está dentro da nossa mente.

Os transtornos de ansiedade – como Síndrome do Pânico, TOC e fobias – são doenças muito reais para quem sofre com eles. O que é preciso entender é quando a emoção deixa de ser normal e passa a trazer prejuízos para a vida do indivíduo. “A ansiedade é uma emoção instintiva, que faz parte dos sentimentos do ser humano. Os transtornos começam a aparecer quando esse nível de ansiedade aumenta. É natural sentir ansiedade antes de um encontro ou um evento muito importante. Já quem tem esse nível elevado, pode ter crises”, explica o psiquiatra e membro da Câmara Técnica de Psiquiatria do Conselho Regional de Medicina (CREMESP), Daniel Sócrates.

Como qualquer doença psiquiátrica, tem uma conotação de que é frescura, mas muitas vezes ela é incapacitante.

É importante ressaltar que, apesar da origem genética da doença, muitas pessoas que chegam aos consultórios hoje relatam dificuldades em lidar com as pressões do dia a dia, principalmente quando se trata de carreira. “Existem questões genéticas que influenciam sim, mas também uma questão muito comum é a sobrecarga de trabalho, de estresse generalizado (com muito trabalho e pouco lazer), em uma rotina de muita cobrança. A queixa número um hoje é tanto de quem se cobram muito ou quem se sentem muito cobrado no trabalho”, elucida Daniel.

1. Preocupação excessiva

Todo mundo tem alguma coisa para se preocupar: o trabalho, as contas, a carreira, filhos, a aparência física… O que a diferencia para a ansiedade patológica é quando essas preocupações se tornam fatores limitantes, além de desencadearem outros sintomas. A pessoa se sente angustiada na necessidade absoluta de resolver aquilo o mais rápido possível – e se sente ainda pior quando não consegue.

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2. Insônia

Se você já “perde o sono” por conta de um encontro, uma reunião importante no trabalho ou uma DR, imagine viver todos os dias varando noites por todos os motivos possíveis e imagináveis.

3. Ganho ou perda de peso muito acentuados

Sim, todos temos tendências a aproveitar um momento de estresse para descontar na comida – ou para simplesmente evitar a alimentação. E estudos comprovam que o açúcar é um terrível aliado na hora de liberar dopamina no cérebro, causando sensações similares ao uso de drogas. Além disso, é possível sofrer com distúrbios gastrointestinais nas crises de ansiedade, o que impede que você consiga se alimentar sem passar mal.

4. Evitar determinadas situações

Como você já deve ter percebido, o problema não é ser ansiosa, por si só: é quando isso começa a ter impacto na sua vida. Se você evita a todo custo ir à festas, em um encontro, falar em público ou qualquer outro momento que te causa algum desses sintomas, é melhor procurar ajuda. “É importante estimular a pessoa a procurar uma avaliação especializada. Se for, é uma doença que responde bem ao tratamento”, afirma Daniel.

Thinkstock / mathompl Thinkstock / mathompl

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5. Memória e concentração prejudicadas

Começa a ficar mais difícil ter foco e até mesmo guardar lembranças e informações. O cérebro fica em constante estado de alerta – e é como se você não conseguisse se “desligar”. Aliás, o sono é um fator fundamental para melhorar essas condições.

6. Crises de pânico

Em um nível bem alterado, a pessoa pode passar a ter a chamada síndrome do pânico, que são muitas crises de ansiedade com picos muito elevados.  “O sofrimento é muito grande: você tem uma sensação de morte eminente, o coração dispara, dá apneia e sudorese extrema”, explica o médico.

Leia mais: Advogada superou a síndrome do pânico com treino de muay thai

7. Coração acelerado (taquicardia)

De repente é como se seu coração pudesse pular para fora do seu peito. É uma sensação de que algo não está certo, mas você não consegue identificar o que. Isso pode ocorrer tanto em crises de pânico quando nas de ansiedade generalizada.

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8. Falta de ar

Essa é um dos sintomas mais comuns dos momentos de picos muito elevados. É como se houvesse uma pedra no peito que dificulta a respiração.

9. Medos irracionais (fobias)

“A ansiedade é um sintoma presente em vários transtornos mentais: seria como falar em febre – muitas doenças se manifestam com esse sinal”, explica o professor e doutor Mário Louzã, membro filiado do Instituto de Psicanálise da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Você começa a desenvolver um medo de situações e coisas que não tinha antes, como de répteis, viajar de avião, andar de carro etc.

10. Comportamentos compulsivos (TOC)

Outra forma comum de manifestação está no Transtorno Obsessivo Compulsivo, no qual a pessoa encontra nos movimentos repetitivos e compulsivos um escape para a ansiedade. Lavar as mãos o tempo todo, precisar checar se trancou a porta de casa 10 vezes antes de sair ou só conseguir dormir depois de seguir uma estrita rotina são alguns exemplos.

11. Tensão muscular

Já se pegou pressionando os dentes tão forte que você começa a sentir dores no maxilar? Ou então sofre com o bruxismo, o famoso problema de ranger os dentes à noite? Até mesmo dores constantes no pescoço – que podem se transformar em dores de cabeça – são sinais de que você passa muito tempo “tensa”, sobrecarregando seu corpo.

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12. Tremores

Tudo está bem e você começa a tremer, sem motivo aparente. Isso normalmente é acompanhado dos outros sintomas: taquicardia, sudorese, falta de ar…

13. Vícios

Pessoas que sofrem de algum transtorno de ansiedade costumam procurar escapes para as crises. Antes de se dar conta do que é, procurar ajuda e tratamento, a primeira escolha é um vício. Tabagismo, álcool, drogas ilícitas e compulsão alimentar são comuns nesses casos.

14. Irritabilidade

Você acaba sem paciência para nada e descontando o estresse nos outros. É difícil perceber quando isso não é só um traço da sua personalidade, mas um sinal de que algo não está bem

O tratamento

SIphotography/ThinkStock SIphotography/ThinkStock

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Apesar de ainda ser um tabu e isso tornar o diagnóstico e o tratamento mais complicados, os transtornos de ansiedade costumam ter uma boa reação dos pacientes ao longo do tempo. “A medicação tem um papel importante no tratamento: elas não causam dependência e não viciam, mas precisam ser tomadas durante um período de pelo menos 6 meses, sendo um processo longo. Já a terapia ajuda a perceber quais situações precisam alterar o estilo de vida para melhorar a condição. E a atividade física cataliza o tratamento, tornando-o mais rápido e eficaz”, ensina Daniel Sócrates.

Veja 25 dicas que podem ajudar a diminuir a ansiedade:

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